Posso não saber, ainda, onde quero chegar. Sei, no entanto, que quero lá chegar. Seja lá onde for. Porque qualquer sítio é melhor que o sítio onde tenho estado nos últimos meses. Anos.
E por isso continuo o caminho. Mesmo quando vejo progressos, mesmo quando reconheço alguma evolução e quase tenha vontade de dizer “a partir de agora já sigo sozinha”. Continuo o caminho mas reconheço que saber o básico não é o suficiente, ainda, para continuar o caminho sozinha. Sei que voltarei a tropeçar durante o processo, sei que voltarei a recuar, sei que voltarei a desfazer, as vezes que forem precisas, uma parte do que já foi feito. Porque também isso faz parte do processo. De aprendizagem. De crescimento. Mas, acima de tudo, de cura.
Tenho medo. Muito. De reconhecer, de aceitar, de dizer, de verbalizar que estou melhor. Tenho medo, muito. Claro que tenho. Porque, sei, voltarei a tropeçar, voltarei a cair, voltarei a chorar…
Mas por hoje, só por hoje, reconheço, aceito, digo, verbalizo: estou melhor.
Mas ainda: um dia atrás do outro atrás do um. O caminho ainda agora começou.