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Sexta feira. Aquele dia que tinha prometido a mim mesma que ia ser para começar a tratar de mim e, finalmente, descansar.

Não aconteceu, claro. Acordar cedo, sair de casa cedo, fazer análises, voltar para casa pelo caminho mais longo. Mas também o mais bonito, à beira da praia. Com passagem pelo parque no regresso.

Quatro quilómetros depois, chegar a casa muito cansada. Tentar dormir um bocadinho depois do almoço… Se dormi trinta minutos, foi muito. E não foi bem dormir. Foi aquele estado nem cá nem lá. Deu, pelo menos, para descansar o corpo enroscado no sofá. Mas não, ainda não posso dizer que o dia tenha sido para descansar.

Amanhã, sábado, também não vai ser. Programa de manhã, marcado para as 10h30, que me vai obrigar a acordar cedo e sair de casa cedo também. À tarde, programa às 16h que vai demorar pelo menos duas horas. Depois, quando regressar a casa, logo se vê.

Apesar de continuar a sentir-me cansada, apetece-me ir jantar fora e dois dedos de conversa. O mais certo é não acontecer. Mas não deixa de me apetecer. E também isso é tratar de mim. Mas, e não me posso esquecer!, o mais importante agora é descansar. Para poder, depois, ter resistência física para o que vier.

Com tempo recupero. Mas também há um outro lado que preciso de recuperar. E, nesse campo, há muito trabalho a fazer. E não posso, nem quero!, desistir. Porque, se o fizer, não me vai trazer nada de bom.

Por isso, amanhã logo se vê. Por agora recolho, trato de mim, faço o que é preciso ser feito. E tento ter uma noite tranquila.

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