{#287.79.2022}

E a sexta feira aconteceu. Tudo como previsto. A consulta de manhã, a ida a Lisboa pela tarde, mas acima de tudo o almoço.

Novamente, momentos de partilha. Que são sempre bons, ainda que se refiram a outros tempos menos positivos. Mas não deixam de ser momentos de partilha.

E, novamente, a vontade de fazer passar o que está mal, transformar em algo melhor. Um ombro, uma palavra, mas acima de tudo um abraço. Que, novamente, ficou a faltar.

Tenho plena consciência do risco de me magoar. Mas custa-me saber o que sei, ver o que vejo, porque já estive lá. Sei o que dói. E sei, também, que o caminho é longo. E penoso.

Mas estou aqui. Se precisarem de mim, se me quiserem presente, é presente que estarei. Sempre. Sem olhar para trás, sem pensar duas vezes.

Não posso, claro, esquecer-me de mim. E proteger-me. Mantendo-me sem expectativas. Sempre sem expectativas. Só assim previno uma futura dor. Mas, por agora, penso também no outro lado. Que, também ele, merece melhor. Mas, se calhar, está a passar por algo que devia passar. Não sabemos. Sabemos, sim, que vai levar o seu tempo, mas vai melhorar. Eu, pelo menos, sei que sim. E, no que puder ajudar, ajudo.

Agora descanso. Mas a vontade era continuar o momento de partilha que teve que terminar por haver obrigações e horários a cumprir. Deixo, no entanto, a porta aberta à possibilidade de novos momentos. Sejam eles quando forem.

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