Segunda feira e o trabalho que vai correndo o melhor que consigo. E, novamente, aqueles comentários que deviam ser de incentivo e apoio mas que, afinal, roçam a crítica. Sei que o meu atendimento é bom, embora demorado. Mas prefiro demorar-me a explicar do que atender às três pancadas. E não, estar em casa não influencia o meu trabalho. O que faço mal em casa também faço mal em trabalho presencial. E se tem dúvidas, pergunto. Mas pergunto para tentar perceber e entender e saber explicar. Não complico, como me dizem. Mas tenho que perceber o que tenho à minha frente. Só assim posso responder às questões que me colocam. E sim, fico chateada quando me dizem que complico. Lamento, mas eu preciso de perceber. E por isso peço ajuda quando não percebo. E, se falho, também assumo as minhas falhas. Assim como assumo as minhas inseguranças desde o primeiro dia.
Fico chateada com isto, claro. E como boa overthinker fico a pensar que, se calhar, o problema sou mesmo eu. Não posso pensar assim. Dou o meu melhor, faço por corresponder às expectativas, mas estou longe de ser perfeita. Nem o quero ser. Só quero que me apoiem quando preciso, que me esclareçam quando tenho dúvidas e que me motivem a fazer melhor. Não preciso que me deitem abaixo quando tudo o que estou a fazer é o meu trabalho da melhor forma que sei.
Mais uma vez carrego o trabalho muito para além da hora de saída. E não posso. Mas há coisas que me chateiam. E incomodam. Amanhã, último dia de trabalho a partir de casa durante sei lá quanto tempo, será mais um dia sujeito a pedidos de apoio que me irão fazer sentir mal. E não pode ser…
