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Há mudanças que chegam para ficar. E há quem não as aceite de início, outros há que não aceitam nunca. Há mudanças às quais é muito difícil de nos habituarmos. Mas elas estão cá e não vão a lado nenhum.

Para quem assiste de fora à chegada de todas essas mudanças pode ser frustrante não saber como lidar com essas mudanças que são, muitas vezes, novas necessidades. Já me perguntaram como podem ajudar, o que podem fazer. E eu respondo sempre “basta estares aí”, porque de facto é-me suficiente saber que, apesar da minha condição actual que pode ainda vir a ser mais complicada, as pessoas que gostam de mim continuam presentes.

Sim, eu TENHO uma doença. Mas NÃO, eu NÃO SOU a doença. Sou tão mais do que apenas isso. E continuo a mesma, mesmo que esteja ainda a aprender esta nova realidade e a ajustar o meu corpo às dificuldades e mudanças.

A cabeça, apesar de eu tentar passar a ideia de que estou bem, também tem dias menos bons. E o que sobressai de imediato são as minhas sempre presentes inseguranças. Mas esses dias menos bons acabam por passar e o sorriso fácil reaparece.

E a única coisa que peço, a única coisa que preciso e que, de facto, me ajuda é que quem gosta de mim se mantenha presente. Porque eu continuo a ser eu. Muito mais do que apenas uma doença.

Sim, ainda estou a aprender a lidar com isto. Não, ainda não aceitei. Mas, já aprendi, é um dia de cada vez.

E depois há 18 minutos ao telefone que fazem tanta diferença!

Relembro: eu continuo a ser eu. Sim, eu TENHO uma doença. Não, eu NÃO SOU a doença. Sou tão mais do que apenas isso.

E a única coisa que realmente preciso é que não desistam de mim e que continuem desse lado como antes disto

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