#day477

A medida dos dias. Mais curtos, mais longos, mais rápidos ou eternos.
Um dia atrás do outro atrás do um, claro. Sempre. Mas já sem pressa de sobrevivência. Sem pressa de alcançar o que já trago comigo. Em mim.

Sem Tempo para perder Tempo, sempre. Mas sem pressa de fazer planos que, já sei há tanto tempo, não vale a pena fazer. Porque “life is what happens when you’re busy making other plans”. E por isso não os faço. Os planos. Deixo fluir. Deixo ser. E agarro cada segundo como uma oportunidade única que não pode ser desperdiçada.

Não faço planos, mas traço objectivos. E se há um ano o objectivo era sobreviver, hoje o objectivo é Viver. E sorrir. Muito. O Tempo de chorar já lá vai. Sei que foi necessário para hoje saber sorrir. Mas já ficou para trás. Mesmo que lá à frente me espere novamente um Tempo de chorar. São ciclos, fazem parte. Mas sei que dependendo de mim, do Eu que sou hoje, o meu melhor lado é o sorriso.

Não faço planos, mas traço vontades. E a vontade hoje é aproveitar cada um dos dias que 2015 ainda me reserva. Cada um dos dias que ainda são meus, são do e o Meu Tempo. 2016 traz um dia extra mas já promete pouco Tempo para perder Tempo. E é também por isso que quero Viver cada um dos dias em que ainda dou dona do meu Tempo.

Novo ciclo que se aproxima. Com incertezas e outras tantas certezas. Não me assustam, no entanto, as incertezas. Assustam-me um bocadinho mais as certezas que, como os planos, por vezes não são tão certas assim. Mas não me assusta o calendário, que traz um dia extra, e que ainda não começou a ser contado e já está tão marcado.

Quero o Agora. Que é Aqui. Cada segundo que ainda me pertence enquanto dona do meu Tempo que não tenho Tempo para perder Tempo. Este Tempo que é meu por poder dizer sim, por poder dizer quero, por poder dizer vou, por poder dizer estou, por poder dizer sou. Poderei dizê-lo sempre. Mas o calendário que ainda não começou a ser contado diz-me já que nem sempre poderei dizer vou, ainda que aceite, que queira, que esteja mesmo não estando, que seja mesmo não sendo.

E nada disto me assusta, nada disto me enfraquece, nada disto me dói. Porque a medida dos dias será aquela que for, que tiver que ser, se tiver que ser. E o calendário que ainda não começou a ser contado e já está tão marcado também me diz que vou continuar sem Tempo para perder Tempo.

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