A importância de um abraço…
Ontem à noite, depois de chorar durante duas horas, faltou-me um abraço apertadinho, daqueles quentinhos e protectores. Faltou-me a minha luz que me ilumina a minha escuridão. Mas hoje…hoje aconteceu o que eu precisava e não contava.
Aula de Yoga logo pela manhã, com muita falta de equilíbrio e uma ou outra queda. Já é normal no final da aula ficar à conversa com o Pedro, o professor de Yoga. Que foi das primeiras pessoas a quem contei o que se passa comigo e que me tem dado sempre um grande apoio e adapta os exercícios às minhas dificuldades. No final, falámos um bocadinho dos últimos dias e disse-lhe que finalmente consegui chorar. Disse-me ele que isso era muito importante porque eu estava a precisar. E, quando nos despedimos, puxou-me e deu-me um abraço apertadinho. Disse-lhe que estava a precisar disso e que gosto muito de abraços. Ao que ele responde “oh que chatice, só por isso dou-te mais um”.
Ninguém imagina como estava a precisar disso. E fez-me sentir tão bem. Lembrei-me logo das consultas presenciais com o terapeuta fofinho que, desde a primeira consulta, terminam sempre com um abraço apertado. E que acontece sempre quando ele vem até cá abaixo: um abraço à chegada e outro à partida. E, às vezes, até pelo meio.
Foi com ele que aprendi a importância de um abraço. E o gesto do Pedro esta manhã não foi só surpreendente. Foi perfeito por ter chegado no momento certo.
Lanço o repto a quem o quiser apanhar: abracem mais. Especialmente quando perceberem que a pessoa que abraçam não está num bom momento. Um abraço faz maravilhas. E os dois abraços do Pedro esta manhã fizeram toda a diferença.
Abracem mais. Por favor. Faz bem aos dois. Ambos ficam a ganhar, acreditem.