Daily Archives: 25/07/2015

#day341

Dia estranho, este. De poucas horas dormidas, mas acelerada na mesma. Mixed feelings, strange feelings, lots of feelings.
Música a toda a hora. Escrita. Mensagens. Tudo isso e ao mesmo tempo nada disso foi suficiente para acalmar o turbilhão que corre solto cá dentro.

Um turbilhão bom, ainda assim. Mas em que os sinais de alerta estão lá todos, os alarmes a tocar. Tudo.

…respira…respira novamente…

Já sabes o resultado, por isso porque te empolgas tanto, Kooka Maria?

Respira mais uma vez. Pés no chão. Mesmo que flutues 3 palmos acima do chão.

Amanhã é mais um dia… =)

{e apetece-me}

Apetece-me cantarolar e saltaricar descalça na relva, a sentir o vento no cabelo solto e o Sol a queimar a pele.

Apetece-me rir e, sobretudo, sorrir. Com sorrisos declarados ou tímidos ao canto da boca.

Apetece-me abraçar o céu azul e as nuvens brancas de algodão.

Apetece-me voar. Ou melhor: flutuar a 3 palmos do chão.

Apetece-me recordar o que há dias não me sai da memória. Apetece-me tentar traduzir o que se calhar é simplesmente como é sem ter tradução. Ou o que simplesmente foi assim porque foi, sem mais implicações. Mas a dúvida, essa, fica sempre. Porque é uma dúvida com sabor a certeza, mesmo que não assumida ou, até, consciente.

Apetece-me continuar com as noites em branco, mas tranquila. Apenas uma inquietação pequenina, mas suficiente para não me deixar dormir, porque em vez de dormir canto. E rio. E sonho acordada. E recordo. E comparo.

Apetece-me escrever sobre tudo e sobre nada.

Apetece-me tudo isto porque aprendi que:

– cantar todos sabem cantar, até eu, ainda que não seja afinada

– saltaricar recorda-me que já não sinto o peso do Mundo em cima dos meus ombros

– andar descalça na relva liga-me à terra, acalma-me, tranquiliza-me

– o cabelo comprido solto ao vento dá a sensação de vôo sem o risco da vertigem

– o Sol revigora não só corpo como o {estado de} espírito

– rir é {tão} melhor que chorar

– sorrir tira-nos o tom de cinzento e pinta-nos de cor de rosa, sejam sorrisos assumidos ou tímidos ao canto da boca

– os abraços são remédios mágicos que nos voltam a encaixar as peças

– flutuar 3 palmos acima do chão permite-nos sonhar sem perder o pé da realidade

– há memórias boas, muito boas, que se vão construindo ao longo do tempo, um ano, 3 anos, 5 anos, 7 ou 9 ou…mesmo que não se entenda o significado dos gestos, das palavras, das acções, porque se calhar não há nada mais para entender; e ainda assim sabe bem fazer essas compilações de pequenas histórias

– as noites em branco também podem ser de todas as cores e não apenas de um tom cinzento escuro e frio; e a inquietação não tem que ser apenas ansiedade da que faz deixar de respirar

– escrever para mim ou para {os} outros é terapêutico, libertador, chegando a ser, em muitas ocasiões, catártico. E ajuda tanto a pôr as ideias em ordem.

Foram 2 horas e meia mal dormidas. Entre inquietação e cantorias, entre reviver tudo aquilo que, novamente, me deixa dúvidas com certezas não assumidas, conversa de primas que se prolongam pela madrugada até ser dia há 1 hora e meia, nervoso miudinho pelo primo que está prestes a chegar.

Foram 2 horas e meia mal dormidas das quais acordei como adormeci: a cantar, a saltaricar, a pisar a relva, a abraçar o céu, a querer escrever.

Porque, também isto, é o tal do copo meio cheio. Que já não sei vê-lo de outra forma.

…já tinha saudades de me encontrar assim… =)tumblr_m5vd1b78kA1qjx19ao1_500