Domingo e ainda o silêncio e ausência.
De quem me disse que a relação não tinha que mudar, nem a dinâmica da mesma. E mudou. Mas não fui só eu que mudei. Mudei quando me doeu porque doía demais. Apontaram-me a mudança. Voltei ao que era. Para, cada vez mais, dar por mim a falar sozinha. E eu não gosto de falar sozinha.
E, precisamente, por esse motivo resolvi afastar-me. Serviu para perceber que a minha ausência não é percebida. Ou, pelo menos, sentida. E vou repetindo para mim mesma que não faz mal. É o melhor para mim.
Agradeço os últimos quase cinco anos. Solto e deixo ir. Não me faz bem permanecer no limbo. E, não me posso esquecer, estou eu em primeiro lugar. E procuro o que me faz bem. Só.
Amanhã? Será mais um dia de silêncio, quieta e calada no meu canto. O resto? Logo se vê. Por hoje chega. É encolher os ombros, sorrir e acenar.