Monthly Archives: September 2018

{#271.95}

Das coisas pequeninas que me fazem feliz.

“Fui eu que fiz sozinho, tia!”, e também foi de tua iniciativa, Pipoca, eu sei.

{#270.96}

Medo. É isso mesmo, medo. Dou por mim a lembrar-me de como foi o primeiro ano no meu emprego. E o que senti durante meses a fio. Era medo. Sentia-me, sei-o hoje, como um animal assustado. Com tanto medo de tudo. De todos. De mim.

Se calhar o que me falta hoje é sentir novamente esse medo. Porque durante esse primeiro ano foi o medo que me fez mexer. E hoje não mexo como há um ano.

É impressionante como o medo nos pode paralisar ou então nos faz agir. Como fez comigo. Agora sinto-me paralisada sem saber muito bem porquê ou como fazer para voltar a agir.

Mantenho algum medo. Mas já não me sinto um animal assustado como há um ano. E se calhar devia.

{#269.97}

Todos os dias, mais um bocadinho. De coisas boas, coisas simples. Com mais ou menos dores, todos os dias um bocadinho mais.

Não posso esquecer-me que sou feliz. E fico feliz com pouco. Como quando me chega mais um postal à caixa de correio, por exemplo. Até chegar o próximo aguardo e vou contando coisas pequenas com que me cruzo por aí.

Mas sim, sou feliz com pouco. E sabe bem ser assim.

{#266.100}

Tenho saudades de trabalhar com os tecidos. Sem pressões nem horários. Mas também sem rotina. Não pode ser.

Dizem que as rotinas fazem falta. Seja então.

E a brincar faltam 100 dias para terminar o ano. E o Outono chegou…

Ficam as saudades de trabalhar com os tecidos. Amanhã é dia de trabalho.

{#263.103}

Há coisas que não entendo. Outras há que me lembram outros tempos, de outras senhoras. Mas é o silêncio que me faz mais confusão.

Seja. Cumpram-se as regras então. Não me vou esconder.

Novamente: há dias de trabalho complicados.

{#262.104}

Há quantas noites não sonho contigo? Eu sei, ainda há dias registava que sonhava contigo quase todas as noites. Agora registo a falta desses sonhos. Que queres?, uma pessoa habitua-se… E depois sente a falta, claro.

Podes voltar aos meus sonhos, mesmo que não digas nada, mesmo que não faças nada, mesmo que apenas lá estejas. A sorrir.

Prometo registar sempre o que é bom. Assim como o são as tuas visitas aos meus sonhos.

Há quantas noites não sonho contigo…?

{#260.106}

Fazer acontecer 106 vezes mesmo que a matemática nos diga que é quase impossível.

Há dias de trabalho complicados.

{#255.111}

Borboletas na barriga. É isso. E é tão bom.

Olhar para cima ou olhar em frente, porque não volto a ter os olhos no chão.

Acordar para a vida enquanto ela não me foge entre os dedos como a areia da praia.

Mas, no fundo, borboletas na barriga. Tão bom.

{#254.112}

Noites mal dormidas, sonhos agitados. Porque é que me visitas em sonhos? Há tanto tempo que noto o mesmo. As tuas visitas.

Não me queixo. Nada disso. Mas também não te digo que sonho contigo. Até porque tu simplesmente lá estás, nos meus sonhos. Simplesmente apareces. E simplesmente estás. Umas vezes chamas-me. Todas as vezes me sorris. Não falas. Não dizes nada. Simplesmente estás presente. Não há muito para te contar.

Mas acordo todas as noites. Não sobressaltada nem assustada. Apenas acordo estremunhada para logo de seguida voltar a adormecer e sonhar contigo mais uma vez. Ou será que sonho contigo primeiro e acordo resultado desse sonho? Não sei dizer.

Mas sei que acordo de manhã meio confusa com mais uma noite mal dormida e mais um sonho agitado onde tu me visitas.

Mas eu gosto das tuas visitas, não nego. E dou por mim a sorrir-te de volta e a tentar alcançar-te. E agora que penso nisso acho que é aí que acordo e por isso nunca te alcanço nos meus sonhos…

Esta noite espero não acordar a meio. Espero que os sonhos, com a tua visita, sejam mais tranquilos. E espero conseguir alcançar-te. E sorrir-te de volta.

Esta noite. Irei dormir mais serena por saber que me visitas em sonhos mesmo que não te veja há já algum tempo.

Já te disse que gosto de ti?