Monthly Archives: March 2021

{#90.276.2021}

Mais um dia igual aos outros. Já tenho dito que não gosto de dias sempre iguais. São, para mim, dias perdidos. É tempo perdido. E eu não tenho tempo para perder Tempo.

Mas não há muito que possa fazer para já. É aguentar. E acreditar que esta fase não vai durar muito tempo. Não pode. Embora a mudança me assuste. Não sou contra a mudança, mas gosto de mudar com tempo para me ajustar. E desta vez isso não acontece.

Vou continuar a acreditar que amanhã será melhor. Todos os dias um bocadinho melhor. Todos os dias a acreditar que sim, que vai melhorar. Tenho que fazer por isso, só não sei ainda como.

{#89.277.2021}

Fica difícil, por vezes, manter o foco e conseguir olhar para cima. Especialmente quando os dias são sempre iguais e sem perspectivas de mudança para breve. Algo vai ter que mudar, e rapidamente.

Estou cansada. E ainda agora começou esta minha nova fase. E o cansaço leva ao desânimo. E é aí que já estou, no desânimo.

Amanhã volto a tentar olhar para cima. E volto a procurar um propósito e um objectivo para esta fase. Hoje podia ter sido melhor. Valeu-me mais um pequeno nada, muito pequeno mesmo. Mas que mesmo assim me aconchegou. Porque prefiro ter pequenos nadas a não ter coisa nenhuma.

Amanhã será melhor.

{#88.278.2021}

Não foi um dia muito melhor que o dia de ontem. No limite, foi muito semelhante, apesar de ter, de facto, saído de casa.

Mas foi mais um dia igual aos outros, sem rumo e vazio.

Não gosto de dias assim. Mas também não há muita coisa que possa fazer para ter dias diferentes e melhores.

Amanhã? Logo se vê. Mas quero acreditar que será melhor…

{#87.279.2021}

Domingo de moleza e preguiça. Mantas, gata, sofá e televisão, para variar.

Amanhã seria dia de voltar à rotina de trabalho, mas ainda não vai ser. São férias. Forçadas, mas férias.

Será melhor do que hoje. Será dia de me mexer um pouco mais do que hoje e ontem. Aproveitar o bom tempo para sair de casa, ir até à praia e, quem sabe, pôr os pés na areia ou até mesmo no mar. Vamos ver.

Mas estes tempos de inacção não me fazem nada bem. A cabeça fica com demasiado tempo livre para pensar em tudo e em nada. E isso não resulta em nada de bom.

Mantenho o que digo sempre: amanhã será melhor. Especialmente agora já em horário de Verão, com dias a acontecer até mais tarde.

{#85.281.2021}

44 hoje. Não sei onde fui acumular os 44 que o Cartão de Cidadão diz que tenho, porque simplesmente não os sinto. Costumo dizer que parei nos 27. Assim sendo, já acumulo 17 de experiência. Já não é mau.

Os 27 ainda permitem alguma rebeldia. Ou serão os tais 17? Por isso mesmo hoje furei as regras e fui até Lisboa. Não devia, eu sei. Mas já bastou no ano passado não poder sequer sair de casa.

Valeu a pena. Mas ainda valeu mais o pequeno nada que tive, numa chamada telefónica “para ser diferente”.

Foi bom o dia. Mas estou cansada. Agora é altura de aninhar e enroscar. O dia, mais uma vez, começou demasiado cedo com mais uma noite interrompida.

São 44. Que venham outros tantos, que isto passa a correr. E em cada dia de aniversário que passa, não me esqueço que seria também o aniversário do filho que não tive. E hoje seriam 6…

{#84.282.2021}

Dia absolutamente sem História e sem estórias. Tirando as dores, as tonturas e as vertigens, foi só mais um dia igual aos outros. Sem sair de casa.

Amanhã será melhor. E espero que já sem vertigens e tonturas. As dores, essas, se voltarem rapidamente desaparecem. O resto nem por isso, portanto é melhor que não voltem.

De resto, mais um bocadinho de pequenos nadas que me aconchegam. Um bocadinho mesmo pequenino, mas que contabilizo sempre como um quê de reciprocidade.

Amanhã logo se vê o que o dia me reserva. Mas será melhor do que o dia de hoje.

{#82.284.2021}

Um novo dia de férias forçadas. Com bom tempo não é totalmente mau. Sempre dá para sair de casa depois de almoço e ir até à praia esticar as pernas e respirar o ar do mar. Aproveitar o Sol e fazer a fotossíntese e acumular um bocadinho de vitamina D e ainda activar a melanina.

Se preferia estar a trabalhar? Agora que não tenho trabalho, sim, preferia. Sempre podia ir até à praia depois do trabalho, como fiz no Verão passado.

Mas é o que é. São férias forçadas antes de entrar para as estatísticas. É de aproveitar agora que posso, novamente, gerir o meu tempo para fazer algo que gosto. E ir até à praia é sempre bom.

Amanhã? Será de repetir aquilo que quase me atrevo a chamar de nova rotina: ir até à praia. E, quem sabe, ir até ao Mar.

Vamos ver. Mas será um bom dia. Basta que haja Sol e um bocadinho de calor.

{#81.285.2021}

Mais um dia a acordar de madrugada, ainda noite. E assistir ao nascer do dia da minha janela. Sem conseguir ver o nascer do Sol, é verdade, mas a acompanhar a música matinal dos pássaros que acordam com o chegar da manhã.

Segunda feira. Seria, normalmente, dia de trabalho. Mas já não é. Já não foi. Foi, isso sim, um dia sem rumo.

Uma passagem pelo parque para ir até ao Mar e desentorpecer as pernas depois de um ano de trabalho em casa, quase sem sair, mesmo ao fim de semana. Tenho que manter estes passeios. Estas breves caminhadas. E ir aumentando a distância assim vá aumentando também a resistência.

É o objectivo principal dos próximos dias: manter o corpo activo. A cabeça, essa, ainda não está preparada para os novos tempos, para a minha nova realidade. Tenho que a manter saudável. Mas tenho medo…

Ainda me lembro do estado miserável em que estava quando comecei a trabalhar. Sei que muita coisa mudou em mim de lá para cá. Mas tenho medo de voltar a um estado parecido.

Estar sem rumo não é bom. E é isso que me deixa com medo. Mas é assim que estou neste momento: sem rumo.

Vai melhorar. Vai ter que melhorar. Porque vai ter que correr tudo bem. Não pode ser de outra forma.

{#80.286.2021}

Domingo com sabor a domingo, tendo começado ainda de madrugada por causa de mais uma noite interrompida.

Amanhã, apesar de ser segunda feira, não há lugar ao regresso à rotina. Começa, isso sim, uma nova rotina. Com necessidade de ganhar algum sentido nisto.

Logo se vê como corre esta experiência. Mas vai ter que correr tudo bem. Não pode ser de outra forma.

{#79.287.2021}

Finalmente a Primavera.

E a ansiedade de ontem terminou sabendo o mais importante: está tudo bem.

Agora que não tenho horário para acordar com despertador, o meu corpo decide por mim acordar a horas que ninguém merece para não conseguir dormir mais.

Tanta coisa solta que vai na minha cabeça neste momento que não consigo pegar em tudo. É melhor nem tentar parar para tentar perceber o que é isto tudo que vai aqui dentro.

É um dia de cada vez, é o que é. Mas agora com sabor a Primavera, dias maiores e promessa de mais calor. Estava cansada do Inverno.

E novamente vontade de fazer acontecer e não poder. Vontade de enroscar e aninhar e simplesmente ficar, estar, ser.

É melhor desistir por hoje. Estou cansada. Quase sem filtros. E pensamento muito pouco organizado.

Por hoje, fico-me por aqui.

{#78.288.2021}

Não gosto de silêncios que se prolongam no tempo. Só posso esperar que esteja tudo bem, sabendo que, não estando, não tenho como saber nem como ajudar.

Vamos acreditar que sim, que está tudo bem. Não pode ser de outra forma.

Entretanto, entre dúvidas, inseguranças e receios, despeço-me do Inverno, finalmente. Que a Primavera que amanhã começa traga boas notícias, para todos e a todos os níveis.

Tenho medo, não nego. Já aqui estive antes e não foi bom. Não pode ser de novo. Por isso vou continuar a acreditar que não se passa nada. Que está tudo bem. E no final vai ser isso mesmo, vai estar tudo bem.

Amanhã é um novo dia. É sábado. Chega a Primavera. E hão-de chegar boas notícias. É só o que peço.

Será melhor. Será um bom dia. E hoje, novamente, o Mar. Talvez amanhã o veja novamente, se a minha ansiedade assim o permitir.

{#77.289.2021}

Sair de casa. Não é recomendado, mas é necessário. Sair de casa e não me sentir muito bem com isso. Pode não ser nada, mas a hipocondríaca que há em mim está sempre atenta.

Preciso de sair mais. Para confirmar que está tudo bem, apenas preciso de me mexer um pouco mais depois de um ano inteiro sem actividade física relevante.

Hoje foi dia de matar saudades do Sol e do mar. Amanhã logo se vê.

{#76.290.2021}

O primeiro dia é sempre o mais difícil. É período de adaptação a uma nova realidade que se sabe quando começa mas não se sabe quando irá terminar.

Na prática, o primeiro dia é dia de lamber as feridas. Por não entender nem aceitar bem os motivos que levam a esta nova realidade. É dia de encaixar que foram mais de 4 anos deitados ao lixo. É dia de perceber que as perspectivas de regresso à rotina não são animadoras.

Por isso, este primeiro dia foi dedicado a nada. Absolutamente nada. Amanhã? Logo se vê a que irei dedicar. O que é certo é que vou ter que encontrar alguma coisa para fazer nos próximos tempos ou acabo por enlouquecer…

Mais uma vez repito para mim mesma: vai correr tudo bem, porque não pode ser de outra forma.

Amanhã logo se vê.

{#75.291.2021}

Dia de aniversário do regime de teletrabalho. Curiosamente, é também o último dia de trabalho. Entro agora em férias forçadas para depois enfrentar o desconhecido, o incerto. E isso assusta-me um bocadinho.

Não sei como vai ser. Não é por falta de procurar. É apenas por não haver oportunidades na minha área. E é isso que me está a assustar. Não digo que não a áreas novas, mas não me imaginava com esta idade a aprender algo novo.

Enfim. Volto a encolher os ombros. Não posso fazer muito mais neste momento. As coisas vão melhorar. E vai correr tudo bem. Porque não pode ser de outra forma.

{#74.292.2021}

Não, a ficha ainda não caiu. Nem deve cair amanhã, o último dia… Mas vai cair.

Não sei como será depois de amanhã. Acho que me tenho bloqueado sobre o assunto e não tenho pensado tanto nisso. Acho que acredito em milagres, mesmo sabendo que não existem.

Vai ter que correr tudo bem. Não posso desanimar, mesmo não vendo perspectivas em lado nenhum.

Entretanto, mantenho o encolher de ombros. E acho que ainda o vou fazer por algum tempo.

{#73.293.2021}

Dia bonito lá fora. E eu sem sair do sofá. É domingo. É dia de preguiça, de moleza, de sofá e mantas. Ainda é tempo de mantas porque a casa é fria mesmo quando está um dia bonito lá fora.

Amanhã regresso à rotina. Para me despedir logo depois.

Melhores dias virão. Até lá é um dia de cada vez.

{#72.294.2021}

Olhar para cima de vez em quando, para não me permitir olhar para o chão. Quando tudo o que me apetece é olhar para o chão por estar mais desanimada.

Mas vai melhorar. Só me resta acreditar que vai, de facto, melhorar.

{#71.295.2021}

A ficha começa a cair devagarinho. E é devagarinho que começo a gerir a ansiedade do incerto.

Ainda acredito que há volta a dar. Não sei quando, mas os sinais existem.

E é à procura de sinais que ando para continuar a acreditar que vai correr tudo bem.

Porque tem que correr tudo bem.