Monthly Archives: September 2014

#day43

O café é pavoroso {queimado, demasiado queimado, sempre demasiado queimado}, mas o sossego do jardim compensa ♥

E o sossego ajuda a manter o equilíbrio para o qual tenho trabalhado. Cada vez mais tenho a certeza: confusão não é para mim =)

Continuo com saudades de rir, rir muito. Continuo com saudades de bolas de sabão e copos de vinho e conversas sem horários e sem filtros e só porque sim. Continuo sem ouvir o burro do bairro a zurrar.

Mas também continuo cá, com tudo o que isso implica. E cada vez com mais certezas ♥

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#day42

Hoje não há grandes reflexões. Apenas trabalho.

E uma constatação: tenho saudades de rir. Muitas…10622827_10152502953238800_7912524771050604161_n

#day41

Quando o mar parte um pontão, ficamos com o quê? Um pontinho?

Fica a base, isso é garantido. E a partir da base, o ponto mais forte, pode reconstruir-se o que foi destruído, o que se perdeu. E certamente o todo sairá mais forte depois da reconstrução.
E venha o mar e as suas tempestades as vezes que forem. Resistindo a base, reconstrói-se sempre.

Como eu.

Mais um episódio, o único que faltava, para encerrar de vez um capítulo. E um mar inteiro pela frente para navegar. Com marés altas, marés baixas, tempestades e calmarias. Mas sempre rumo a bom porto e novas descobertas =)

Vamos a isso! E que nunca falte Amor, daquele do A maiúsculo, para reconstruir a partir da base o que um dia o mar levou ♥

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#day40

O dia de hoje lembrou-me de mim mesma: sol, seguido de trovoada e chuva forte, seguida de sol, seguido de dia cinzento, seguido de sol, seguido de tempestade, para logo a seguir estar sol…tudo isto é tão eu.

Último sábado do mês é Dia da Chincha, é dia de Cacilhas em segunda mão. Onde encontro SEMPRE tanta coisa interessante ♥

E sim, a revolução também passa por aqui, cá dentro =)1901273_10152498512263800_1412175233936723643_n

#day38

Começar o dia com um convite especial, que prontamente aceito.
Enfrentar o dia, o aqui e agora, deixando para trás o que foi não sendo, o que não foi sendo, focada no que é e não é. O hoje. E agora.

Ouvir o que já sei, há tantos anos. Mas que preciso que me relembrem. Não que me atirem à cara. Apenas que me relembrem. E mais uma vez cabeça erguida e seguir em frente.

Rosa e violeta. Sempre. E cada vez mais presentes. Porque sim. Porque {me} fazem bem.

Mais um passo para a frente, sem nenhum para trás. E assim se vão contando os dias que se querem happy, em maior ou menor intensidade, mas happy ainda assim 🙂 porque amanhã…amanhã ninguém sabe.

#makingeachdaycount

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Letting Go

“Letting go is the hardest part” mas é necessário. É deixar ir o que já passou, o que foi não sendo, o que não foi sendo. Foi o que foi, não foi o que foi. Foi o que não foi. Há que deixar ir. Porque o peso do que está para trás torna difícil o caminho a percorrer para a frente.

E por isso hoje deixo ir. Como já tentei fazer antes, justificando-me num peso que não queria ser, que nunca quis ser, mas que sei que fui por muito que me dissessem, dissesses, que não.

Hoje não interessa o peso que sou ou que tenho, interessa deixar ir não por mais nada nem ninguém, não pelo que ficou para trás, mas por mim apenas e pelo que tenho pela frente. Porque há coisas que não são, simplesmente, para ser, e assim sendo há que deixar ir. Fica a memória, as memórias. As coisas boas, as menos boas, até mesmo as más e as muito más. Fazem parte de um livro de histórias, de um baú de memórias, que de vez em quando se irá abrir como todos os baús, como todos os livros. Mas sou grata por cada momento, incluindo os maus, até mesmo os muito maus, porque aconteceram. E com tudo isso, mal ou bem, à força ou não, cresci. Aprendi que tudo acontece por algum motivo. Mesmo que não se consiga perceber no imediato a razão. Mas tudo o que acontece por algum motivo põe-nos à prova. De um lado e de outro. E mostra-nos que podemos suportar muito mais do que aquilo que achamos possível. Com ou sem ajuda, com ou sem elevadores, com ou sem alavancas, com ou sem roldanas, com ou sem mãos que nos puxem. E neste momento sei que sozinha consigo seguir em frente. E por isso mesmo deixo ir o que até aqui foi mas não foi, ou não foi mas foi. Nunca sendo. Sendo sempre.

Vai. Deixa ir. Sê livre. Vive um dia após o outro. No aqui e agora. Digo-me tanto isto tantas vezes. E está na hora de pôr em prática aquilo que teorizo tanto. E, por isso mesmo, deixo ir. Deixo-me ir. Deixo-te ir. Corto a amarra que eu mesma teci, por acreditar que seria a minha tábua de salvação. E foi. No momento que tinha que ser. Hoje, hoje essa tábua já não flutua. Já não me permite manter-me à tona, embora também não me afunde. Porque já aprendi a manter-me à tona sozinha. Por isso, por isso chegou a hora de cortar o cordão, soltar a amarra, deixar ir aquela que foi a minha tábua de salvação. Porque até as tábuas de salvação, as nossas que não são na realidade nossas, têm outros caminhos a percorrer que não os nossos. E não podem estar ali sempre.

Por isso mesmo deixo ir. Com a certeza que o que tinha que acontecer aconteceu por algum motivo. Mesmo que não o entenda ainda, mesmo que só o venha a entender daqui a muito tempo, noutro espaço de outra vida que não aquela deste momento. Num outro presente, que hoje nada mais é que futuro. Nessa altura entenderei. Mas, para já, aceito e sou grata. Mesmo pelo que me fez chorar tanto, pelo que me magoou tanto, pelo que me fez sofrer como nunca pensei ser possível, mesmo por me ter mostrado, ainda que à força, que sou tão mais forte e resistente do que aquilo que pensava ser. Porque simplesmente aconteceu.

Por isso deixo ir. Deixo-te ir. Deixo-me ir. Por muito que seja “the hardest part”.

But then again, this too shall pass.

 

#day37

Todo um novo foco, todo um novo dia, todo um novo “estado”.

Porque o Amor, aquele do A maiúsculo, também é orientarem-nos quando nos sentimos sem norte. E fazerem-nos perceber que, afinal, não estamos tão errados como pensamos. Apenas assustados pelo desconhecido. Sim, talvez apenas isso. Mas, lá está, o Amor, aquele do A maiúsculo, também é ajudar-nos a perceber, a entender e, acima de tudo, aceitar.

E por isso mesmo hoje há toda uma nova cor. Sempre a acompanhar o cor de rosa, claro. E o verde também sempre lá presente. Mas o violeta junta-se ao conjunto.

E, ao juntar o violeta, deu-se todo um novo começo.

E é assim…porque no fundo, só importa mesmo é o Amor, aquele do A maiúsculo. {e quem achar que ah e tal andas demasiado lamechas, não “ando”…sou =) }

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#day36

Mabon. Ou Equinócio de Outono. O momento em que o dia e a noite se equilibram.

Festa das colheitas. Agradecer ao Deus Sol, à Deusa-mãe Lua.

Gosto de Equinócios como gosto de Solstícios. São ciclos que se fecham, outros que iniciam. E sou grata por cada um.

Ou então é só o primeiro dia de {mais um} Outono.

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Luz de Presença

A noite. As minhas noites. É quando as luzes se apagam e o silêncio envolve a cidade adormecida que os meus demónios e os meus fantasmas se mostram. Presentes, sempre. Mas especialmente visíveis e audíveis à noite.

Não são fantasmas ectoplasmas, nem demónios de chifres e caudas pontiagudas. São piores. Porque não são fantasias nem folclores. São meus, são reais, mesmo que não sejam visíveis a olhares externos, nem audíveis por outros.

Caminham comigo, todos os dias, lado a lado. Consigo por vezes silenciá-los, porque como fantasmas e demónios que são, temem a luz do Sol e deixam-se ficar mais ou menos quietos. Nunca completamente parados, mas pelo menos mais quietos, sossegados. Mas à noite, à noite  acordam e soltam-se e fazem-se presentes. Gritam-me aos ouvidos, abanam-me para que não adormeça. Estão lá sempre. A rir. A apontar os meus erros. Os meus defeitos. Que conheço todos. Os erros e os defeitos. Ou a grande maioria, pelo menos. De ambos.

E com os gritos destes fantasmas e destes demónios as minhas noites não são feitas para dormir. São para ficar acordada a tentar domá-los, a tentar, pelo menos, silenciá-los. Porque se adormeço, quando adormeço, invadem-me os sonhos e mesmo aí se fazem presentes.

Para isso preciso de luz. De uma luz de presença. Já que o som de presença não existe, já não existe, falta-me a luz de presença. Que me recorde que é com a luz que os meus fantasmas e os meus demónios se acalmam, sossegam. Por isso procuro pirilampos para me acompanharem. Porque os pirilampos dão-me luz, dão um ponto de foco, dão-me uma referência para onde fugir quando os gritos dos meus fantasmas e demónios se tornam ensurdecedores.

A luz de presença dos pirilampos mostra-me o caminho quando estou perdida e relembra-me que com a luz do Sol tudo fica mais calmo. Mas está-me a faltar essa luz. Para poder focar-me nela e tentar desligar do resto. Tentar esquecer-me dos meus fantasmas e dos meus demónios. Que todas as noites estão lá, ao meu lado, activos, a abanarem-me e a gritar aos meus ouvidos.

……e eu não consigo, pelo menos, silenciá-los……

E os meus gritos por socorro, esses, ninguém os ouve. Por isso preciso, muito, tanto, de uma luz de presença que me recorde que a noite são só umas horas que passam a correr. Mesmo que para mim consiga ter o peso de uma eternidade.

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#day35

Continua a não haver bolas de sabão. Mas continua a existir a vontade da mudança. Com ajuda, seja ela de que tipo for. Com pontos de fuga.

Um dia de cada vez. Baby steps. E dar valor mesmo aos passos mais pequenos e, ainda, desequilibrados.

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Bolas de Sabão

Gosto de bolas de sabão. Desde sempre. Mas hoje vejo as bolas de sabão com outros olhos. São outras bolas de sabão.

São bonitas. São perfeitas. Têm cor, tanta cor. São leves e voam. Voam para onde o vento as leva. Deixam-se levar, sem receios do rumo que o vento lhes sopra. Sem receio dos obstáculos que lhes são fatais. E vão. E voam. E permitem-se ser assim, leves. Leves mesmo que nunca vazias, porque as bolas de sabão, ao contrário do que parecem, não são, não estão vazias. Todas elas por dentro são ar. Ar que se respira, ar de palavras, ar de beijos, ar de experiências, ar de memórias. E as memórias, essas, podem ser tão pesadas. Mas ainda assim as bolas de sabão permitem-se ser leves, por muito pesado que seja o ar que as enche, as memórias que as preenchem.

São, também, efémeras. Duram pouco, muito pouco. Tão pouco que por vezes quase não chegam a ser bolas de sabão. Mas enquanto duram, enquanto o são, são bolas de sabão cheias de cor, cheias de sonhos levados por um vento que lhes traça o destino. Enquanto duram, fazem, fazem-me, sorrir. E fazem-me sorrir mesmo depois de deixarem de ser bolas de sabão. Porque se transformam em memórias daquelas que provocam sorrisos.

As bolas de sabão, por serem leves, são capazes de provocar sorrisos e arrepios. Como aqueles provocados pelos dedos a tocar a pele ao de leve. Os sorrisos e os arrepios. As bolas de sabão são capazes de nos fazer querer parar o tempo para que durem mais tempo. Para que os sorrisos e os arrepios se mantenham mais tempo presentes e não apenas memórias.

As bolas de sabão? As bolas de sabão são o momento. São o aqui e agora. São o que são enquanto duram: bonitas, perfeitas, cheias de cor e voadoras. E o aqui e agora é, não sempre, mas é, bolas de sabão.

E há dias em que lhes sinto a falta, das bolas de sabão. E dos sorrisos. E dos arrepios.

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Ponto de Fuga

Diz a Wikipédia que um “ponto de fuga é um ente do plano de visão, que representa a intersecção aparente de duas, ou mais, retas paralelas, segundo um observador fixo. Todo o ponto de fuga situa-se na linha do horizonte.” É assim, dizem, que se cria a prespectiva.

Para mim, um ponto de fuga é aquele local, certo ou incerto, certo ou errado, onde posso refugiar-me com tempo, sem pressas, sem pressões, sem prazo para voltar. É aquele local onde posso estar e ser e sentir e ficar. E pôr as coisas em prespectiva.

Um ponto de fuga não serve, nunca poderia servir, para fugir aos problemas. Porque os problemas, esses, encontram-nos sempre, porque vão, estão, connosco sempre. Mas num ponto de fuga, com tempo, sem pressas, sem pressões, sem prazo, os problemas que vão, que estão, connosco começam a ser vistos por outra prespectiva. Aquela de quem tem tempo, sem pressas, sem pressões, sem prazo, para gerir e digerir tudo o nos rodeia.

Não tenho um ponto de fuga neste momento. Vou ter que o encontrar em mim, cá dentro. Bem no fundo de mim onde acho que não encontro respostas. Ou pelo menos as respostas que me pedem. Daquelas sem tempo, com pressa, com pressões, com prazo. Respostas sem prespectiva correcta ou corrigida. Quando tudo o que preciso é de tempo. Para mim. E um ponto de fuga. Também ele para mim.

#day34

Domingos em Belém lembram-me sempre passeios em família, com visita aos Pastéis de Belém, corridas pela relva, fotografias junto à fonte luminosa.

Mas os meus domingos em Belém em idade adulta são outros. São sempre a incerteza, se vou ter vaga ou não para fazer uma feira que agradeço pelos turistas mas que abonimo pelo ambiente, pela vizinhança, pela falta de critérios e até de coerência.

As manhãs dos meus domingos em Belém são sempre longas, de um humor nem sempre aconselhável. E hoje não foi excepção.

Mas os meus domingos em Belém também têm coisas boas. Têm o sentar na relva, o encostar às árvores e descontrair o suficiente para absorver da relva e das árvores todo um outro estado de espírito.
É deixar-me ficar ali, encostada às oliveiras, a tocar na relva, a olhar para o céu por entre os ramos. É encostar-me a um tronco retorcido pela idade e deixar-me levar pela música. É simplesmente estar ali, assim, quieta, por uns minutos. E {quase} tudo melhora nos meus domingos em Belém.

E é chegar ao final do dia e descobrir carimbos. Esculpidos em pedaços de madeira com motivos indianos. Carimbos tal como os que procurava há tanto tempo.

E se hoje de manhã jurava que não voltava a repetir os meus domingos em Belém, chego ao final do dia com vontade de voltar. Por um único motivo: carimbos. E só por isso hoje valeu a pena mais um domingo em Belém.
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E se eu chorar {parte 2}

E se eu chorar, outra vez, ainda, já não te peço que me abraces, nem que me relembres que a Lua olha sempre por mim.

Porque se eu chorar, outra vez, ainda, ninguém o vai saber. Irei chorar em silêncio, sem pedir que me segures nas mãos, ou me digas que estás aqui. Porque é um choro que é só meu agora. Que me pertence apenas a mim. Por todas as dores que ainda sinto. Aquelas que ninguém vê, que não deixam marcas tangíveis, mas que estão cá, em recuperação, a ser tratadas, desinfectadas, desinflamadas, à espera de cicatrização.

São lágrimas que só eu entendo, que já só eu sinto e sei a sua razão. Porque é um processo que é meu, mesmo quando não o é exclusivamente. São lágrimas que me assaltam mais depressa do que esperava que o fizessem. Que aparecem de surpresa, do nada. Do nada? Não. Do tudo. Porque a memória é um tudo e essa não se apaga. E é um tudo doloroso, de tirar o ar, de fazer contorcer de dores que só eu conheço, que só eu entendo, porque são apenas minhas.

Se eu chorar, outra vez, ainda, não me digas, não me digam, nada. Permitam-me ser assim. Sentir assim. Recuperar[-me] assim. Reencontrar-me assim. Porque chorar não resolve nada, não adianta nada, mas é assim que eu reajo, é assim que eu sinto, é assim que eu sou. É assim quem eu sou. Porque a vida não vem com manual de instruções, por muito que tanta gente acredite que sim, que todos devíamos reagir igual.

Se eu chorar, outra vez, ainda, sempre enquanto houver lágrimas para chorar, porque o motivo vai existir sempre, sempre enquanto houver lágrimas para chorar, deixem-me fazê-lo. Porque fico mais leve, mesmo que chorando pareça que bebi demais, me deixe com sentimentalismos e lamechices à flor da pele e uma dor de cabeça de ressaca.

Chorar não apaga o que já foi, que no fundo não foi, o que já foi e deixou de ser, não apaga nada, não traz nada nem ninguém de volta. Não refaz sonhos desfeitos. Não devolve o que nos roubaram. Chorar é apenas o aqui e agora, porque é aqui e agora que a memória me traz à flor da pele todas as dores dos últimos meses.

Se eu chorar, outra vez, ainda, as vezes que tiver que chorar, só preciso que mo permitam. Sem críticas. Sem penas. Sem palavras, até. Porque as lágrimas turvam-me a visão e até os ouvidos podem captar o que não foi dito. Por isso choro sozinha. Em silêncio. Para mim. Mas choro. Outra vez. Ainda. As vezes que tiver que chorar enquanto doer.

#day33

A BIC já tem isqueiros cor de rosa ♥ {e aos anos que eu pedia isto!}.

Hoje, um dia que não foi bom, nem mau, nem menos bom, nem menos mau. Apenas um dia que foi, não sendo. Passou-se. Adormecido para gerir e digerir uma semana de surpresas. Todas elas menos boas ou mesmo más. Nenhuma boa ou apenas menos má. Semana com coisas boas também, é verdade. E, por muito que me tente focar apenas nessas, são as más que mais pesam.

Desilusões, frustrações, discussões e outros palavrões. Sim, é preciso um dia adormecido para que todas as peças se encaixem e comecem a fazer sentido mesmo que não tenham sentido nenhum.

Mas a BIC já tem isqueiros cor de rosa, e agora é isso que importa. Porque, no final de contas, muitas coisas pequeninas menos más conseguem ser quase parecidas com uma coisa grande das boas.

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{e a contagem prossegue, desde o dia do murro na mesa mais um, tal como um doente em recuperação. Porque é aí que estou, ainda. Em recuperação. Um dia após o outro. E faz-me bem parar todos os dias um bocadinho para pôr as coisas em prespectiva. E não, a vida não vem com manual de instruções que nos diga exactamente como reagir às coisas boas ou más com que nos cruzamos diariamente. E, por isso mesmo, cada um reage à sua maneira: como pode ou como sabe.}

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#day32

Eu gosto mesmo é de meias às riscas. Com ou sem cor de rosa.
E depois de uma semana em tons de cinza escuro com uma cereja de 5,5mm hoje no topo do bolo, contento-me com as minhas meias às riscas. Porque eu gosto mesmo é de meias às riscas ♥

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#day31

Voltar onde nos recebem sempre com um sorriso e nos fazem sentir bem depois de uma noite de tempestade?
Sempre =) devia ir lá mais vezes ♥

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#day30

Ainda da série “Campanha Contra a Depressão e a Solidão das Caixas de Correio! Ah! E do Bullying das Contas Para Pagar!”:

13 postais enviados esta semana, já metade chegaram ao destino. Desses 13, um mais especial que os outros: o primeiro postal para o sobrinho Minhoca.

Há muitos meses que o via contente com as cartas que o carteiro lhe deixava, para ele, na caixa do correio. Mesmo que essas cartas fossem apenas folhetos de publicidade. “São cartas para mim”, dizia orgulhoso.

Hoje foi diferente. O pai tirou da caixa do correio um postal com fotografias da “nossa praia” e em letras grandes no destinatário lia-se MIGUEL. “Mas é o meu nome, pai!”.

Diz quem viu que a viagem de elevador até ao 7• andar foi memorável com um Miguel Minhoca em choque, a olhar fixamente para as letras e a dizer “é uma carta para mim!”.

O pai leu o postal com o Minhoca delirante com as palavras da tia.

Depois do jantar, a avó liga para o telefone que o Miguel por norma já não quer atender. Mas é ele quem atende e de imediato diz “eu tenho uma coisa para dizer à tia!”

Atendo. E o delírio a 40km de distância sente-se aqui. “Tia!! Recebi a tua carta! Já vi a tua ponte e a nossa praia! Já fui guardar no meu tesouro grande e quando tiver saudades tuas não faz mal porque estás aqui! Podes mandar mais cartas? Podes mandar mais três cartas?!”

Que adorou a surpresa, que quer mais, que gosta muito da tia, que tem saudades! Que viu as fotografias todas do postal mas ainda não conhece os sítios todos, mas “já encontrei a TUA ponte”…

Se eu já sabia que enviar postais ia fazer muita gente sorrir, sabia também que para o Miguel ia ser uma boa surpresa. Mas nunca pensei no delírio =D

E só por isso, só por ouvi-lo Feliz, o dia já valeu a pena ♥

{e fico tão contente com as reacções que estou a receber de quem já recebeu postais, alguns enviados em segredo para serem miminhos surpresa. Tão bom ♥ }

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#day29

Ainda me lembro desta miúda como se fosse hoje. E já lá vão 19 anos.

Sim, eu ia de DocMartens a casamentos e afins.

É bom reencontrar-me. Só me faltam as botas ♥

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