Monthly Archives: September 2023

{#233.133.2023}

Dizia eu ontem que estava exausta. O que eu não sabia quando o escrevi era que ia adormecer com o telemóvel na mão ainda antes de carregar no botão para publicar o post…

Já me ri disso mas, lá no fundo, sei que não tem graça nenhuma. Porque, o que aconteceu ontem, foi só um aviso de que, na verdade, não estou bem. E não estou. A única vontade que tenho é a de me deixar cair e chorar. Não resolve nada, eu sei, mas alivia a pressão.

Já muita gente me tem dito que voltei ao trabalho cedo demais, mesmo depois de dois meses e meio de baixa em casa. E eu começo a dar razão a essas vozes. Porque não estou bem. Mesmo. E nem há tanto tempo assim estive como estou agora.

Depressão? Burnout? Os dois? Talvez os dois, sim. E se só um sozinho já faz estragos, os dois em simultâneo fazem soar todos os alarmes. E eu tenho o alarme a tocar bem alto. O que não tenho? A solução para isto. Estou medicada. Mas deixei de estar acompanhada pela médica me deu alta e me tinha dado a baixa. E mesmo ela só viu metade da minha situação. Se consigo voltar a falar com ela? Não…e, enquanto isso, vou esperando até ter novo acompanhamento.

Não gosto, nem quero sentir-me assim por muito mais tempo. Mas enquanto houver pressão surreal e horários impróprios eu sei que facilmente irei quebrar. E já falta tão pouco.

Burnout ou Depressão, não sei. Talvez sejam os dois. E eu preciso de cuidar de mim. Como agora.

Estou a assustar-me com este meu eu, mas vou tentar que aguentar. Não sei como, mas vou ter que aguentar…

E depois há distâncias que hoje é bem mais curta e que não se pode aproveitar…com muita pena minha. E o friozinho no estômago que antecede as borboletas…

Não, hoje já chega. Não falta muito para adormecer novamente com o telemóvel na mão.

{#232.134.2023}

Terça feira e o teletrabalho. Dia a começar sem energia e uma visita ao dentista para começar o dia de trabalho 2 horas depois do horário. Felizmente a partir de casa. Ainda não percebi porque é que, cada vez mais, as empresas que tem toda e gente no trabalho presencial. Em casa faço precisamente o mesmo que faço presencial… Não percebo. Mesmo. Mas os senhores dos diplomas, aqueles que exigem resultados que V vert fj não são possíveis, lá terão alguma coisa a dizer. Esta noite. Mas não sei…

O que sei é que estou exausta.

{#231.135.2023}

Segunda feira e chegar a casa com o peso de sexta feira… Chegar a casa às 19h30 e aquela sensação, novamente, de ter uma máquina de fazermos pipocas no lugar da cabeça, tal não é a quantidade de pensamentos por minuto que se formam por aqui. E nenhum se aproveita.

A verdade é que, hoje, ainda só é segunda feira. Mas não, não estou a 100%… E começa a assustar-me. Chego a questionar-me que vida é esta, sem tempo para viver em vez de sobreviver. E questiono-me sempre.

Mal consigo ter os olhos abertos…e escrever não está a ser fácil, e só por isso, por hoje chega. Amanhã é dia de regresso ao teletrabalho. É dia de dormir mais duas horas.

{#230.136.2023}

Domingo. Dia de consulta com o terapeuta fofinho logo pela manhã. O resto do dia? Foi dedicado ao que era preciso: descansar.

E a distância que se encurta quando há vontade e nos encontramos no meio do caminho. Sabe tão bem quando é assim. E sabe ainda melhor quando surge de forma tão natural, tão pura. Sem pressa nem pressões. É tão bom simplesmente como é.

Amanhã é dia de regresso à rotina. O resto?Logo se vê. Desde que continuemos a encontrar-nos a meio do caminho, podemos ser como for.

{#229.137.2023}

Ainda de ontem que já foi hoje: chegar a casa à meia noite e meia. Há muito tempo que não acontecia. Foi uma noite muito engraçada e, acima de tudo, bem disposta. Foi iniciativa da entidade patronal? Foi. Mas nem por isso deixo de dizer que foi muito bom. Devia acontecer mais vezes.

Hoje? Acordar tarde, bem depois da hora a que tinha que acordar para ir ao Yoga. Não fui e tenho pena de não ter, mas não estava em condições de coisa nenhuma tal era o cansaço acumulado.

O dia começou tarde e muito devagarinho até ter sido mordida com demasiada força pela minha gata. Não estava nos meus planos sangue logo pela manhã. Mas depois de me enterrar quatro caninos afiados na mão que pegou nela para não fazer asneiras, foi isso que aconteceu…

O resto do dia foi um arrastar-me por casa. Se descansei tudo? Ainda não. Mas amanhã ainda é Domingo e ainda é possível descansar. De resto, continuo a arrastar-me por aí. Amanhã é dia de consulta com o terapeuta fofinho, mas depois da consulta hei-de enroscar e aninhar novamente. Preciso, muito!, de dormir. Ou não aguento mais uma semana de trabalho…

Porque agora vou só ali encurtar distâncias por um bocadinho e, logo depois, aninhar e enroscar até de manhã.

{#227.139.2023}

Quinta feira. E hoje não precisei que me apontassem o caminho. Ontem comecei a fazer o que já devia ter feito há meses. Hoje concluí. Se vai dar em alguma coisa? Duvido. Mas tinha que o fazer. Agora é esperar para ver..,.

O cansaço está a dar cabo de mim, mas o fim de semana está praticamente aí. Vai, mais uma vez, ser curto, mesmo tendo os dois dia habituais.

Por agora desligo e enrosco. Amanhã? Logo se vê. Mas vai ser um bom dia.

{#226.140.2023}

Dia longo e complexo. Manhã na esplanada a fazer tempo para uma consulta de Medicina do Trabalho que munição entendi mas que, após os dois meses e meio de baixa em casa, é obrigatória. Seja então.

Entrar no trabalho duas horas mais tarde para um dia que se previa e desejava tranquilo. E que, na maior parte do tempo até foi. Até ao momento em que, mais uma vez e a mesma personagem, me viraram do avesso. Há limites que têm que ser respeitados e que são impostos pêlo bom senso e apela noção que, já se percebeu, por ali não abunda. E quando esses limites são repetidamente ultrapassados, há que agir. Ou reagir. Porque “acção->reacção”. Há coisas para as quais já não tenho idade, feitio ou pachorra. Mas o primeiro passo da reacção, o que mais custa, está dado. Agora é esperar.

Enquanto isso é continuar a encolher os ombros, sorrir e acenar.

{#225.141.2023}

Às vezes preciso que me apontem caminhos a seguir. Outras vezes, como agora, prefiro ir à descoberta. E acontece tantas vezes, quando partimos à descoberta, encontrar surpresas boas pelo caminho. Só temos que estar receptivos.

E eu estou.

Foi demasiado tempo pegada ao que não era nada, como se veio a confirmar. E, há um ano, disseram-me para “soltar e deixar ir”, que não era desistir mas sim não pôr pressão. Demorei a soltar. Demorei a inda mais a deixar ir. Mas hoje, tantos meses depois de ter decidido soltar e deixar ir, vejo o que perdi durante tanto tempo. E, afinal, esse soltar e deixar ir também foi um abrir de porta à descoberta. E, a cada nova descoberta, o encanto da surpresa para quem, como eu, decidiu estar receptiva à surpresa.

Soltei. Deixei ir. Não era para mim. O que é para mim vai encontrar-me tal como estou: livre.

E têm sido descobertas muito boas. E eu estou em paz, assim. E é tão bom.

{#224.142.2023}

Segunda feira é chegar ao fim do dia cansada como se fosse sexta feira. Não é a primeira vez que o digo aqui. Simplesmente porque não é a primeira vez que o sinto assim. Cheguei a acreditar que aqueles dois meses e meio de baixa em casa tivessem sido o suficiente para recuperar. Já percebi que não foram… Mas voltar ao trabalho foi necessário. Não pelo trabalho. Mas porque, de baixa ou não, continuo a ter contas para pagar. E foi só isso que me fez regressar quando regressei. Se o devia ter feito quando o fiz? Começo a acreditar que não…

Por outro lado, vou percebendo a dinâmica das distâncias. 2.500 km é demasiado longe para desenvolver. Mas menos de 200 km, mesmo com um enorme “mas”, são fáceis de gerir. E permitem-me ser eu por inteiro, impondo os meus limites, indo até onde acho que devo ir. Já percebi que carrego em botões que andavam a precisar de ser carregados. Mas esses botões existem dos dois lados, cá e lá. E é tão bom quando é assim, em sintonia, que algo se desenvolve. Ainda não me atrevo a dar-lhe um nome. A definir um sentimento. Fiquemo-nos, para já, por uma sensação. Que não sei definir. Mas que me sabe bem. Que me rouba sorrisos. Que me faz saltaricar por aí e cantarolar de forma tímida.

Não, ainda não me atrevo a dar-lhe um nome. A definir um sentimento. Mas é uma sensação que há algum tempo não sentia. Porque não me faz sentir sozinha nisto. Seja lá isto o que for. Mas há um lá e um cá. Que se encontraram a meio caminho de uma forma tão natural, tão pura, tão bonita. Quase sobrenatural. E que todos os dias se reencontram nesse meio do caminho, como se fosse algo que existe desde sempre.

Segunda feira é chegar ao fim do dia cansada como se fosse sexta. Mas depois há isto, seja lá isto o que for. Mas que me faz sentir viva e me ajuda a suportar o cansaço só porque a noite termina sempre numa união única. E tão bonita.

Amanhã será melhor. Mais ou menos cansada, não importa. Porque há um lá e um cá que todos os dias se reencontram a meio do caminho. E só isso já me faz acreditar que amanhã será melhor.

{#223.143.2023}

Domingo e dia de consulta com o terapeuta fofinho. Que me atura, me deixa falar, onde todos os assuntos podem (e devem) virtual à baila. E onde, tantas vezes, também há lugar para bossa notícias. Como hoje. E eu sou tão menina para ficar feliz pelos outros! E fiquei! Eu estou! Muito!

Depois da consulta almoço com a família de adopção, aquela que adoptámos e nos adoptou.

À tarde, o nada. Não fazer nada. Adiar o que tinha que fazer. I’m telefonema recebido e, novamente, a certeza que esta nada hora de mudar. E, por isso mesmo, aquilo não tanto adiei foi-me feito hoje. Atirei o barro à parede. Bati a portas. No fundo, enviei currículos. Agora é acreditar que alguma coisa vai resultar. Porque onde estou está em fazer-me mais mala do que bem…

Mas tenho a sorteio de ter comigo quem melhor valoriza. E é disso é que eu preciso, ser valorizada, no trabalho e/ou fora dele. E neste caso é o que acontece. E é tão bom que a maiores parte das vezes me esqueço que existe um enorme mas…

Está mais do que na hora de dormir, mas a vontade é quase nula porque amanhã é dia de regresso ao trabalho e estou a somatizar o stress….

Mas vai correr tudo bem

{Dia Mundial da Prevenção do Suicídio}

10 de Setembro. Dia mundial da prevenção do suicídio. Porque é (sempre) importante falar da prevenção e, acima de tudo, é (sempre) importante falar da saúde mental.

Porque ninguém está sozinho. Mesmo que sinta que está.
Às vezes basta saber ouvir. Querer ouvir. Simplesmente ouvir. Porque a ideação suicida pode estar lá. E é importante também estar lá para quem sente que está à beira do limite.

Saber ouvir é importante, mas também é importante saber ler nas entrelinhas. Porque a ajuda pode estar já ali.

Eu pedi ajuda tantas vezes, mesmo que não explicitamente. E encontrei essa ajuda. Que estava já ali. Porque alguém soube ouvir, mas também soube ler nas entrelinhas.

E, tantos anos, depois confirmei o que suspeitaram na altura. Sim, tantas vezes senti que estava à beira do limite. E estava. Mas a ajuda surgiu. E mantém-se até hoje.

Já não tenho ideação suicida, mas não deixo de pegar neste assunto: saúde mental. Porque NINGUÉM está sozinho.

E no processo aprendi a importância de tirar os olhos do chão…

{#222.144.2023}

Sábado. Aquele dia aborrecido da semana em que só acontece alguma coisa de manhã: Yoga. De tarde, recupera-se da semana puxada. Tinha coisas para fazer à tarde, não fiz. Dormi. Porque, para conseguir fazer seja o que for, tenho que conseguir estar minimamente recuperada. E não estou.

Amanhã, come mas ou menos coragem, faço o que tenho que fazer. Também não custa assim tanto, são só instalar poucos emails para enviar. É o chamado “bater à porta”, porque, anexado aos emails, vai o meu CV. É bater à porta e/ou atirar o barro à parede. I que for. Mas é, no fundo, procurar oportunidades. Porque onde estou não posso manter-me para sempre.

Agora, 22h30, é hora de dar o dia por terminado. E descansar. O despertador amanhã toca às 10h para consulta com o terapeuta fofinho às 11h. Depois da consulta logo se vê como estou. Mas a verdade é que este estado permanente de cansaço extremo preocupa-me e assusta-me…

Amanhã sim, faço o que tenho que fazer, batom às portas, atiro o barro à parede. Depois é esperar e logo se vê. Mas, seja qual for o resultado, já sei que amanhã será melhor. Porque eu quero que assim seja.

{#221.145.2023}

Sair de casa todos os dias antes do Sol nascer dói. E já se começa a notar que ainda é de noite quando saio. E não falta muito para ser de noite ao chegar. E a falta de luz faz-me mal…

Sexta feira e a semana de trabalho terminou. Apesar de me terem feito virar do avesso mais uma vez, não foi uma má semana. Correu tranquila e com demasiado cansaço em cima.

Por outro lado, as últimas semanas tem sido muito bem acompanhadas. E sabe bem.

{#220.146.2023}

Corro o risco de me repetir, mas…estou muito cansada. E não é bom. Já aqui estive…. Amanhã será melhor.

{#219.117.2023}

E, de novo, o calhau com olhos a virar-me do avesso… Não posso permitir que me afecte desta maneira. Mas a verdade é que afecta,

{#248.118.2023}

Terça feira e o peso do cansaço. E a dúvida sobre se realmente recuperei daquele estado que me levo a estar dois meses e meio de baixa em casa. Começo a achar que não. O cansaço físico acabo por ser ultrapassado, mas o cansaço mental, cuja presença se nota nas pequenas coisas, esse sinto-o cá. Hoje não foi fácil lidar com coisas tão simples como, no autocarro, sentir-me incomodada com alguém a ter uma conversa bao telefone e ser provavelmente americano

Seja como for, a música é importante e hoje, não foi excepção

Amd

{#247.119.2023}

Nunca as segundas feiras custaram tanto com as últimas. Não tanto as manhãs, o acordar cedo depois de dois dias com horários mais simpáticos. Mas o final do dia… Chegar ao fim do dia cansada como se fosse sexta feira. É isso que faz com que as segundas feiras agora custem tanto…

Independentemente do cansaço, faço o meu trabalho o melhor que sei, o melhor que posso. E os resultados estão aí, à vista. Há um ponto que, para os senhores engravatados, continua mau: o tempo que demoro com o cliente em linha. Mas, para mim, é esse tempo que dedico ao cliente que faz a diferença. É um atendimento com qualidade. E é isso, para mim, o que realmente interessa.

Passa das 10 da noite. Eu saí do trabalho às 6 da tarde. E ainda estou a pensar em trabalho… Não posso. Foi também por isso que fiquei dois meses e meio de baixa em casa. E não pode acontecer novamente. Se voltei demasiado cedo? Não sei. Há quem me diga que sim. Eu acho que voltei quando tinha que voltar. Mas depois sinto o cansaço como sinto à segunda feira… E pergunto-me até quando é que vou aguentar este desgaste e a resposta é simples: não sei…

{#246.120.2023}

Domingo é dia de descanso. Hoje foi também dia de regresso às consultas com o terapeuta fofinho, depois de Agosto ter tido todos os Domingos em branco. E hoje havia tanto para contar.

Depois da consulta, voltar para a cama. Não tem problema nenhum. Afinal, os Domingos são a preparação para a semana e é preciso recuperar da semana anterior. E na falta do que fazer…

Mas era escusado sonhar… Com alguém que se queria mais presente, ou se quis noutros tempos. Agora não… E, claro, o sonho tinha que envolver trabalho e o mal estar que isso me tem trazido. Já o disse antes, digo as vezes que forem necessárias: gosto muito do que faço, mas a forma como o trabalho é feito e, acima de tudo, gerido está a consumir-me demasiado…

Por hoje chega. Amanhã será melhor, será um dia activo, com deslocações e trabalho. Será, portanto, um dia cansativo. E eu, que já devia estar a dormir, ainda aqui estou. Ainda vou ali, a 200 km daqui, fechar o dia. Mas sem sair do lugar. Vantagem das comunicações actuais.

E sim, amanhã será melhor. Mesmo que seja segunda feira. O resto? O resto é só isso mesmo: o resto. E logo se vê.

{#245.121.2023}

Sábado e ainda muito cansada. Acordar cedo para ir ao Yoga. Voltar para casa para almoçar. E, logo depois do almoço, apagar completamente até perto da hora de jantar. Dormi o que precisava de dormir, mas continuo cansada. Gostava que a noite envolvesse uma qualquer saída, mas pouco passa das 22h30 e estou pronta para dormir. Nem os 4 cafés que bebi hoje, 3 dos quais antes do almoço, me tiram este peso de cima, este sono absurdo.

Amanhã regressam as consultas com o terapeuta fofinho. Já lhes sentia a falta. E, depois de um mês inteiro sem falar com ele, tenho muita coisa para falar.

Mas é sábado à noite e estou pronta para dormir. Com um sono sem explicação e a precisar de recuperar de uma semana de trabalho que me esgotou por completo.

Amanhã ainda vou poder descansar depois da consulta. Já sei que volto para a cama. E aí logo se vê. De resto, será mais um dia que vai passar.