Mais um dia. Menos um dia. Mais um dia igual aos outros. Outra vez. E assim vai ser nos próximos tempos.
Se por um lado me é confortável o isolamento por me ser conhecido, por outro lado o facto de ser imposto é-me extremamente desconfortável.
Sei que um dia tudo isto vai passar. Vai melhorar. Vamos voltar às rotinas e hábitos. E vamos reclamar da rotina e dos horários e do trânsito e da falta de tempo.
Mas até lá é preciso coragem para lutar contra o cair novamente no carrossel comboio fantasma que não precisa de moedas chamado Depressão. E é tão fácil voltar a cair.
Tenho medo. Não sei exactamente do que tenho mais medo, se do que se passa no mundo lá fora, se do que a minha cabeça é capaz.
Também por isso faço por não me afastar de quem me é importante, mantendo hábitos e rotinas para ter uma sensação de normalidade.
Só peço que não me deixem cair. Por favor.
“Ninguém larga a mão de ninguém”. Por favor.