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Afinal, as árvores também quebram. Mesmo que seja só um ramo. 

Há ramos que me faltam por se terem quebrado. Há ramos que me faltam por me terem sido arrancados. Há ramos que deixaram de me faltar depois de eu mesma os ter cortado. 

As árvores também quebram. Mas até quebrar ainda precisam de vergar. Muito. Talvez um dia eu quebre. Até lá vou vergando. E arrumando, o melhor que sei e o melhor que vou aprendendo, os meus ramos. Todos eles. Até mesmo aqueles que faço por esquecer, que faço por esconder. 

As árvores também quebram. Talvez um dia eu quebre. Mas não hoje. Não agora. Não ainda. Não já.  

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