If you want to go fast, go alone.
But if you want to go far, go together.
Quero ir longe. Mais longe. O caminho? Ainda agora começou. Uns dias tenho pressa. Outros sei que ter pressa não resulta. Não tenho tempo para perder Tempo. Tenho todo o Tempo para chegar longe.
Não sozinha. Não conseguiria nunca chegar onde já cheguei sozinha. Mesmo que durante tanto tempo, demasiado tempo, repetisse para mim mesma que o meu caminho era para ser feito sozinha. Não era. Não é. Não vai ser.
“Estou verdadeiramente orgulhoso de ti. Muito, mesmo.”
“Já percebeste que és especial?”
“Tens todo o meu aval para fazeres essa asneira que queres fazer. E sabes que eu vou estar sempre aqui atrás para ti.”
“Para mim, pessoalmente, és especial.”
“Tens feito um trabalho muito bom.”
Temos. Em conjunto. 50/50. Porque sozinha sei que seria impossível. Porque, sozinha, o mais certo seria ter desistido. Lá atrás, quando as vozes me gritavam para saltar, quando os riscos na pele me atenuavam momentaneamente a dor, quando era o confronto com as paredes que me trazia algum conforto.
Divisão de responsabilidades. Tanto para o mau como, agora, para o bom.
Sei que um dia terei que voltar a caminhar sozinha. Até lá vou aprendendo. Retendo. Crescendo. Respirando. Mas não sozinha. Não sozinha. Mesmo.
Se sou grata? Tanto! E o caminho ainda agora começou.
Voltarei a tropeçar e a cair as vezes que forem precisas. Voltarei a esfolar os joelhos e a desinfectar feridas. Voltarei a chorar. Muito. Voltarei a dizer que estou cansada disto que nem eu sei explicar exactamente o que isto é.
Mas, sei-o já, quando voltar a tropeçar, a cair, a chorar e a pensar em desistir vai ali estar alguém que, sem crítica ou julgamento, me vai dizer “eu estou aqui para ti, não estás sozinha”. Mesmo que lhe diga sempre que não, não sou especial. Eu? Eu sou apenas eu. Com tudo o que isso implica.