Monthly Archives: April 2018

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Parar para cheirar as flores. Todos os dias paro e percebo o quanto mudaram desde a véspera.

Paro para cheirar as flores. E olho para trás e vejo o quanto mudei no último ano. Especialmente no último ano, mais do que nos últimos 3.

Paro para cheirar as flores. E tento convencer-me a ser como elas, em permanentes ciclos de mudança.

Paro para cheirar as flores. E a porta que se bate de lá para cá. Reciprocidade.

Paro para cheirar as flores. E percebo que, apesar de ainda ter caminho para percorrer, gosto muito mais de quem estou hoje do que estava há um ano.

Paro para cheirar as flores. E o cheiro leva-me a acreditar que sim, vai correr tudo bem.

{#118.248}

Sair de casa ao fim de semana nem sempre é o que mais me apetece embora saiba que me é preciso fazê-lo. Ver gente, estar com pessoas, no fundo conviver. Alargar e reforçar a minha rede.

Mesmo que na maior parte das vezes sair não faça parte dos meus planos, há alturas em que apetece muito. Como hoje.

Apeteceu-me recordar jogos e aventuras de outros tempos, dos tempos de farda e lenço ao pescoço. E o dia era hoje perfeito…não tivesse sido a chuva.

Se podia, ainda assim, ter ido? Podia. E ainda a esta hora me pergunto porque é que não fui capaz de ir. O convite estava feito. O café podia nem acontecer, era o mais certo, mas tudo o resto estava lá.

Culpo a chuva, o frio, a distância e a dependência dos transportes públicos. O dia que acordou com Sol e calor e que se pôs negro e molhado na hora de sair para terminar numa noite de céu limpo e uma lua quase cheia.

Queria muito ter estado lá. Por tudo o que digo e pelo que vou guardando para mim. Queria muito ter ido. Honrar aquele que matou o dragão, reviver jogos de equipa, ver sorrisos que me fazem sorrir.

Fiquei em casa. Impaciente. Inquieta. E chateada comigo mesma.

Fica para uma próxima oportunidade. Fica prometido que para a próxima vou ser melhor porque vou ser capaz de ir.

Até lá fico a remoer por não ter tido um sábado diferente dos outros e não ter visto ninguém…

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“If it doesn’t open, it’s not your door.”

Mas vai abrindo. Dentro da disponibilidade que tem, a porta vai abrindo. Por vezes parece que fecha. Deixa-me desalentada com o fecho aparente. Mas de novo se mostra aberta e mais uma vez me diz que o meu instinto continua certo.

Há portas onde vale a pena continuar a bater. Os dias não esticam e não dão para tudo e a porta parece fechada quando assim é. Por isso continuo a bater à porta que, na verdade, está sempre entreaberta.

Esta é a minha porta. Sei-o porque o sinto. E por isso não desisto de estar do lado de cá. E vou batendo à porta sempre. E ela lá está, entreaberta que se abre totalmente quando eu bato.

Se calhar é mesmo a minha porta. É. É mesmo a minha porta.

E, mais uma vez, repito: não vou desistir. Mesmo que já tenha dito que desistia quando a porta me pareceu completamente fechada mas afinal estava apenas ausente.

Não desisto. Até perceber exactamente se o que está do outro lado é ou não para mim. Deixo o limbo e continuo a bater à porta.

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No limbo, entre a Luz e a Sombra. No indefinido, no que não é nem deixa de ser.

Tenho feito a minha parte no jogo, tenho tentado o que é de tentar. Sei que disse que não vou desistir, mas o limbo… Nunca gostei do limbo e já lá estive demasiadas vezes. Não queria voltar lá, mas já lá estou outra vez.

Nem sim, nem não. Nem agora, nem depois. Limbo. Não é sequer uma indecisão. É um nada.

Até quando continuar no jogo? Até quando permanecer no limbo? Até quando manter o capítulo aberto?

Mereço mais. Mereço mais, bolas! Mas também é verdade que sou eu quem permite este estado.

Até quando?

O limbo é um lugar feio que não leva a lugar nenhum. E eu quero chegar a algum lugar. Que não o limbo.

{#114.252}

Clarificar. O medo da perda. Reciprocidade. Assertividade. O que quero. O que não me é suficiente.

Arriscar.

Ver o lado positivo mesmo que não corra como quero.

Fechar um capítulo. Inevitavelmente abrir um novo.

Arriscar.

Arriscar.

Seguir o que se quer alcançar.

Tanta coisa que se resume a tão pouco.

Tão pouco que se resume a tanta coisa.

Gosto. Não disto. Ou isto. Mas gosto. E é esse gostar que não me deixa desistir.

Não desisto. Arrisco. Arriscarei. Não desisto antes de tentar.

{#113.253}

Saltaricar, sinto a falta de saltaricar. Por isso vou andando a passo firme e cauteloso até voltar a saltaricar. Com o sorrisinho ao canto da boca.

Tenho saudades desse estado ligeiro, desse modo suave de ser e de estar. E é-me tão fácil esse estado. Tão estupidamente fácil. Por agora mantenho a cautela. Porque isto de saltaricar também precisa de cautela.

Mas há todo um gut feeling que se instalou há meses que me sussurra que vai correr tudo bem. E que me garante que irei saltaricar sem receios.

Até lá, um pé depois do outro. Com calma. Muita calma. Até poder mostrar o sorrisinho ao canto da boca sem medo de o perder pelo caminho.

{#112.254}

Cada vez mais tenho a certeza que não é para desistir.

São as coisas pequeninas, até mesmo muito pequeninas a que só eu dou importância.

Não. Não vou desistir daquilo que, acredito, vai correr bem.

{#110.256}

Porque é que, de cada vez que me convenço a desistir, há sempre um novo sinal para não o fazer?

Provavelmente porque eu mesma tiro conclusões antes de tempo sem ter razões para isso.

Desisto de desistir. Volto a confiar no que me diz o instinto. Não posso estar completamente errada. Os sinais estão lá. E vou continuar a segui-los.

{#109.257}

Deixar a porta aberta para quem quiser entrar.

Deixar a porta aberta para quem quiser sair.

Seguir em frente. Sempre a olhar em frente de passo firme.

{#108.258}

Desconstruir a ansiedade. E procurar estratégias para conseguir geri-la agora que se instalou.

“- Vai correr tudo bem. Prometo.”

Vai…porque é a única hipótese. Nem que tenha que recorrer ao plano B, C, D até ao Z se for necessário.

Vai correr tudo bem. Se até a Primavera volta sempre…!

{#107.259}

De novo, riscos na pele. Só não entendo porquê. Ou, pelo menos, para quê. Só sei que servem de aviso para o que vai cá dentro. Turbilhão de emoções quase à flor da pele, ansiedade ao rubro, medo, insegurança. Muito medo. Muita insegurança. Muita ansiedade.

De novo, riscos na pele.

{#106.260}

Mudar de perspectiva continuando a olhar para cima.

E aquele frio na barriga de quem tem um gut feeling e não gosta de o ter. Pode ser apenas medo e insegurança. Vai ser só isso. Vai? Vai ter que ser só isso.

Mas continuo a olhar para cima e também para a frente. E esqueço-me constantemente de estar no momento e tento sempre olhar mais à frente do que agora. De que me serve isso para além do aumento da ansiedade? Nada. Não me serve de nada e não me deixa tranquila.

A ansiedade. O gut feeling. E eu no meio. Sem saber se mudo já de direcção ou se me mantenho e espero para ver.

Tento tanto mudar de perspectiva… Tanto! Mas o medo…o medo, a insegurança, a ansiedade e o gut feeling.

Olha para cima e muda a perspectiva!

Vai correr tudo bem! Vai! Correr! Tudo! Bem!

Fica no momento. No aqui e agora. No momento presente do agora mesmo. O que vier logo se enfrenta. Agora? Agora calma. De que adianta voltar a perder o sono?

Respira. Muda a perspectiva. Mantém o olhar lá em cima e a cabeça no momento.

Prometo que vai correr tudo bem.

{#105.261}

Lembra-te: tu és capaz de tudo.

Olha para cima. Foca-te no azul se o houver no lugar das nuvens. Tu és capaz de tudo.

Esquece a sensação de abandono ou rejeição e foca-te em ti e no que és capaz. Tudo o resto se irá endireitar. E o que tiver que ser será.

Não dês demasiada importância ao que não a tem. Já sabias que o não era garantido.

Continua o teu caminho, sem pressa. Mas não percas Tempo.

Gosta de ti. Cuida de ti. Olha por ti. Foca-te em ti. Tudo o resto virá depois.

Mas nunca te esqueças: tu és capaz de tudo.

{#104.262}

Se não agora, quando?

E eu vou esperando. Até ao dia em que não esperarei mais.

Quid pro quo, Clarisse. Quid pro quo.

{#103.263}

Quem é que não sonha sonhos impossíveis?

Todos os dias os sonho. Todos os dias me parecem mais impossíveis do que no dia anterior. Mas nem por isso desisto deles totalmente. Mesmo que acabe a bater com a cabeça na parede.