Domingo que podia ser um dia um bocadinho mais activo e não foi.
De manhã, a consulta com o terapeuta fofinho. Falar do que me preocupa e assusta neste momento: a dificuldade na mobilidade. Uma coisa tão simples e que se tem revelado tão complicada. Caminhar. Ir, a pé, do ponto A ao ponto B. Vou. Sempre. Mas a grande custo…
Agora é esperar pela marcação da consulta que foi pedida, com carácter de urgência, em Agosto e que, no início deste mês, ainda não tinha saído da parte administrativa e não tinha ido sequer a triagem médica… É esperar e tentar aligeirar a ansiedade, a frustração e a revolta. Três factores que estão presentes e não me permitem estar tranquila. Porque o medo, esse, cresce um bocadinho a cada novo dia de dificuldade…
A tarde foi para descansar e recuperar das noites mal dormidas e fazer aquilo que estava a precisar: dormir. Tão somente dormir. Ainda ponderei ir à rua ao fim do dia para beber um café e apanhar um bocadinho de ar. Mas a vontade rapidamente passou. Amanhã. Amanhã saio de casa e apanho ar. Hoje foi mesmo dia dedicado à preguiça. Também mereço. E também preciso.
Amanhã será melhor. Prevê-se um dia um bocadinho mais activo. Quero ir até ao paredão. Ver o Mar. Apanhar Sol se este não estiver escondido atrás das nuvens. Logo se vê. Mas amanhã será melhor. Porque eu quero que assim seja. Hoje foi só o que tinha que ser, como tinha que ser.
