Sábado, aquele dia aborrecido da semana. Hoje não houve tempo para ser aborrecido, foi dedicado a descansar. E, também, dedicado à descoberta. Uma nova descoberta. Porque, bastando querer, posso descobrir novidades todos os dias.
A descoberta anterior, pelos vistos, já deu o que tinha a dar. Foi o que foi. Nada de extraordinário viria dali, já o sabia. Sabia também o único objectivo. E o que foi, foi. Mas não deverá voltar. Seja. Não me incomoda.
A nova descoberta é todo um registo diferente. Curiosamente, o objectivo é tão simples como “à descoberta”. Assim, sem mais nada numa descrição que pode dizer tudo. Estamos ambos em sintonia quanto à descoberta. E estamos ambos de acordo quanto ao que vier: se vier, é lucro.
Não foi um Sábado aborrecido. Foi um Sábado tranquilo, para descansar, embora continue a sentir-me cansada. Mas amanhã ainda vou poder descansar. Depois da consulta com o terapeuta fofinho, volto para o quentinho. Vai saber bem, como sabe sempre.
A consulta vai ser importante para me ajudar a digerir a última semana. E a gerir as emoções que, felizmente, estão serenas. Mas aquela troca de mensagens ainda não foi totalmente digerida. Deixa-me triste que termine dessa forma. Comigo ainda um bocadinho zangada, mas acima de tudo desiludida. E cada vez mais desiludida, admito. Mas volto a bater no mesmo ponto: comportamentos condicionados não são para mim. E o problema não é meu. O problema não sou eu. E, a cada dia que passa, cada vez me interessa menos. Tenho pena, de facto, que termine assim. Não tinha que acontecer desta forma. Mas, e aprendi a detestar esta frase, é o que é.
Andar à descoberta também me tem ajudado a lidar com esta desilusão. E eu mereço mais do que tive nos últimos cinco anos. E devo a mim mesma a possibilidade da descoberta.
Amanhã? Logo se vê. Mas será um dia de descanso. E só por isso já vai ser bom.