Tempo de tirar um tempo para tratar de mim. Tenho que começar a fazer isso mais vezes.
Não vai mudar em nada a sensação que tenho de que sim, o problema sou eu. Está em mim de alguma forma. Mas mesmo que tratar de mim um bocadinho não mude nada, sabe bem. E faz bem.
Mas, lá está, não muda nada. O problema continuo a ser eu. Continua a estar em mim. E não há nada que eu possa fazer para mudar isso.
Resta-me não me deixar afundar nesta ideia. Não deixar que a minha perturbação de personalidade borderline volte a tomar conta de mim. Mas ela faz parte de mim. E eu ainda não sei lidar com esse diagnóstico. Sei apenas o que me faz sentir. E não é nada de bom.
Resta-me a Lua. Que está lá sempre, mesmo quando não se vê. E é à Lua que conto tudo e peço que me dê luzes sobre o que fazer para deixar de ser o problema.
