Daily Archives: 26/10/2022

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Quarta feira, dia do meio, dia nim, nem não nem sim. Trabalho e pouco mais, ou mesmo nada mais. Para variar…

Estou um bocadinho cansada deste “pouco mais, ou mesmo nada” de sempre. Isto não é nada. É viver para trabalhar. E não pode ser. Tem que haver mais do que apenas isto. Seja lá isto o que for…

Gostava, muito, de ter uma agenda mais preenchida. Nem tinha que ser todos os dias. Mas algo que me fizesse sentido e me ajudasse a valorizar o fim de semana, que é sempre algo que me incomoda. O fim de semana é o culminar de tempo livre que, percebo agora, tenho em demasia. Quando devia ser o tempo de descanso depois de uma semana preenchida. Mas não é o que acontece. E começo a ficar um bocadinho farta de dias vazios e tempos mortos.

Quarta feira. E o dia em que voltei a atirar o barro à parede. Lancei um desafio para o ar, reforcei em jeito de desafio novamente, não obtive resposta. Então hoje decidi que não é um desafio, é uma pergunta que carece de resposta. Que ainda não chegou. E, desconfio, está a ser evitada…

Vou aguardar mais um bocadinho. Mais uns dias, mas não muitos. E vou pedir resposta, como pedi hoje. Mas vou querer resposta. É um desafio? Pode ser encarado como tal. É uma tentativa de quebra de rotina? Sim. É algo que faria bem a cada um de nós? Sem dúvida. Mas percebo que não haja muita vontade…por vários motivos, mas, como sinto sempre, acima de tudo por ser comigo.

É a minha insegurança também a falar? Claro que sim. Mas desconfio que sei a resposta. Não será a que queria. Mas, mais uma vez, é o que é. E sou eu.

Quarta feira. Dia do meio, dia nim, nem não nem sim. Mais um dia, vazio, igual aos outros. E o silêncio. A falta de retorno. A ausência de resposta. Já devia estar habituada a isto. Mas, por muito tempo que passe, não consigo habituar-me. E acho que nunca conseguirei. Entendo a necessidade de tempo e espaço, aceito por conhecer demasiado bem essa necessidade. Mas, ao mesmo tempo, custa…

Enfim. É o que é. E sou eu. Sempre o denominador comum, eu. Embora, desta vez, o problema principal não seja eu. Mas sou eu que estou a ser evitada. E isso custa.

Mas, amanhã, pode ser que haja uma resposta. E, não havendo livremente, vai ser pedida. É o mínimo. Depois? Logo se vê.

Por hoje dou por terminado mais um dia igual aos outros, vazio e sem qualquer sentido. Amanhã será igual, de certeza. Mas será um dia mais perto das férias. Depois logo se vê.