Monthly Archives: May 2020

{#152.215.2020}

Domingo com sabor a domingo. Acordar cedo na mesma. Mas um dia dedicado a pouco mais do que preguiçar.

Há dias em que é preciso não pensar em nada. Como hoje. Só assim consigo processar tudo o resto.

E um dia azul lá fora.

{#150.217.2020}

Mais um dia sem história. E hoje numa espécie de confinamento voluntário.

Não me apeteceu sair de casa. Não saí. Não vi gente. Não interagi pessoalmente com ninguém.

Às vezes o confinamento voluntário pode ser demasiado confortável.

E perigoso.

{#149.218.2020}

Há mais de 2 meses e meio que não ouvia o cantar dos pássaros. E hoje ouvi. E foi bom.

De resto, foi só mais um dia sem história. Igual a tantos, quase todos, dos últimos meses. Trabalho. Em casa.

{#147.220.2020}

Mais um dia sem registo. Trabalho apenas. E com as borboletas a quererem reaparecer. Na realidade nunca desapareceram, mas também não têm tido oportunidade para se manifestarem pela antecipação do que não acontece.

Elas continuam cá. Mas já não contabilizo os pequenos nadas. Porque não passam disso mesmo: nada.

Mentira, claro que contabilizo. Não significa nada, é verdade, mas aconchega-me. E eu gosto (e preciso) de ser aconchegada de tempos a tempos. Como agora.

Mais um dia sem registo. Apenas com um breve diálogo matinal que me fez começar bem o dia quando o dia, o meu, já ia lançado.

Por hoje já chega. Estou cansada. Mas ainda vou em busca de nada. Mais uma vez. Não vou deixar as borboletas morrer.

{#146.221.2020}

Um dia normal de trabalho, sem nada a registar. Um dia vazio, portanto.

E continuo com saudades tuas…

{#145.222.2020}

Continua a fazer-me muita confusão a maldade. A má formação. A falta de carácter. Por muitos anos que passem, e já são alguns, há coisas que simplesmente não entendo. E não aceito. Maldade pura.

À parte isso, os meus meninos são os melhores.

Mais um dia, menos um dia. E hoje foi para descansar de um fim de semana de emoções e de matar saudades. Amanhã regressa a rotina em fuso horário de outras paragens. Amanhã será mais um dia a registar. Que seja bom.

{#144.223.2020}

Um dia bom. Azul e outras cores.

Mudar um bocadinho a nova rotina, retomar um pouco da antiga normalidade.

Mas o receio, sempre.

Vai correr bem. Vai correr tudo bem. Tem que correr tudo bem.

{#143.224.2020}

Dia de quebrar todas as regras do confinamento e distanciamento. Abraços e beijos nos Meus Dois, matar saudades de quem já não via desde Janeiro.

Não foi fácil saber que se quebraram as regras. Mas foi necessário para acalmar saudades dos dois lados.

{#142.225.2020}

Dia de regressar onde sou sempre bem recebida e sempre com um sorriso, mesmo que agora esse sorriso esteja por trás de uma máscara. Há muito tempo que não ia até lá, sendo esse lá aqui tão perto. Mas desde o primeiro dia que me recebem assim. Gosto de sítios e pessoas assim.

De resto, mais um dia igual aos outros, como têm sido sempre nos últimos tempos. Sem nada a assinalar. Nada mais digno de registo.

Um dia volto a ter dias mais interessantes. Por agora é o que há.

{#141.226.2020}

Hoje senti-lhe o cheiro e registei-lhe o som. O mar aqui tão perto faz-me acreditar que vai correr tudo bem. Voltarei aqui dentro de pouco tempo, poucos dias. Aproveitar o horário de trabalho em fuso horário diferente para começar a fazer praia rapidamente.

Estou bem. Apesar de tudo estou tranquila e serena. Não estou revoltada com a sociedade, como me perguntaram hoje se ainda estou a. Não estou. Nunca estive nestes tempos estranhos. Aceitei e encaixei e segui o rumo que tinha que seguir. Tive muito receio, de início, que fosse mais difícil. Mas não foi. O isolamento é-me natural. Assusta-me mais o distanciamento e consequente afastamento. E as consequências que traz.

Mas quero voltar ao mar. Rapidamente. Senti-lo na pele. Trazê-lo comigo. Mergulhar e limpar o que é de limpar. Porque estou bem, tranquila e serena.

É ao mar que vou voltar em breve. Porque é só onde me é permitido voltar para já. Onde queria voltar dificilmente voltarei. E também por isso quero mergulhar no mar. Rapidamente.

{#140.227.2020}

Sair um bocadinho da nova rotina para recuperar um pouco da antiga rotina. Voltar a beber um café numa esplanada. Ver gente, ainda que as caras agora se escondam por trás de máscaras.

Chamam a isto o novo normal. Sendo que de normal nada tem.

É preciso um regresso ao exterior. É preciso um regresso a antigas rotinas. É preciso sair de casa.

Mas eu não me sinto confortável para o fazer…

Dizem que, até nisto, o tempo ajuda. Vamos ver como vai ser amanhã.

{#139.228.2020}

Mais um dia, menos um dia. Mais uma noite mal dormida. Neste campo já não há novidades.

E mantém-se a vontade e necessidade de fazer algo mais depois do trabalho. Mas falta a energia e a coragem. E com isso vem a frustração por não fazer nada que se veja.

Tenho que reencontrar essa vontade de criar e fazer acontecer.

Se bem que a vontade seja fazer acontecer algo. Não sei o quê, só sei que a vontade é que algo de bom aconteça.

O gut feeling que tinha há uns meses parece ter desaparecido. As borboletas na barriga estão demasiado adormecidas. Porque o isolamento traz o afastamento. E esse está cada vez mais presente…

É importante, antes de mais, ocupar o tempo que tenho livre. Para ocupar a cabeça com coisas úteis e esquecer um bocadinho esse tal afastamento. Porque não me faz bem ter demasiado tempo livre nas mãos.

Mais um dia, menos um. Mais uma noite mal dormida. Sem novidades, portanto. E a precisar tanto de coisas boas a acontecer…

{#138.229.2020}

Desconfinamento. Hoje, dia de sair de casa até um pouco mais longe. Andar um pouco mais do que apenas uma volta ao quarteirão.

Ver o mar, que há muitos meses não via. Desde antes destes novos tempos. Mesmo com o mar aqui tão perto.

Sentir o sol tocar na minha pele como há muito tempo não sentia. Recarregar um pouco de vitamina D. Activar um pouco a melanina.

Curiosamente não me lembro de ouvir o som do mar… Nem de sentir o seu cheiro. Só me lembro de estar preocupada com a quantidade de gente que estava no paredão.

Vai ser um estranho Verão, o que se aproxima. Como, aliás, têm sido os últimos dois meses.

Agora, é tentar aproveitar os dias de semana depois do trabalho que acaba cedo para desconfinar gradualmente e tentar ganhar coragem para voltar ao paredão. Voltar a ver o mar. E captar-lhe o som e o cheiro. E, quem sabe, até senti-lo em breve.

Vai correr tudo bem. Tem que correr tudo bem.

{#137.230.2020}

Um dia azul lá fora, um dia perdido cá dentro. Voltar a acordar em fuso horário dos dias de semana, várias horas antes do despertador tocar e uma dor de cabeça que se instalou logo ao acordar e ficou até ao fim do dia.

Mais um dia perdido, mas de necessário descanso.

Dizem que amanhã também será azul. E será melhor do que o dia de hoje.

{#136.231.2020}

Os dias são todos iguais. Mas depois há pormenores que marcam a diferença.

Como o correio em tempo de pandemia. Um postal peregrino que demorou 2 meses a chegar ao destino, mas que chegou finalmente. E era o mais esperado. Outro postal que chegou de surpresa mas ainda assim demorou 2 semanas, mesmo em correio azul, para me lembrar quem sou. Quem já fui. Quem era. Quem, no fundo, ainda sou.

Sim, os dias são todos iguais. Mas os pequenos pormenores fazem toda a diferença.

{#135.232.2020}

Um dia o corpo tinha que ceder ao cansaço do acumular de noites mal dormidas e despertares a horas impróprias. E esta tarde cedeu.

Felizmente o fim de semana está a chegar. É aguentar até lá para poder descansar.

Estou tão cansada… De tudo.

{#134.233.2020}

Tenho que conseguir sair da minha zona de conforto e começar a fazer diferente nos finais de dia… O marasmo é demasiado confortável e, consequentemente, perigoso.

Por outro lado, tenho saudades de ter a casa cheia com os Meus Dois, os Meus Tudo.

Sinto-me demasiado cansada… Seja para o que for.

{#133.234.2020}

Uma sombra. Do que fui ou do que serei? Só o Tempo o dirá.

Por agora tento seguir o meu caminho, um dia atrás do outro atrás do um. Vivendo o aqui e agora. Porque se antes não valia a pena ter pressa, agora não há sequer motivo para a ter.

Mas eu tenho alguma… Tenho pressa no regresso à normalidade, mesmo sabendo que isso nunca irá acontecer.

O que serei daqui a um tempo não sei. E às vezes penso que não sei o que sou agora. Sei apenas que tudo isto me assusta e preocupa.

E sei, também, que o meu isolamento habitual não me preparou para o distanciamento. E tudo aquilo que o distanciamento leva. Porque trazer, não traz nada de bom.

Um dia. Atrás do outro. Atrás do um. Sem pressa. Mas com tanta vontade de fazer acelerar o Tempo. Para descobrir o que guarda a sombra de hoje.