Quarta feira e mais um dia quieta e calada no meu canto. Soltar para deixar ir. Não é fugir. É não pôr pressão. Não me posso esquecer. Mas cada vez mais sinto que a minha ausência não faz diferença. Se fizesse, já tinha havido iniciativa do outro lado. Mas não há…
Não me posso esquecer: tudo tem o seu tempo. Tudo acontece quando e se tiver que acontecer. Especialmente se tiver que acontecer. E cada vez mais acho que o meu gut feeling pode, afinal, estar errado.
Sei que há caminhos para abrir, seja lá isso o que for. Como for. A mim resta soltar e deixar ir. E, o que tiver que ser, será.
Não, não foi um dia fácil. Porque sinto falta do que, na verdade, não está. Nem é. Amanhã? O final do dia será bom pela presença do terapeuta fofinho que não vejo, ao vivo, há dois anos. E já sei que vai haver abraços apertados. Mas vai haver ausência também. De quem eu queria mais próximo. Mas para quem a minha ausência é indiferente. Porque não há iniciativa. Se não fosse indiferente, a esta altura já teria havido nem que fosse um “bom dia”. Não há. Teima em não haver. E eu já devia saber melhor.
Se custa? Muito. Mas se calhar é o melhor para mim. E, por isso mesmo, fico quieta e calada no meu canto. Doa o que doer. Custe o que custar.
Por hoje chega. Amanhã? Logo se vê. Mas continuarei quieta e calada. Um dia deixo de ser parva.