Monthly Archives: December 2014

#day135

Almoço de mimos com o mini e o ‪#‎microsobrinho‬, coisas boas da tia.
Onde um vai, o outro está. O que um faz, o outro já fez.
Lindos, crescidos, homens da minha vida ♥

Desde o fim do dia, babysitter da sobrinha de e do coração com cheiro a Jasmim. Enquanto o mundo lá fora espera por 2015, nós, cá dentro, esperamos pela chegada do mano, do sobrinho de e do coração com cheiro a Limão.

Que venha 2015. Que venha o Simão. Que venha tudo aquilo que é bom e faz bem ♥
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#day134

Mimos, cafés e pastéis de nata.

Não é difícil ter um final de dia aconchegante.

Obrigada, Ana, pelo postal! E, em nome do senhor dos Correios, obrigada pelo voto de boas festas 😉

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O melhor de 2014…? Vocês!

Entrámos naquela fase em que, por todo o lado, seja em que área for, se lê “o melhor de 2014” em tudo.

Tem-me feito pensar. Tem-me feito olhar para trás. Tem-me feito reflectir.

Se, há um ano atrás, a esta hora, estava desejosa que 2013 acabasse porque, achava eu, tinha sido demasiado mau, hoje não tenho pressa que 2014 acabe. Não pensava, não sabia, não previa, há um ano atrás, que 2014 podia ser muito semelhante a 2013. Achava que não, que nada poderia ser pior. Também não posso dizer que foi pior, na verdade. Apenas diferente. E semelhante em simultâneo. Semelhante na profundidade dos dias negros, dos dias maus, dos dias que se querem esquecer. Achava, ingenuamente, que 2014 seria tranquilo.

Não foi.

Os primeiros seis meses foram dedicados a digerir os acontecimentos do final de 2013. A gerir ansiedade. A tentar aceitar e seguir em frente. A não conseguir chorar e, assim, a não conseguir digerir. A constantemente negar. A recusar que o portão não se voltaria a abrir.

Encerrou-se um capítulo. Abriu-se, de imediato, outro. Que me transportou para um lugar escuro. Demasiado escuro. Negro. Dorido. Doído, ainda hoje. Um lugar que me fez descobrir em mim um lado que desconhecia. Que nunca achei ser possível. Porque a dor, essa, faz-nos descobrir esses lugares negros, esses lados irreconhecíveis. Um capítulo que durou pouco, muito pouco tempo, mas que se irá manter sempre. Porque a memória, essa, perdura no tempo. Ameniza a dor, dizem, com o tempo. A saudade idem. Mas a memória, essa, fica sempre.

Se 2013 tinha sido dorido, 2014 transformou-se no pior dos cenários que poderia imaginar. Porque nunca sonhei sequer que assim poderia ser, que assim iria acontecer, que faria parte do meu caminho, da minha História. Mas foi. Assim. Dorido, tanto. Doído, ainda. Mas foi também esse capítulo que abriu outro. Melhor. Que me fez perceber que não, não estou sozinha. Nunca o estive, na verdade. Mas nem sempre me lembrava disso. Foi preciso descer bem fundo, ao fundo daquele lugar negro de onde, admito, cheguei a pensar em não querer sair, porque é sempre mais fácil ficar, foi preciso descer ao fundo do fundo, para perceber que não estou sozinha. Estou rodeada de pessoas lindas. Que, de uma maneira ou de outra, estiveram lá. Que me lançaram escadas. Que empurraram alavancas. Que me puxaram. Que me abriram os braços. Que me estenderam a mão. Já o tinham feito em 2013, é um facto. Mas 2014 trouxe-me a certeza que esses gestos têm um nome: Amor. E foi esse Amor, esses gestos, esses braços abertos, essas escadas lançadas, essas alavancas empurradas, essas mãos estendidas, foi esse não estar sozinha que me trouxe até aqui. Dia 30 de Dezembro do ano mais negro de que tenho memória, 2014. E hoje mais forte, muito mais, do que em Junho, Julho, Agosto. Até mesmo que Setembro.

E foi por esses gestos de Amor, essas bolas de sabão, esses pirilampos, esses pontos de fuga, essas luzes de presença, esses nascer do Sol, essas noites de Lua, Cheia ou Nova, que me fizeram perceber que é o Amor que importa. É o Amor, aquele do A maiúsculo, que nos faz crescer, que nos faz viver, mesmo quando acreditamos que apenas sobrevivemos e quando não, não queremos sair do fundo do poço. Porque, acreditem, o fundo do poço, por muito escuro, muito negro, muito horrível que seja, é confortável. E é demasiado fácil deixarmo-nos ficar ali, quietos. Sem reacção. Sem falar. 3 dias sem falar…como é possível? Não sei, mas foi. E, por estranho que possa parecer, apesar de hoje olhar para trás e saber que foram provavelmente os piores dias de sempre, foram também os mais fáceis. Porque é tão fácil, tão demasiado fácil, acomodarmo-nos à dor, ao escuro. E simplesmente ficar ali.

Foi preciso um murro na mesa. Foi preciso um abanão. Foi preciso um desafio para voltar à tona. Para ter vontade de voltar à tona. Para voltar a ver cor. Para voltar a querer ver cor. Para começar a dar importância às coisas mais pequeninas. Para começar a parar todos os dias por um bocadinho para reflectir. Para apreciar o momento, por mais simples que seja. Para aceitar o que a vida nos traz. Seja bom ou menos bom. E para agradecer. Agradecer o simples facto de acordar todos os dias. Com mais ou menos vontade de sorrir. Mas simplesmente acordar. Ter direito a mais um dia, a mais um aqui e agora.

Foi preciso isso tudo para que os últimos meses de 2014, depois de 6 meses de ansiedade angustiante, seguidos de 3 meses de dor e escuridão, foi preciso tudo isso para que o final de 2014 me trouxesse tantas coisas boas. Que não esperava. Que achava, achei durante tanto tempo, que não merecia. Síndrome de patinho feito, talvez. E trouxe, também, ou precisamente por isso, uma tranquilidade imensa, que não sei explicar, mas que está cá. Tranquilidade? Paz. Estou em paz. É isso. O final de 2014 trouxe-me paz. Interior. Coisa que, estranhamente, não conhecia.

2014, vejo-o hoje, tem sido o início de um caminho interior que não tem previsão para terminar. Porque é daqueles caminhos que não têm meta, porque se fazem um dia após o outro. 2014 trouxe-me ensinamentos muito valiosos, preciosos. Trouxe-me mudanças. Minhas. Interiores. Para melhor. Trouxe-me a tempestade das tempestades, é verdade. A dor das dores. O negro da escuridão. Mas, e pegando em frases feitas, é preciso passar pela escuridão para ver a Luz.

E hoje, depois deste ano de montanha russa, é a Luz que trago comigo em busca do ritmo da roda gigante. É o Amor. O que recebo, claro, mas acima de tudo o que dou. Porque é a dar que me sinto bem.

E se descobri a força, o poder do Amor, esse do A maiúsculo, devo-o tanto a todos os que, de uma forma ou de outra, estiveram do meu lado, ao meu lado, com a vossa Luz na minha escuridão. Porque foi o vosso Amor, a vossa incomensurável generosidade, que me trouxeram até aqui, onde estou hoje. Em Paz. E por isso mesmo sou tão grata por tudo. Por quem esteve, por quem não esteve, pelo que de bom aconteceu, mas também pelo que de mau 2014 trouxe.

Agora? Agora é sorrir, agradecer todos os dias a benção de mais um dia, e seguir em frente em cada novo aqui e agora.

Obrigada, tanto, por terem estado aí.10377351_10152704257438800_7064521997928093794_n

#day133

Dia de regressar a Torres Vedras, numa espécie de corrida, para desmontar a CCChic.

Dia de rever quem me vê uma vez por ano mas que, desde o primeiro dia, desde o primeiro ano, me acolhe de sorriso no rosto.

Dia de recolher o que restou desta aventura anual de Natal em Torres Vedras.

Dia de, mais uma vez, sorrir e dizer: obrigada, Torres! ♥ Encontramo-nos novamente para o Natal de 2015. Ou, se se proporcionar, algures no decorrer do próximo ano.

{e, também por Torres Vedras, sou tão grata. Desde o primeiro dia. Independentemente de tudo ♥ }10888942_10152699870958800_2374400492474370031_n

#day132

Um dia sem História. E sem histórias. Daqueles que por não terem História nem histórias sabem tão bem na mesma. Porque também são válidos, também são precisos, também são necessários. Também contam, mesmo que simplesmente tenha, este dia sem História e sem histórias, servido apenas para dormir. Apenas? Um apenas que é tanto ♥

E, nas saudades dos meus sobrinhos, a presença e os mimos da sobrinha emprestada, de e do coração, loura, de caracóis e olhos azuis, dois palmos de gente com cheiro a Jasmim e uma paixão louca pela “Tuta”. Que dá beijinhos “a fingir”, de longe, com a mão. Mas que, de repente, e sem mais, dá beijinhos “a sério”, no nariz, na testa, num olho, no outro olho, numa bochecha, na outra bochecha, no queixo. E dá beijinhos de nariz. E dá beijinhos de borboleta. “Agora outo”. E dá. E ri-se. E enrosca-se. E fica no colo da Tuta.

Um dia sem História e sem histórias. Mas com mimos, muitos, do alto de dois anos de gente com cheiro a Jasmim, com “beizinhos da Ninim”.

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“A vida sem Catarina”

Ali ao lado no Twitter o Público partilha um link {entretanto corrigido}.
O título fez-me seguir a ligação. “A vida sem Catarina”, dizia.

Segui o link. Como resposta recebo “Página não encontrada”…

…faz sentido. {e, de repente, faz-me pensar. Em vazios e páginas em branco. No fundo, páginas não encontradas.}

 

#day130

Há precisamente 20 anos, os painéis não eram estes, de aeroporto. Eram painéis de estações de comboios. Tantas que nunca lhes fiz a conta.
Há precisamente 20 anos, podia ter demorado pouco mais de duas horas para chegar ao destino. De forma quase fria e impessoal tal a rapidez da viagem. Optei por algo mais quente, mais carregado de experiências e memórias, a um ritmo mais meu. O do aqui e agora.Ritmo de comboios, três, que em muitas horas, vinte e sete, me levaram ao destino.

Há precisamente 20 anos, como assim já 20 anos?!, a esta hora estava algures talvez ainda em Portugal, talvez já em Espanha, sozinha na loucura dos 17 anos, de mochila às costas e DocMartens nos pés, a bordo do Sud Express.

Uma loucura, diriam hoje uns, ir assim, sozinha. Uma loucura, disseram-me na altura tantos, ir assim, sozinha. Uma aventura, disseram outros, poucos, na altura e hoje, ir assim, sozinha. Atrás de um Amor de Verão.

Há precisamente 20 anos acreditava que, se o Amor não move montanhas, faz pelo menos deslocar pessoas milhares de quilómetros por uma semana de Amor adolescente.

Há precisamente 20 anos fui, assim, sozinha, de mochila às costas e DocMartens nos pés, de coração cheio e apaixonado. E olho para trás e sorrio. Porque aqueles 8 dias, dos quais 54 horas foram passadas em comboios, sozinha, de mochila às costas e DocMartens nos pés valeram cada segundo.

Hoje? Faria o mesmo. Pelo mesmo motivo. Talvez mudasse apenas de comboios para aviões, embora o comboio continue a ser o meu transporte favorito. Mas o Tempo…já não tenho Tempo aos 37 para perder Tempo como tinha aos 17.

Não, hoje não foi um dia bom. Mas também não foi um dia mau. Foi um dia cansado. Demasiado. E com neura e mau feitio porque, novamente, os outros primeiro. Eu só quando puder ser. Ainda que os outros primeiro signifique, também, irresponsabilidade. E estupidez. Mas, novamente, os outros primeiro. Porque é mesmo assim. Porque é sempre assim. Eu é quando puder ser.

Mas há precisamente 20 anos era eu. Primeiro. E as memórias, a experiência, a aventura, fazem-me sorrir mesmo quando tudo o que me apetece hoje, 20 anos depois, seja chorar de cansaço.

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Dos planos que não vale a pena fazer

Escrevi isto há 13 dias. Achando eu, convicta há 13 dias, que ia ser assim. O Natal, mesmo que sem árvore, seria em minha casa.

…mas já devia ter aprendido que não posso fazer planos. Nenhuns. Nem os mais simples, como ficar sossegada no meu canto.

Porque a vida tem o dom de nos trocar as voltas à última da hora. E por isso mesmo tenho, na noite de Natal, exactamente o que não queria: grávidas e bebés…

#day128

Ora então…

Feliz Natal a quem é de Natal.
Boas Festas a quem é de festas boas.
Bom dia lindo de Sol a quem é de dias lindos de Sol.

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#day127

Eu tinha pedido ao Mundo para me esquecer por um bocadinho. O Mundo não me ouviu.
Mas é também no Mundo que existem os meus sobrinhos. E só por eles valeu a pena que o Mundo não me tenha esquecido.

Falta muito para dia 26…?

{não, cá em casa não há árvore de Natal, mas há bolo rei. E depois? Depois…come-se!}1378413_10152686001013800_9044004714788141114_n

#day126

Acreditar. Sempre.

{e por hoje já chega. Cansada, moída, dorida. Ainda. Cansada, também, de ser bombeira. Involuntária. Cansada, exausta, farta, de gente estúpida. Que não sabe apreciar, agradecer, proteger, o que de melhor têm. E simplesmente não aprendem. Nem a bem, nem a mal. Cansada disto, tanto. E doída, também por isto.}10491141_10152683905923800_7661542368006714856_n

#day125

Cansada é pouco, muito pouco.
Moída. Dorida. A dever muitas horas à cama.
Com uma vontade doida de dormir até ao próximo fim de semana. O último do ano, o primeiro de muitos a ser realmente fim de semana.
Ou então ir refugiar-me em qualquer sítio. Sem horários, sem calendários, sem datas, sem dias. Ir e estar, apenas. Longe de tudo.

Não sendo possível, então que durma na noite mais longa do ano. Na noite mais longa de sempre, dizem. Que durma devagarinho, sem pressas, sem ser a correr, sem horários para nada, esquecendo-me por momentos que o Mundo existe e pedindo apenas que o Mundo me esqueça também por umas horas, por um dia.

De resto, mais um ciclo que se fecha, outro que começa. E com esse novo começo, com esse novo ciclo, que venham coisas boas, que se tomem decisões, que se ganhem novos rumos.

Dia longo, este. Mesmo sendo o mais curto do ano. Que venham daí, a partir de hoje, dias cada vez maiores. Mas a um ritmo de coisas boas. Como hoje.


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#day124

Frio, frio, frio.

Mas aconchegada =) não me peçam para explicar. Há coisas que não se explicam, apenas se sentem ♥

{e amanhã volta-se a este “Magic Place”… =) }10600399_10152679154408800_5977829324131289755_n

#day123

Diz que é uma espécie de selfie. Ou um retrato que é um retalho de um dia a correr.
Que ainda está longe, tão longe, de terminar. O dia e a correria. Porque amanhã é dia de regressar ao Jardim mais catita de Lisboa, o da Estrela.

E não havendo tempo para reflexões, ficam os reflexos da Confeitaria Nacional. “Mais de 100 anos de bom crédito”, dizem. E há tantos anos que lá não ia que quase parecem 100.

{apesar da correria, de andar em contra-relógio, soube-me tão bem ir à Baixa da minha Lisboa que acordou escondida pelo nevoeiro e que demorou a mostrar a luz única que lhe conheço. O almoço sentada no chão em plena Praça do Rossio porque “lá dentro não se aguenta o barulho e confusão e está-se tão bem ao sol”, o café na Confeitaria e confirmar que há espaços que não mudam e ainda bem, voltar ao comércio tradicional onde não ia há tanto tempo mas onde sou recebida sempre com um sorriso ao longo destes anos todos como se tivesse ido lá na véspera.
Passar no mercado da Praça da Figueira para encontrar “companheiros de armas” que a cada novo dia confirmamos que são, de facto, pessoas especiais e ao mesmo tempo cruzar-me com quem já foi especial e que, percebo agora, já deixou de ser.
Apesar da correria, do barulho, da confusão, Lisboa faz-me bem… ♥ }

…e afinal ainda houve tempo para reflectir para lá do espelho… =)
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#day122

E depois dos dias menos bons, a roçar o mau, vêem os dias menos maus, a roçar o bom. Como hoje.

Com presenças, com urgências, com trabalho, com preocupações, com ansiedades.

Dia normal. E, por vezes, a normalidade faz falta.

{e um sorriso bastou-me para voltar para casa melhor… ♥ }10850131_10152673151153800_4718525236161197948_n

#day121

121 dias. E sem perceber se já passou muito, tanto Tempo ou pouco, muito pouco Tempo.
Porque hoje…hoje dói.

Hoje é um daqueles dias menos bons. Prestes a roçar o mau. Porque ainda não sei como pôr a memória em pausa.

Faz parte, dizem. Para haver dias bons temos que passar pelos maus. Para haver happy days, é preciso que haja sad days.
E, só por isso, chamemos a hoje um happy sad day. Ou será um sad happy day?

{não importa. O que importa é que estou cá. E vivo e sinto cada dia. Do meu modo. À minha maneira. Amanhã? Chegando lá será melhor.}10857804_10152670876648800_8465155639023658999_n

{da saudade}

Basicamente, viaja-se neste autocarro de tempos a tempos.
O bilhete, dizem, é vitalício. A viagem, dizem-me, ameniza com o tempo.

…mas, enquanto não ameniza, dói…10850043_10152670792898800_5697551592358094291_n

E, de repente

é Julho em Dezembro…

{ou de quando nem afundar-me no trabalho desliga a força da memória. E das saudades……}10849990_10152669334213800_2345149332475593410_n (1)