Esperar. É tudo o que tenho feito nestes 4 anos e meio. Desde o primeiro dia. Esperei sempre. E hoje continuo a esperar. Por uma resposta, apenas. Que era tão simples e rápida de responder. Mas continuo à espera.
Amanhã? Vai depender dessa resposta. Resposta que vai confirmar (ou não…) que as terças feiras existem. Ao contrário da semana passada em que a terça feira, que era para ser, não aconteceu.
Continuo à espera. À espera que não aconteça, na verdade. Porque não acredito em promessas há muito tempo e planos deixei de os fazer há muitos anos.
Só vou acreditar quando acontecer. Especialmente quando a resposta demora a chegar.
Continuo sem conseguir chorar. Continuo apática. E continuo a sonhar acordada. Nada disto me faz bem. Consome-me todos os dias um bocadinho. Mas não sei como afasto de mim isto que sinto. Aprendi, com os anos, que não conseguimos evitar o que sentimos. E muito menos conseguimos desligar. E se não o conseguimos fazer, temos que aprender a viver com o que sentimos e a lidar com o turbilhão de sensações e emoções. E eu só consigo, só sei, lidar assim: sentindo tudo intensamente.
Se é fácil? Não. Não é. Mas é a única forma que eu conheço de sentir.
Amanhã? Hei-de esperar novamente. Já sei que sim. Isto, claro, se a resposta for positiva e confirmar mesa para dois.
Até lá espero… Mais uma vez espero. Como sempre, desde o primeiro dia.