Fisioterapia terminada por hoje.
Dei pela falta de um dos meus estagiários, mas dos dois mantém-se presente aquele com quem posso rir mais facilmente. E sim, nas sessões de fisioterapia, custe mais ou custe menos (e às vezes custa bastante) com ele estou sempre a rir. E ele também se ri. Muito. Já lhe disse que sou palerma, até um bocadinho pateta. E, quando lhe digo isto, o que é que ele faz? Ri-se, claro.
Já sei que o estágio dele termina daqui a duas semanas. É mais um bom profissional que vou perder. Mas, lamento, vou continuar a rir durante as sessões e nos exercícios. Vão doer. Mas eu vou continuar a rir-me da dor.
Entretanto era preciso que aquela porta de acesso à sala de espera se abrisse para dar entrada aos bombeiros que me vão devolver à procedência. Disseram que estavam cá às 15h para me levarem para casa. São quase 15h20 e nem sinal deles. E eu quero muito ir almoçar. Além disso, as salas de espera dos hospitais são dos sítios mais solitários que conheço.
E agora que sou Utente Frequente (mesmo sem cartão para acumular milhas) do Hospital Garcia de Orta tenho conhecido várias salas de espera e são sempre iguais. Denominador comum? A dor. E da minha dor a mim dá-me para rir para a enfrentar. Mas não me atrevo a rir da dor de quem está na sala de espera…
Não me perguntem qual é o meu fascínio com o Cristo Rei, não saberia explicar porque, na verdade, nem eu entendo. Mas, sempre que o vejo, tenho que o registar. E hoje na companhia de uma das obras que gosto tanto e que está irremediavelmente danificada. Gente sem noção, portanto…