Daily Archives: 02/09/2022

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Sexta feira e o trabalho presencial. Manhã de formação numa tema que vai ser difícil dominar. Mas que me desperta curiosidade. Vamos ver como corre esta segunda tentativa, porque a primeira não parece ter corrido muito bem…

O que correu bem foi o exame que fiz há umas semanas e que já sabia ter sido positivo. Só não sabia a nota. Soube hoje e fiquei a conhecer a sensação que uma avaliação de 90% gera depois de muito estudo e muito trabalho. Foi bom. Foi melhor do que esperava.

A incursão no trabalho presencial foi curta. Na próxima semana, pelo menos durante dois dias, regresso ao trabalho a partir de casa. Não me importo de investir mais tempo no trabalho, entrar mais cedo para sair mais tarde. Mas só o consigo a partir de casa. Por isso, segunda e terça feira assim será depois de dois dias no local de trabalho.

Cansada. Sair de casa antes do Sol nascer, regressar mais de 12 horas depois. Muito cansada, claro. Mas nem por isso deixo de procurar retorno. Ou, pelo menos, um outro retorno. Aquele “estou aqui” que não acontece. A cada nova notificação, procuro encontrar o tal retorno. O tal “estou aqui”. Mas ele não chega. Nem por isso vou procurar de outra forma. Orgulho? Talvez um bocadinho. Mas não posso deixar de pensar em mim primeiro. E, se não me procuram, não me vou impôr. Chega de o fazer.

Não me vou alongar muito mais sobre um assunto que me faz sentir mal de cada vez que penso nele. Porque me sinto desvalorizada. Ignorada. Até esquecida. Mereço mais. Mereço melhor. Um dia terei tudo isso. Mas dificilmente virá dali.

Amanhã, sábado. Dia de dedicar a manhã a dormir um bocadinho mais para depois receber orientações sobre mim mesma. Análises alternativas, se lhe quiserem chamar assim, que me fazem sentido. Que não procurei agora, já tendo em tempos tido muita curiosidade. E que sempre me fez sentido. Agora recebo esse trabalho como que numa espécie de doação e numa altura em que preciso de orientação. É interessante perceber como é que as coisas fazem sentido quando parecem não ter sentido algum… Mas também há tanta coisa que parece ter sentido e depois não fazem sentido algum. Não é nada que me faz mal, não é nada que me prejudique. É só alguma coisa que me recorda que ainda tenho um longo caminho a percorrer e algumas, muitas!, coisas que preciso trabalhar. Mesmo que o boicote se instale.

Mas foi este caminho que resolvi abraçar. E foi aqui que me recordaram da necessidade de soltar e deixar ir. E me explicaram que não é fugir, é não pôr pressão. E que, se for o melhor para mim, será meu.

Por hoje chega. Falta-me o ritual nocturno, assim como me faltou o ritual matinal. Mas vou continuar quieta e calada no meu canto.

Amanhã? Sábado, o dia mais aborrecido da semana. Vai ser bom. Porque eu quero que seja.