47 hoje. Ou 27 com 20 de experiência, como queiram. Porque, se eu ontem não me sentia com 46, não é hoje que, à força da data, me vou sentir com 47.
Parei nos 27. Fui acumulando anos de experiência e assim vou continuar.
O que estava programado para hoje, picnic no parque ao almoço com os meus sobrinhos, não foi possível concretizar devido ao mau tempo. Mas tê-los em minha casa vale por muito mais do que um picnic no parque.
E resumo das prendas de aniversário? É tão simples! O poema que é algo muito para lá de uma mera prenda de aniversário. Acho mesmo que é, de longe, a mais bonita prenda que alguma vez me deram. Está num patamar mais elevado. Porque não é só um simples poema. É uma espécie de resumo dos últimos meses onde estão, à vista de todos, os mais pequenos detalhes de nós.
Está tudo o que eu sou e está, também, o olhar sobre mim. E por isso mesmo é muito mais do que um simples poema ou uma prenda de anos.
Tirando o poema não recebi prenda nenhuma. Mas recebi de braços abertos dois presentes em forma de sobrinhos e um presente em forma de mãe que me atura há 47 anos e nunca, no decorrer desse tempo, desistiu de mim. Esteve sempre ao meu lado, do meu lado. E mesmo agora que não está nada fácil para mim, lá está ela, ao meu lado. Às 9h da noite estava a fazer um bolo para que não me faltasse um bolo de aniversário.
E se isto não foi um aniversário perfeito, então não sei o que foi. Melhor só se o frio não tivesse regressado em força trazendo com ele a chuva e o vento. Amanhã o tempo vai piorar, é dia de fisioterapia e organizar o pouco que falta para o meu jantar de aniversário na sexta feira.
Agora? É descansar e dormir quase a correr porque amanhã é dia de acordar cedo. E, antes de ir dormir, vou voltar a ler o meu poema e retirar de lá o aconchego que me faz tão bem…