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Mais um dia estupidamente desperdiçado. Não que tenha muita coisa para fazer, que não tenho mesmo nada, mas de que serve acordar relativamente cedo para tomar o pequeno almoço, mudar de roupa, ir um bocadinho à esplanada do costume beber café, voltar para casa, não fazer nada até ao almoço e, logo a seguir ao almoço adormecer no sofá durante 4 horas e meia e acordar ao fim do dia sem ter feito absolutamente nada?

Ainda não consegui perceber se é efeito de toda a medicação que tomo de manhã ou se é disto que me acompanha e que ainda não posso, outro não devo!, nomear porque ainda não tenho o diagnóstico fechado. Mas tudo me cansa. Muito. E, já sei, a fadiga faz parte disto.

Amanhã, quando chegar a casa, vou tentar resistir ao sofá. De manhã, mais uma consulta no Hospital, depois do almoço a fisioterapia. Vou chegar cansada. Muito cansada. E não posso ceder ao sofá…mas não sei se vou conseguir aguentar.

São assim os meus dias agora. Não há volta a dar. Mas dormir toda a tarde não pode ser…

Mas é…

Já sei que é um dia de cada vez, sempre. E tudo a um ritmo lento. Mas estou cansada que seja assim…sempre cansada, sempre com sono, sempre com dores.

E o diagnóstico que nunca mais sai…

Mas amanhã será melhor. Será mais um dia igual aos outros. Apenas um pouco mais activo na minha nova rotina: Hospital, seja para consultas, exames, fisioterapia. O que for. É uma nova rotina à qual ainda não me habituei e acho que não me vou habituar tão cedo…

Logo se vê. Amanhã é outro dia. Por agora desligo para descansar. Descansar de quê? Pois…não sei…

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