A esplanada do costume fecha ao Domingo, mas não é por isso que deixa de haver o café de fim de dia, o meu momento comigo mesma.
Hoje foi dia de consulta com o terapeuta fofinho e falámos daquela coisa de me descobrir a mim mesma. E chegámos à conclusão a que eu já tinha chegado há uns dias: sou muito mais do que uma perturbação de personalidade, sou muito mais do que mostro a quem não me dá tempo para me mostrar, sou muito mais do que a armadura que visto todos os dias e, muito importante, sou muito mais do que uma simples presença online.
Sou tanta coisa. E só o vê quem se permite ter tempo para ir desmontando a armadura. Só o vê quem me permite ir desmontando a armadura.
Os outros, os que não têm tempo, os que não me dão tempo, pensam que me vão conhecendo. Não podiam estar mais enganados.
Mais uma vez: quem quiser saber, pergunta. Quem não pergunta, não quer saber. E dessas pessoas já tenho várias à minha volta. Não preciso de mais. Não quero mais.
E, não querendo, só me resta acreditar que sim, vai correr tudo bem.