A vontade era, como é todos os dias, ir até ao paredão ver o pôr do Sol na praia. Não sendo muito longe, para mim neste momento está a uma distância incrível. Na quinta feira à tarde fui ver o Mar. Ir foi simples, voltar já custou. E o resultado na sexta feira foi ter os músculos todas das duas pernas e os joelhos também completamente presos. Muito presos.
Ontem, na fisioterapia, levei um tareão, é verdade, mas as pernas continuam num estado ainda longe do normal e o joelho esquerdo está miserável. A recomendação do fisioterapeuta para o fim de semana: caminhar. Nunca deixar de o fazer.
Hoje foi dia de Yoga e foi acordar de manhã sentindo-me um poço de dores. E, desta vez, não só nas pernas e joelho. As costas também. A aula de Yoga hoje, apesar de ter sido uma aula muito suave e relaxante, foi também extremamente difícil e muito dorida. No final da aula, a conversa habitual com o professor. Falei-lhe do meu estado na sexta feira depois da ida ao paredão na quinta. Resposta dele: se estás assim é porque foi demais. Recomendação para o fim de semana: parar e descansar! E foi o que fiz.
Depois do almoço, aninhei no sofá e adormeci. Está na hora de assumir a minha relação com o meu sofá…não passo sem ele.
As dores continuam, o joelho esquerdo está miserável, andar é uma dolorosa aventura, mesmo em casa. Mas, pelo menos, dei ao meu corpo o que ele estava a pedir: descanso!
Portanto, voltar a ver o pôr do Sol na praia vai acontecer. Só não sei nem como nem quando. Mas sei que vai…
Até lá, obedeço às ordens do meu corpo: descansar e não abusar. Sim, preciso de caminhar, dar uso às pernas, fortalecer os músculos. Mas, neste momento e com tantas dores e tamanhas dificuldades, não consigo… Aprendi no Yoga que a frase “não consigo” é uma frase proibida. Mas neste momento não consigo mesmo. Continuo como de manhã: um poço de dores. E muito cansada… Diz quem sabe que não é mero cansaço, é fadiga. Que também faz parte do que me apanhou na curva. E eu ainda estou a aprender a lidar com isto…mas já sei que obedecer não meu corpo é obrigatório. Por isso, seja!
Amanhã não vai haver consulta. Na realidade nem sei se voltará a haver… Mas, já sei, amanhã o despertador não vai tocar às 10h ou a outra hora qualquer. Vou deixar o meu corpo descansar enquanto lhe apetecer. E, já sei, é bem possível que acorde às 8h só porque sim. Logo se vê. O que já está decidido para amanhã é que não há caminhada para lado nenhum. O resto? Logo se vê. Mas, acima de tudo, é dar descanso ao corpo. É ele que mo exige. E eu obedeço-lhe. Já não é possível contrariá-lo. Por isso, mesmo que amanhã não saia de casa, logo se vê.