#day374

De vez em quando lembro-me que existem personagens no meu livro que, por norma, me esqueço.
Porque são personagens que faço por não ter presente nas minhas histórias, ainda que façam parte da minha História.

E, quando essas personagens ressurgem, faço, tento, esforço-me por ignorar. Ainda que por dentro essa presença me revire e revolte. Porque são assim, como são. E por serem como são, assim, mais reforçam a minha certeza da necessidade de distância. Porque há quem nunca mude. Nem aprenda. E nunca saberá o que é a humildade de reconhecer o percurso errado das suas histórias que, directa ou indirectamente, influenciam outras histórias.

Perde-se Tempo, tanto Tempo. Que me é escasso, que me é preciso, que me é precioso. Perde-se Tempo quando é invadido um espaço que é meu. Já não imaculado.

Perde-se Tempo. E eu não tenho Tempo para perder Tempo. Por isso, recupero agora o Tempo perdido e volto a mergulhar no trabalho. Porque só isso importa. Nada mais.

Um dia volto a tirar os olhos do trabalho. Para já vou debitando palavras que só precisam de fazer sentido para mim. Porque é para mim que escrevo. Porque sou eu quem as lê. E relê. E entende.

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