Quarta feira. E o telefone ainda não tocou. Mas nem por isso o dia deixou de ser bom. Começou muito cedo, como começa sempre em trabalho presencial. Mas esta manhã, ainda sem trânsito por causa das férias da Páscoa, foi fácil chegar muito cedo a todo o lado.
Quem trabalha em call center sabe que as chamadas são auditadas e avaliadas. Já tive boas avaliações, também já tive menos boas. E depois tive o resultado de uma chamada recebida ontem e que foi auditada hoje.
O resultado? O resultado fez com que uma alta responsável pelo projecto se levantasse do lugar dela para me vir conhecer, para me cumprimentar e me dar os parabéns. Pela simpatia. E pelo profissionalismo. Lembro-me perfeitamente da chamada em questão.
Um corretor. Onde, no ano 2000, dei os primeiros passos na área seguradora. Comentei esse facto com o rapaz. “O mundo é mesmo muito pequenino”, disse-me ele. E terminou a chamada a agradecer-me a simpatia e a dar-me os parabéns pelo profissionalismo. Coisa que foi notada e referida por quem me auditou a chamada.
Ri-me e só consegui agradecer e dizer o que me dizem: “eu sou uma fofinha”. E sou. Fazer o quê, né? Nota da avaliação? 97%. Na mesma casa onde, há 13 anos, me disseram “não podes ser tão simpática com os mediadores!”.
Tá bem.
97%? É muito bom. E ver um alto responsável a atravessar aquele espaço imenso para me conhecer e dar os parabéns não tem preço.
É assim que faço o meu trabalho. E por isso mesmo digo, tantas vezes, que a qualidade do meu trabalho eu garanto. E o meu trabalho fala por si. E sim, eu dou mais valor à qualidade do que à quantidade.
Por isso, siga enquanto o telefone não toca!
Estou muito contente, não nego. Porque esta também sou eu.