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Quarta feira, dia do meio, dia nim, nem não nem sim. E o teletrabalho. Temporário, porque amanhã já não há, é dia de regresso ao escritório. Mas eu gosto mesmo é de trabalhar em casa. Não perder 3 horas por dia em deslocações, não andar metida nos transportes públicos, não ter que madrugar. Mas não pode ser, por isso siga.

E ainda a ressacar da segurança do porto de abrigo. Ausente eu, ausente o outro lado também. Se calhar faz parte. É mesmo assim que tem que ser, passar pela ressaca para finalmente desintoxicar. Não que alguma vez tenha sido algo tóxico, nunca foi. Muito pelo contrário. Eu é que tenho que desapegar, deixar ir. Como um vício, vai ser preciso tempo para a desabituação. Não está a ser fácil. Mas um dia de cada vez vou conseguir. Até porque (e não me posso esquecer) um porto de abrigo traz segurança, mas não leva a lado nenhum…

A tempestade perfeita está instalada. E, para além do inicialmente previsto, está a tornar-se algo mais sério. Com grandes implicações futuras, se isto se concretizar. Grandes mudanças para as quais não sei se estou preparada. Mas que já quis muito. Hoje não sei se ainda quero. Tenho medo? Claro que sim. Do que pode correr mal e até do que pode correr bem. É algo maior que eu e já sei, por experiência noutro tempo, que não posso passar por isso sozinha. Dizem-me que não ficarei sozinha. Mas a distância a isso obrigaria. E eu não sei…não sei mesmo se quero avançar ou sequer se consigo passar por isto que me está a ser proposto.

Enfim…num caso não posso fazer nada, no outro está nas minhas mãos. E eu estou no meio. Perdida, claro. Desorientada. Sem saber o que fazer. E sem conseguir falar com ninguém. Porque é algo demasiado meu. E a magnitude que tem assusta-me. Gostava tanto de uma conversa de raparigas para esclarecer ideias…

Vamos ver. Ainda vou a tempo de voltar atrás. Ainda é possível recuar. Mas a questão é: será que quero recuar…?

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