Monthly Archives: November 2019

{#334.32.2019}

Um dia de cada vez. Fugindo do frio e do vazio. Mais um sábado que passou e já não volta. Sem nada a assinalar.

Preciso tanto de mudar este registo.

{#332.34.2019}

Eu tento desistir. Mas tu não deixas…

Não vou voltar atrás. Vou deixar as coisas tomarem o seu rumo.

O que tiver que ser, será. O que tiver que acontecer, acontecerá. Se não acontecer é porque não era para ser.

Apenas não posso continuar à espera. É difícil suportar tanta espera, tanta incerteza. E por isso desisti de tentar.

Mas tu vens sempre quando eu desisto. Mesmo sem saberes.

{#331.35.2019}

Dia de deitar a toalha ao chão. Mesmo antes de ter dito o que guardo comigo.

Estou cansada. De esperar. Waiting and hoping. For nothing to happen.

Mereço mais do que isto. E já passei por esperas antes que deram em nada.

Por isso desisto. Irei ainda dizer o que guardo comigo, mas já não será ao vivo, olhos nos olhos. Será à distância. Porque tenho que o fazer. Por mim, apenas.

Mas por agora desisto. Mais uma vez. Mas não posso desistir de mim. Porque mereço mais. Porque também tenho direito a mais do que apenas esperar por uma aberta numa agenda que não é minha.

Mais uma vez digo, para não me esquecer e não voltar atrás: desisto.

Mereço mais do que isto.

(se fico triste? Claro que fico. Mas não há muito mais que possa fazer.)

{#330.36.2019}

Hoje, como há 5 anos, a chuva.

Há 5 anos marcava o dia 100. Os primeiros 100 de 500 dias contados numa recuperação que foi lenta, que demorou o tempo que precisou de demorar e que não sei se já terminou. Depois desses 100, depois desses 500 dias já muitos outros se seguiram. Tantos que já lhes perdi a conta.

Mas continuo uma espécie de contagem que só a mim faz sentido. Embora já não precise de contar os dias, preciso ainda de me lembrar que cada um deles conta. Porque cada dia é único. Como hoje, como há 5 anos.

Não iria querer repetir este dia de há 5 anos. São memórias que não quero reviver. São de ficar lá atrás, no lugar delas.

E hoje novamente a chuva, logo de manhã e sem chapéu, para começar o dia encharcada. Mas feliz.

Porque, sei-o hoje, sou mais feliz hoje do que há 5 anos neste dia.

{#329.37.2019}

Tenho, muitas vezes, vontade de escrever como noutros tempos. Mas não me saem as palavras como saíam.

Sou hoje mais tranquila. Ou estou? Há diferença entre ser e estar e ainda não percebi onde me posiciono nesse campo neste momento. Sei, sim, que as palavras hoje me custam a sair.

E por um lado ainda bem. É sinal que já não ando no carrossel montanha russa que não precisa de moedas e que me fazia vomitar palavras no éter.

Sempre fui de palavras. Sempre fui de escrever. E por isso me custa quando elas, as palavras, não me saem ou saem vazias, quase banais.

Um dia de cada vez. Até aqui, na escrita. Quem sabe um dia não escrevo uma carta bonita para dizer o que guardo comigo, já que está tão difícil de conseguir falar? E só de pensar que tenho que o dizer falando a vontade de o escrever aumenta.

Sim, talvez um dia escreva uma carta. Mesmo que não chegue a enviá-la.

Por agora vou tentando escrever o nada que são os meus dias, sempre iguais, sempre vazios de emoções porque são chatos.

Sim. Vou escrevendo os meus dias. Porque às vezes esqueço-me que até o dia mais vazio pode trazer algo de bom e é ao escrever que me recordo disso. Por isso mantenho a tentativa de escrita diária.

{#328.38.2019}

Esperar. Sou perita nisso. Mesmo que esperar signifique acabar por perder.

Ainda assim espero. Até um dia me cansar. E desistir.

{#327.39.2019}

Mais uma vez, repeti o passo que precisava de dar. Mais uma vez, não está de novo nas minhas mãos.

Estou cansada do frio. E da indefinição. E dos fins de semana vazios.

Estão quase aí as férias. E aí vou ter que me organizar para que não sejam duas semanas vazias como os fins de semana estão a ser.

Espero agora por novidades que já não dependem só de mim.

O frio ainda agora chegou. Esse sim, vai demorar a passar.

{#326.40.2019}

Eu e ela, só e a sós.

Mas de hoje não passa dar um novo passo em frente para dizer o que guardo comigo.

{#324.42.2019}

Seguir em frente mesmo quando o caminho parece difícil. E às vezes é. Mas seguir em frente, sempre.

Amanhã será melhor. E quem sabe amanhã dou um novo passo novamente.

{#323.43.2019}

E se, no meio de tanta espera, já for tarde demais?

Nesse caso, a responsabilidade é toda minha. Só minha.

Por não ter tido a coragem de seguir o caminho certo mais cedo.

{#321.45.2019}

Como previsto, fim de semana de mantas e livros. Sem mais.

Não é suficiente.

Quero e preciso de mais.

Alguma ideia por aí?

{#319.47.2019}

Novamente: planos para o fim de semana?

Na falta de programa melhor, mantas e livros. Ainda vai a tempo de melhorar. Mas se não melhorar, também não se perde tudo.

Nota-se muito que os meus fins de semana não são muito activos?

{#318.48.2019}

Planos para o fim de semana?

Não há… Ainda é cedo, eu sei. Mas estou cansada de fins de semana vazios.

{#317.49.2019}

Novamente em modo conversas telegráficas. Não gosto. Mereço mais. Mas é só o que há por agora.

Vamos ver se nos próximos dias há melhorias e, quem sabe, a oportunidade de dar o passo que quero dar. E preciso de o fazer. Rapidamente.

{#316.50.2019}

O mundo não é um lugar feio. Não é. Mas há pessoas, pequeninas na sua condição de ser [pouco] humano, que o tornam desconfortável.

Estou cansada de pessoínhas. E do desconforto que provocam.

{#315.51.2019}

Pensamos muitas vezes que o Tempo passa a correr.

Mas não fazemos nada para o aproveitar melhor.

Pois não?

Continuo a dizer que não tenho tempo para perder Tempo. Mas na verdade não faço outra coisa se não perdê-lo. E não gosto disso.