Um dia. Um dia deixo de ser parva. Cansada de atirar o barro à parede e não ter uma simples resposta. Por muito que possa entender a necessidade de tempo e espaço, não entendo a ausência de resposta. Prefiro que me digam não a simplesmente não me dizerem nada.
Mas é o que é, né?
A verdade é que eu sou muito mais do que uma simples presença online. Só preciso que mo permitam ser. Que me permitam dar-me a conhecer. Porque não é no online que se pode conhecer realmente alguém. Eu sei que dá para os dois lados. Mas, se calhar, eu levo mais tempo a dar-me a conhecer mesmo pessoalmente. E por isso mesmo preciso de ser mais do que uma simples presença online…
Mas, lá está, é o que é. E hoje sinto-me chateada com essa ausência de resposta. Quase zangada, até. Porque mereço mais do que silêncio.
Mais uma vez: é o que é. E aprendi a detestar esta frase. Mas é o que é. Já o devia ter interiorizado. Mas ainda não consegui.
Um dia. Um dia deixo de ser parva. Se é silêncio que me dão, será silêncio que darei também. Não volto a atirar o barro à parede. Mas não me esqueço que há uma data marcada. E irei fazer questão de recordar essa data dentro de alguns dias.
Sim, hoje estou mais azeda. Porque chateada. Quase zangada. Pode ser que amanhã seja melhor. Já estive aqui antes. E não gostei. Não foi bom. Para mim. E é em mim que tenho que pensar. E só depois nos outros. Por muito que me preocupe. Por muito que me custe. E custa. Mas primeiro eu…
Um dia. Um dia deixo de ser parva.
Hoje ainda não é o dia…