#day302 {que na verdade é #day303}

Às vezes tenho saudades dela. Da rebeldia, de não ter rédeas, de se deixar levar pelas experiências. Do grupo de teatro, da escola que olhava de lado porque viver a sério era lá fora.
De ser bruta em autodefesa, ainda que sem o saber. Da ingenuidade do final da adolescência quando aos 21 não era muito diferente de aos 16.

Às vezes tenho saudades dela. De ser gira e não saber, nem sequer pôr a hipótese. De ter “um belo par de pernas” como me disse uma vez o Miguel sem segundas intenções. E não acreditar na sua sinceridade. De tentar esconder as imperfeições mas que afinal eram perfeitas por isso mesmo, por imperfeitas.

Às vezes tenho saudades dela. Por isso é que, ao fim de 17 anos, sempre que me cruzo com ela em papel, me deixo ficar. A olhar. A recordar. Bons tempos, aqueles. Belo ano, aquele de 1997. Talvez o auge daquela época que começou uns anos antes e terminou no ano seguinte.

Às vezes tenho saudades dela. E, se pudesse, gostava de me sentar com ela e conversar. Trocar experiências. Nunca lhe iria ensinar nada, porque se bem a conheço sei que não deixaria que acontecesse. Mas de certeza que ela me iria ensinar algumas coisas.

Às vezes tenho saudades dela. Às vezes tenho saudades de mim.11401186_10153109205718800_2951877372893582323_n

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