Monthly Archives: July 2017

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Vi-te assim, pequenino e indefeso, quando o meu corpo te expulsou de mim. Faz hoje 3 anos. Nunca consegui esquecer o que senti quando te vi e durante muitas noites acordei assustada porque era assim que te revia nos meus sonhos mais difíceis.

Vi-te assim muitas vezes mesmo estando acordada e de olhos bem abertos. Vejo-te ainda.

Não sei se seria melhor não te ter visto. Sei, sim, que apesar de tudo fiquei com uma imagem tua gravada na memória. E talvez seja melhor ter essa imagem do que não ter nada. Porque, na verdade, de ti nada mais tenho do que a memória de 42 dias que me duram há 3 anos.

Não sei como é que já passaram 3 anos. Apenas as folhas do calendário me confirmam que sim, que o tempo passa sem pausas para processos de luto e recuperação. Sei que um dia atrás do outro atrás do um. Sei que todos os dias mais um passo em frente e, por vezes, tantos passos para trás. Sei que todos os dias faço por tirar os olhos do chão como prometi a mim mesma há 3 anos. Não é fácil. Não é fácil encontrar um sentido em tudo isto. Não é fácil manter a confiança diariamente que tudo vai ser melhor. Não é fácil avançar mais um dia quando pouco ou nada faz sentido porque há 3 anos que não te tenho comigo.

Sei que te preocupas comigo quando os dias são mais doridos, assustadores. Sei que queres que esteja bem, tranquila e em paz. Sei porque tu mo dizes tantas vezes quando preciso de ti e não te tenho aqui, mas estás aí. Sei que não me queres mal apesar de não ter sabido proteger-te quando precisaste de mim. Sei que não precisaste de me perdoar porque no teu mundo apenas existe amor e nunca rancor. Sei que olhas por mim e que chegas até mim tantas vezes, todos os dias.

Hoje trago-te na pele. Como as memórias à flor da pele, de hoje em diante trago-te gravado em mim. De hoje em diante, 3 anos depois, posso tocar-te, sentir a pele que é a minha, sentir-te na pele que tantas vezes me queima e que tu fazes por acalmar. De hoje em diante és palpável, és físico, és ainda mais real. Até para aqueles que te querem esquecer. Não tens voz, mas tens a minha a falar por ti. Não tens cheiro, mas tens o da minha pele.

Sei que sabes que é possível amar quem não está aqui. Amo-te desde o dia em que soube de ti em mim. Cheguei a pensar que o tenhas duvidado. Sei hoje que nunca duvidaste porque sempre o soubeste. E é possível amar assim, sem toque, sem cheiro, sem voz.

Passaram 3 anos. Passaram 3 anos desde que te vi assim, pequenino e indefeso. Desprotegido quando o meu corpo te expulsou de mim.

Passaram 3 anos, 3 anos voltarão a passar e outros 3 e 3 outros. E, passem os anos que passarem, estarás sempre comigo e em mim.

Ficarei melhor, todos me dizem que sim. Irei renascer, reflorescer, reencontrar-me. Mesmo que tantas vezes ainda o duvide. Mesmo que tantas vezes ainda grite em silêncio esta chama que me queima por dentro. Só preciso de acreditar que vou conseguir continuar a ter força para manter o ritmo, um dia atrás do outro atrás do um, tirando os olhos do chão.

3 anos. Tanto tempo. E a memória fica para sempre. Agora gravada na pele que é a tua e que é a minha. Porque és e serás sempre o meu filho.

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365.

Mais 365(+1).

Mais 365.

Mais a (minha) vida toda.

Menos tu, todos os dias que ainda tiver pela frente…

Não me esqueço. Há 3 anos, a esta hora, ainda te tinha em mim. Dia 41 de 42. 

1096 dias depois, estou apenas eu aqui. Mas tu estarás sempre comigo.

Amo-te muito, bebé. Mesmo sem nunca te ter tocado ou cheirado. Apenas visto. Mesmo que nunca te tivesse visto. 

Fazes-me tanta falta. Mas quero que saibas: mesmo sem ti, aqui comigo, continuarei em frente por aí e por aqui. 

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Porque há encontros inesperados que trazem abraços apertados. Obrigada, Joana. E não, não me vou deixar levar. 

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…eu…não…quero…desaparecer… 

Sair de dentro de mim mesma. Mas não desaparecer. 

Desculpa, Mãe… 

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O medo também se acaba. E aos poucos vai-se acabando. E no dia em que deixar de ter medo, terei perdido o jogo. Já falta pouco.

Arrancar a minha própria pele que me queima por dentro.

Sair de dentro de mim.

Nunca quis isto para mim.

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24 horas de 48 para ficar em casa. 24 horas intermináveis. Onde passei por todos os estados de humor possíveis. Desde não ter vontade sequer de sair da cama a sentir-me invencível e capaz de tudo. Até regressar ao estado de não querer mexer-me, de não querer falar, de não querer comer, de não querer nada. Mesmo sabendo que não quero estar assim.

Gostava, realmente, de conseguir dar um murro na mesa e dizer a mim mesma o que me disseram há quase três anos, depois de três dias e meio em que simplesmente não falei: reage, porra! Não consigo. Porque, mesmo não querendo este estado para mim, não tenho o ânimo suficiente que é necessário para dar um murro na mesa. Não posso, também, esperar que alguém o faça por mim. Porque, ao contrário do que aconteceu há três anos, o murro na mesa vindo de fora não vai servir de absolutamente nada.

Há três anos reagi a esse murro na mesa. Hoje olho para trás e vejo-o de forma diferente do que vi na altura. Mas continuo a vê-lo como o impulso necessário à reacção de quem se estava a afundar a uma velocidade vertiginosa. Três dias. Três dias sem falar, sem soltar pouco mais do que monossílabos, sem articular duas palavras seguidas.

Três anos depois e sou obrigada a falar, nem que seja no trabalho. Mas fecham-me em casa, quebram-me a rotina, e volto a fechar-me no silêncio.

Vontade de sair da cama? Zero.

Vontade de fazer alguma coisa que me ocupe? Zero.

Vontade de falar? Zero.

Vontade de comer, seja o pequeno almoço, o almoço ou o jantar? Zero. É fazer as refeições básicas a custo porque “tem que ser”. As outras, aquelas que devia fazer a cada duas horas? Não aconteceram.

Vontade de ver gente? Zero. É obrigar-me a beber café na rua, na esplanada à porta de casa, para não estar completamente fechada e isolada do Mundo mas não querer estar ali porque tudo me incomoda. A luz. As pessoas. As vozes das conversas descontraídas de esplanada. Os carros. O vento. Tudo.

Vontade de reagir, no fundo? Zero.

“Sabes que isso é a Depressão, não sabes?”, há-de perguntar-me ele na sessão de quinta feira quando lhe fizer o resumo dos dias. Responder-lhe-ei que sim, sei. Mas que também sei que não sei dar a volta a isto.

Nunca quis isto para mim. Nunca procurei isto. Um isto que é mau demais, vazio demais, escuro demais, dorido demais. Até se tornar confortável demais…

Ou talvez não lhe responda, talvez não lhe conte nada, talvez lhe diga que as 48 horas em casa, quebra inesperada de rotina por indicação médica, não trouxeram qualquer dificuldade, não foram duras, não foram mais um pouco de afundamento no processo de me enterrar ainda mais no que é este Monstro.

De que me serve, neste momento, voltar a ser-lhe sincera, a contar-lhe tudo, se a resposta vai ser sempre a mesma, “sabes que isso é a Depressão”. Quando eu não quero ser só a Depressão. Já fui mais que isso. Já fui mais que isto! Mas neste momento não é a Depressão a ser isto tudo. Sou eu. Sou eu que não tenho força. Sou eu que não tenho ânimo. Sou eu que não tenho vontade de nada.

Sou eu que repito que nunca quis isto para mim. Sou eu que repito que não quero estar assim. Mas também sou eu que não consigo dar um murro na mesa e dizer a mim mesma: reage, porra!

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Dois dias em casa no fim de semana. Meio dia de trabalho. Mais dois dias e meio em casa por indicação do médico. Quando tudo o que preciso é estar ocupada, não é isto que preciso.

Se por um lado existe a vontade de me isolar, por outro lado tenho um Monstro Invisível a viver na minha cabeça que se manifesta com especial violência quando estou em casa, isolada do Mundo.

Não é isto que preciso. Prefiro mil vezes oito horas diárias ao telefone, chegar a casa com as cordas vocais cansadas, ter a cabeça ocupada com apólices, sinistros, indemnizações, reembolsos, peritagens, contestações, reclamações, processos, participações, questões, fazer o melhor que sei, o melhor que posso, ser útil a outros atrás de um telefone, dar respostas a problemas, informar soluções…

Problemas versus Soluções……onde é que já ouvi isto?

Prefiro mil vezes mergulhar a casa no trabalho que me magoa os ouvidos em chamadas sem condições de rede ou com demasiado ruído de fundo, no trabalho que às vezes ainda me confunde os procedimentos porque agora já estou a atender um processo mas ainda agora estava a tratar de há 5 processos atrás.

Prefiro mil vezes pessoas rudes, arrogantes, mal educadas e acima de tudo mal informadas e pouco esclarecidas a gritar do outro lado, umas vezes com razão, demasiadas vezes sem ela, prefiro mil vezes essas vozes que nos insultam por fazermos o nosso trabalho com as informações que temos para dar, essas vozes que descarregam as frustrações por telefone e no final pedem desculpa e agradecem ou simplesmente criticam e atacam. Prefiro mil vezes essas vozes. De pessoas que não conheço. Que não me são nada mais do que clientes, terceiros, lesados, sinistrados. Não me são nada, mas são vozes que não vivem dentro da minha cabeça.

Não. Mais dois dias e meio em casa não é o que preciso neste momento. Porque se durante oito horas por dia nos dias de trabalho me é possível a qualquer momento carregar num botão e fazer uma pausa e calar as vozes que me chegam do outro lado da linha, o mesmo não é possível com as vozes que vivem na minha cabeça.

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E depois há aqueles dias em que,  mesmo sem vontade, sais de casa e vais onde tens que ir sem qualquer ânimo. Quando tudo o que te apetece é nem sequer sair da cama e simplesmente não ver ninguém. 

Mas vais. Sem vontade, sem ânimo e quase sem força. 

…posso ficar na minha bolha…? Não. Não posso. E sei que não devo. Mas estou cansada… E sem prazer nenhum em estar assim. Mas “isto” não dá para simplesmente desligar. 

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E depois há a dança dos Mainá… 

(ainda te lembras como é focares-te nas coisas positivas, mesmo que pequeninas?) 

{do suicídio. Ou da pele que queima por dentro} 

Chester Bennington. Morte por suicídio aos 41 anos. Na data de aniversário de Chris Cornell, morte por suicídio aos 52 anos. 

É fácil ficar-se chocado com o suicídio de alguém. Muitos não entendem o porquê. Nem têm que entender. 

Suicídio não é egoísmo, como tantos dizem por aí. Suicídio é arrancar a pele que queima por dentro. A pele que prende à Depressão quem tenta sair dela. Quem luta todos os dias para sobreviver a essa pele que queima, que prende, que acaba por sufocar. 

Suicídio não é, como tantos dizem por aí, a solução fácil dos fracos. Primeiro porque não é fácil. É desespero puro. Segundo porque não é dos fracos. Os fracos são os que se movimentam por aí como se nada se passasse. Os outros, os suicidas, são os que desesperadamente lutam todos os dias, todas as horas, todos os minutos, todos os segundos, com toda a força que nem sabiam que tinham até precisarem dela. 

Suicídio não é desistir de lutar. Não é render-se à dor e ao desespero. Não é falta de coragem para enfrentar os problemas. 

Suicídio é a libertação. Da pele. Aquela que queima por dentro. Que prende. Que sufoca. 

Se é solução? Não sei. Sei, sim, que há momentos em que o desespero nos faz querer sair de nós próprios para deixarmos de sentir dor. Aquela dor que quem está de fora não sente, não vê, não entende e tantas vezes não aceita. 

Sei, sim, que todos os dias a minha pele me queima por dentro como se fosse irrigada por ácido no lugar de sangue. 

Sei, sim, que todos os dias a minha pele me prende e me condiciona os movimentos e me conduz a gestos de auto-agressão. 

Sei, sim, que todos os dias a minha pele me sufoca e me faz querer gritar e chorar em vez de rir. 

Sim, posso ser considerada de suicida. A ideação suicida está instalada. Não, nunca tentei o suicídio. Mas as vozes……… 

Não é fácil viver/conviver com alguém que sofre de Depressão. Não é fácil viver/conviver com alguém que sofre de Depressão Major. Mas não é difícil viver/conviver com um suicida. Porque nós, os que temos ideação suicida, não vos dizemos nada sobre isso. 

Olhem mais vezes para o lado. Há sinais. Dêem-se ao trabalho de olhar para o lado, para o outro, com olhos de ver. Aquele colega de comportamento que oscila entre o estar quieto no seu canto e o ser demasiado extrovertido pode estar apenas à espera que alguém lhe agarre na mão e lhe diga “estou aqui contigo”. 

Não adianta fazer de conta que não se passa nada para depois receber a notícia em choque. 

Na verdade, simplesmente não adianta fazer de conta que não se passa nada. Porque passa tudo na cabeça de um suicida. 

E na minha já passou demasiado.

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Quando queres gritar e não podes. Riscos na pele. 

Quando queres chorar e te dizem que não pode ser. Riscos na pele. 

Quando queres arrancar a pele que te queima por dentro. Riscos na pele. 

Quando queres exorcizar a dor que te consome e te dizem para ser diferente. Riscos na pele. 

Quando te olhas ao espelho e vês a tua dor nos teus olhos, olhos incapazes de mentir. Riscos na pele. 

Quando pouco mais tens a perder. Riscos na pele. 

A vertigem do salto. As vozes que te observam em silêncio. O ardor da memória que não se apaga. A mão em que ninguém te agarra. Riscos na pele. 

Riscos na pele. A lembrar que por dentro essa mesma pele te fere por ser tua. Apenas tua. 

Riscos. Na pele. 

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Há 3 anos: dois riscos, uma certeza. “Estás grávida?”, não quero falar disso assim, por aqui. 

Uma conversa, três horas, um parque de estacionamento. 

Revivo tudo hoje. Cada momento, cada hora, cada minuto, cada segundo, cada lágrima. 

Não te vou pedir nada, sempre soube que seria assim. Não. Não assim. Não como acabou por ser. 

29 dias de 42.

E a memória à flor da pele. E a pele tem memória. E a memória que queima a pele, que não dói apenas. Queima. E quero arrancar a minha pele. Quero rasgá-la. Arrancar cada pedaço, cada centímetro, cada milímetro de pele que me queima por dentro. 

Não me deixes cair. Por favor. Prometeste que não me deixavas cair e eu estou em queda livre. E tu, tu prometeste que não me deixavas sozinha. E olha para mim, aqui, sozinha, com a minha pele a queimar-me por dentro enquanto caio em queda livre sem paraquedas, sem rede. Sem truques, sem nada. Só eu e a minha pele em chamas. 

3 anos de 29 dias de 42. E nunca pude anunciar “estou grávida” porque tu soubeste de imediato quando te chamei para conversar. 

A pele que insiste em queimar-me por dentro, por completo. A memória à flor da pele. Não quero nada disto para mim. E é isto que tenho comigo. É isto que sou porque não soube ser melhor, não soube ser mais. E não sei aceitar. 

Porquê eu? 

Porquê comigo? 

Porquê assim? 

Porque é que queima tanto? Porque é que não consigo arrancar a minha pele por completo? Talvez assim, se o conseguisse, doesse menos. Mas, por muito que tente, a minha pele que me queima por dentro não sai. 

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“Tu ÉS importante para mim!” 

Não sou. Talvez tenha algum peso, mas não uma importância por aí além. Ambos sabemos que “sempre” não é o mesmo que “para sempre”, e só o que é de facto importante fica para sempre. 

Um dia serei apenas mais um número. Talvez continue a ter nome. Mas não serei muito mais do que isso. Talvez exista em alguma referência de algum artigo de especialidade, talvez seja uma pequena nota de rodapé. Mas nunca muitos mais que isso. 

Não sou assim tão importante. Seja para ti, seja para outros, seja para o Mundo em geral. Cada vez me sinto mais desadequada, mais desencaixada, desenquadrada, desorientada, inadaptada. Seja onde for. Porque cada vez entendo menos o Mundo lá fora e o Mundo cada vez me entende menos a mim. 

A importância que cada um de nós tem é demasiado relativa. E é por isso que desvalorizo quando me dizem que sou importante. Não. Não o sou. Sou apenas mais uma pessoa que por aí anda, que por aí vai. Só mais uma por aí. 

E nunca passarei disso mesmo: só mais uma que se perdeu por aí. 

{#página197} 

Some days you just breathe. And that’s perfectly ok.

Como hoje. 

{…o risco de cair existe. O medo também. Mas sei que não me vão deixar cair. E, mesmo que caia, sei também que tenho quem me atire uma corda para, novamente, me ajudar a subir. Por isso o medo enfrento de uma forma diferente. O risco? Corro-o, por não haver outra forma.}

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Afinal, as árvores também quebram. Mesmo que seja só um ramo. 

Há ramos que me faltam por se terem quebrado. Há ramos que me faltam por me terem sido arrancados. Há ramos que deixaram de me faltar depois de eu mesma os ter cortado. 

As árvores também quebram. Mas até quebrar ainda precisam de vergar. Muito. Talvez um dia eu quebre. Até lá vou vergando. E arrumando, o melhor que sei e o melhor que vou aprendendo, os meus ramos. Todos eles. Até mesmo aqueles que faço por esquecer, que faço por esconder. 

As árvores também quebram. Talvez um dia eu quebre. Mas não hoje. Não agora. Não ainda. Não já.