Não serão as dores a fazer-me parar. Mesmo quando se tornam insuportáveis, desesperantes e praticamente incapacitantes.
Continuarei a ir onde tiver que ir. A fazer o que for de fazer. Com ou sem limitações, não posso deixar que as dores me vençam.
Cada novo dia é uma incógnita. Cada novo momento é uma incógnita. Mas não serão as dores a fazer-me parar. Abrandar talvez. Ter outros cuidados. Evitar excessos.
Os últimos meses têm sido de agravamento notório do nível da dor. Não gosto disso. Não gosto de dor. Não gosto do cenário actual. Mas aprendo todos os dias a viver e a conviver com ele. E chegam-me sugestões, informações, indicações de como lidar com este cenário.
Não, não serão as dores a fazer-me parar. Mesmo que tenha que o fazer momentaneamente até acalmarem. Para logo de seguida continuar.
Não, não serão as dores. Eu não serei as dores. Elas estão comigo, mas eu não serei as dores.
{mesmo que tantas vezes, cada vez mais vezes, a vontade seja baixar os braços, parar, deixar-me cair e chorar. Com dores.}