Dia de barcos. Cacilheiros e navios de cruzeiro. Que se cruzam à chegada. Que se cruzam à partida.
Sem passaportes nem etiquetas. Com bilhetes e autocarros.
Alcântara, Praça da Figueira, Alcântara. Conhecer Lisboa de um novo ponto de vista.
“we have buses every fifteen minutes, the last one being at 4 o’clock”
Sol. Vento. Calor. Frio. Chuva tranquila de manhã cedo. Salpicos salgados de Tejo ao fim do dia.
“can you give me your cabin number please?”
Shuttle 7. Claro que tinha que ser o 7. Como não?
Lisboa é tão bonita. Que é. “It’s beautiful. Much more than Paris.” Não sei se será. Saberei um dia. Saberei? Sim. Saberei um dia. Porque Paris aparece-me sempre. Todos os dias. Quando e onde menos espero.
“The Love Boat” em loop. Royal Princess à minha frente.
“posso ir na bagagem? Prometo que ocupo pouco espaço” e rio-me.
Dia longo. Estupidamente tranquilo.
Estrelar, que significa desenhar estrelas para continuar o trabalho que é de e em casa.
E com isto tudo uma tranquilidade que chegou e se alojou e que acolho e abraço. Assim. Sem mais.