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Sábado seria dia de dormir um pouco mais, ou pelo menos até às 8h para começar o dia devagarinho, tomar o pequeno almoço com calma, vestir a roupa do Yoga, sair de casa para beber um café e seguir caminho até ao Yoga devagar e sem pressa para chegar uns minutos antes das 10h.

Seria, mas não foi. Ainda estou em fuso horário hospitalar em que era acordada às 6h30 para medicação, medir tensão arterial e temperatura. Hoje não acordei às 6h30, mas acordei às 7h cheia de dores nas costas, articulações e pernas e sem muita força nas pernas. E o desequilíbrio fácil ainda em casa. Tomei o pequeno almoço sem pressa, mudei de roupa a muito custo e fui beber o meu café. Saí sozinha até ao café com dificuldades, bebi o café que tanto me faltou no hospital, esperei pela minha mãe para seguirmos juntas até ao Yoga. Não é tão longe quanto isso mas eu já não arrisco a ir sozinha para lado nenhum. Muito menos hoje em que as pernas não tinham força e as dores na coluna dorsal não me deixavam manter o equilíbrio…

A aula de Yoga foi o que tinha que ser. O que conseguia fazer, fiz. O que não conseguia fazer tentava até cair ou apoiar-me na parede. Mas, no final, o professor fez questão de me dizer que tinha conseguido algo extraordinário na aula de hoje. Na minha cabeça a única coisa que consegui na aula foi não cair 50 vezes…

O regresso a casa foi novamente muito difícil. Novamente o desequilíbrio. Novamente o dobrar-me para a frente cada vez que perdia o equilíbrio porque não conseguia manter-me direita… E a enorme frustração sentida no caminho para casa quando tentava dar dois passos com as costas direitas e não conseguia. Frustração. É isso que sinto. E cada vez sinto mais.

Estou cansada disto. Tão cansada disto. Mas não vou desistir. De nada e muito menos de mim. Mas estou muito cansada…

Depois de regressar a casa almocei e três horas depois voltei ao café, sempre atrelada à minha mãe. Um café e um pouco de esplanada, vento e frio. Felizmente já não choveu.

Voltar para casa devagar, devagarinho para não cair. Conseguir, finalmente, esticar-me no sofá. Tentar aquecer, relaxar e descansar.

Pensar constantemente no que a vida me trouxe. Não procurei isto. Não há volta a dar. Não há cura. Mas há medicação. Que só estará disponível depois do diagnóstico fechado. Que só acontece depois de haver resultados de todos os exames e análises…

Resta-me saber esperar. Com calma e tranquilidade. Viver um dia de cada vez. E não desistir de fazer o que tenho feito, por muito que custe…

Amanhã é dia de consulta com o terapeuta fofinho. Depois da consulta é voltar para a cama e descansar. O resto? Logo se vê.

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