Sossegada no meu canto. Outra vez.
Não sei até quando, só sei que repito.
Até ver. Ou, como sempre, não ver nada.
Até quando vou continuar a esperar?
Sossegada no meu canto. Outra vez.
Não sei até quando, só sei que repito.
Até ver. Ou, como sempre, não ver nada.
Até quando vou continuar a esperar?
Sair de casa mesmo que não apeteça. O primeiro dia de férias foi assim, a olhar para cima.
Tenho que repetir amanhã.
Foi já há 3 anos que perdi a minha melhor amiga. Parece que foi ontem…
Apesar da presença da Sushi, ainda sinto muito a falta da Maria André.
3 anos já…
Frio. Sozinha em casa. Vontade zero de fazer seja o que for.
Amanhã vai ser melhor.
De férias!
Vão ser uns longos 15 dias. Mas são mais do que merecidos.
Keep rolling…
…a que velocidade correm os dias?
Ainda te lembras dos primeiros tempos? Em que éramos novidade e tudo parecia alinhar-se?
Lembro-me disso muitas vezes e continuo a achar que tudo se alinhava não por mero acaso mas porque sim, porque era suposto. E continuo a achar que sim, que era mesmo suposto e continua a ser.
Encontrei o tal ponto luminoso por cima do ombro, o teu. E tenho medo de o perder por inépcia minha.
Há muito tempo que não digo isto: tenho que deixar de ser totó. E fazer o que já devia ter feito há algum tempo.
Mas, infelizmente, não depende só de mim. Embora eu continue à espera de uma oportunidade para te dizer o que guardo comigo.
Até quando?
Não sei…
Tempo para nós. Tempo nosso. É importante termos esse tempo. Tempo que serve só mesmo para isso, ser nosso e responder às nossas necessidades.
Há quem não tenha esse tempo para si. Porque há o trabalho, outras actividades que não sendo trabalho também o são, tanta coisa que acontece ao mesmo tempo que acaba por não haver esse tempo.
Mas esse tempo é tão importante. Aprendi que não tenho tempo para perder Tempo. E por isso me custa ver que há quem não tenha tempo para si e não se preocupe por aí além com isso…
É só um desabafo, sem importância. Porque o que importa mesmo é que tenho saudades. E não há tempo para as matar…
Talvez um dia… Talvez.
Foi há 3 anos que recomecei a trabalhar por conta de outrem. Lembro-me que estava frio e eu estava assustada, com medo de falhar e que a experiência não durasse mais que umas quantas semanas.
Estava um caco emocional. E fui atirar-me para a boca do lobo: atendimento telefónico. Que já tinha experimentado mas que nunca é igual.
Não sei como consegui superar todos aqueles receios e todas as fragilidades que levava comigo. Quando ainda me era difícil dormir, por exemplo. Quando chegava ao trabalho 45 minutos antes porque tinha medo de me atrasar. Quando o mundo não fazia qualquer sentido mas era preciso trabalhar.
Os primeiros dois anos foram assim. Estranhos. Duros. Um caos. Há um ano terminou a linha de atendimento e mudei de equipa. Para o bem e para o mal, tudo mudou. Continua a ser difícil. Mas hoje já com uma estabilidade que há 3 anos não tinha.
Já não estou um caco. Mas também não poss dizer que estou a gostar do que faço. Ou melhor, gosto. Mas há pormenores que me agastam. Enfim…
3 anos hoje. 3 anos depois posso dizer que sobrevivi. E que continuo a lutar todos os dias por um bocadinho mais de estabilidade emocional que, apesar de estar em paz, ainda me é frágil.
3 anos. E parece que foi ontem.
Novamente Dezembro. Parece que estive aqui ontem.
É preciso fazer deste mês algo especial. Ou então fica só estranho mais um mês igual aos outros.