Sábado e, novamente, uma noite interrompida. Duas vezes… O suficiente para me fazer pensar se iria ao Yoga de manhã ou ficava a recuperar da noite em que pouco consegui dormir. Optei por, a custo, ir. E valeu a pena.
Terminei a manhã com mais de 3 km percorridos, sem saber muito bem como, e com uma conversa sobre a (minha) saúde mental.
Fica a dúvida que me ocorre tantas vezes apesar do diagnóstico e dos vários testes feitos: Borderline, sou ou não? Ele acha que não. Amanhã, dia de consulta com o terapeuta fofinho, volto a questionar. A verdade é que a dúvida em mim existe há muito tempo. Agora foi só levantada a suspeita, sem testes ou avaliação clínica. Acredito, no entanto, que o diagnóstico esteja correcto. E eu apenas tenha alguns traços da Perturbação de Personalidade Borderline…
Não interessa, interessa sim a conversa que foi tida com o professor de Yoga que é formado em psicologia e conhece os meandros da saúde mental. E para mim é sempre importante falar. Ajuda a exorcizar os meus fantasmas. Falámos, também, da questão neurológica, mas muito mais por alto.
Não interessa. Interessa ter falado, ter conversado, ter ouvido, ser ouvida. E quando dei por mim tinha mais de 3 km nas pernas.
Chegar a casa e pensar que era boa ideia usar a tarde para fazer o que não fiz à noite: dormir. Mas, por algum motivo, o sono foi substituído por uma vontade grande de sair e ir ao Fórum. E fui.
Regressei agora a casa. Com mais de 6 km nas pernas no total do dia… Eu sabia que era asneira ir. Porque esses 3 km extra foram percorridos a custo. Se por um lado sei que é importante andar, por outro tenho medo…de tropeçar, de cair, de não ser capaz de dar mais um passo. Mas, e como sempre, opto por contrariar a vontade de ficar quieta…
Amanhã descanso o que não descansei hoje. Por hoje já só vou andar do cadeirão até à cama, mesmo que a custo. De manhã consulta com o terapeuta fofinho, o resto do dia dedicada a nada e a coisa nenhuma. Excepto, claro, tudo o que estiver à distância de um clique. Que é peça fundamental nos meus dias para ter a certeza de que não estou sozinha.
O dia de hoje não foi mau. Mas amanhã será melhor. Agora é descansar. E o resto logo se vê.