Monthly Archives: October 2018

{#302.64}

Sair do trabalho de noite. Dizem que só custa o primeiro dia.

Em Janeiro vai ser melhor e vai-se começar a perceber as diferenças. Até lá há que aproveitar e descobrir o lado positivo das noites que começam ainda de tarde.

{#300.66}

Espero. Mas até quando?

E depois lembro-me deste dia há um ano e apetece-me repetir. Mas acabo por ficar à espera…

Até quando…?

{#299.67}

Vou sentir a falta do sol ao final do dia. Não estou preparada para o horário de Inverno…

Não estou preparada para tanta coisa. Alguma vez estamos? Não me parece.

Mas vou ter que aprender a tirar partido do horário de Inverno e da falta do sol.

E depois existes tu, que também me fazes falta sem saberes.

É tudo uma questão de horários, dizem. Eu? Já não sei. Só sei que te sinto a falta.

{#298.68}

Faltam-me mãos pequeninas… Faltam-me mãos. Para pegar nas minhas nos dias menos bons ou para entrelaçar os dedos nos outros dias.

Faltam-me mãos. Pequeninas ou não, falta-me o toque de pele com pele.

Mas nem por isso deixo de ser doce quando tudo me faria ser amarga.

Faltam-me mãos. Pequeninas ou não.

{#297.69}

Nem sempre posso deixar aqui tudo o que tenho cá dentro e que me apetece partilhar.

Hoje é um desses “nem sempre”. Por mais nada que não apenas por não ser o local certo. Não é no éter nem pelo éter que quero partilhar o que trago comigo. É contigo. É para ti.

Um dia………

{#291.75}

52 semanas. 365 dias. E, apesar de tudo (que é nada), tem sido bom.

Há surpresas que vêm de onde menos se espera.

{#290.76}

Um dia conto-te uma história. A minha. Mesmo que não te conte tudo. Não por ser segredo, apenas porque há ainda tanto que preciso de processar.

Gostava de te contar tudo. Mas nem a mim conto.

Confio em ti. Já o disse aqui, nunca to disse directamente. Mas tenho medo que não confies em mim. E que por isso não entendas tudo o que tiver para te contar.

Mas um dia. Um dia conto-te uma história. A minha. E secretamente desejo que, também um dia, possa contar a nossa. Que não existe, eu sei que não. E nunca poderá existir se eu nunca te disser “gosto de ti”.

Um dia. Um dia… Não hoje. Mas um dia.

{#289.77}

Cansada de todos os dias ter que ouvir pessoas zangadas com o mundo e de mal com a vida.

A vontade, cada vez mais, é cercar-me de crianças. Porque essas, mesmo que o dia não lhes esteja a correr bem, não estão de mal com a vida e com os outros.

Estou cansada. Mas vai passar.

{#288.78}

Sair de casa ainda de noite.

Chuva. Vento. Frio.

Regressar a casa já de noite.

Chuva lá fora.

Não estava preparada para isto.

Olho para o copo meio cheio e percebo que, apesar do pior ainda estar para vir, o Outono já conta com quase um mês percorrido. E o tempo passa a voar e em Janeiro já se vai começar a notar a diferença dos dias que, nessa altura, já crescem. Ainda falta muito até lá, eu sei. Mas preciso de ver o lado positivo deste Outono que se instalou sem que eu estivesse pronta.

Vai correr bem, o Outono. Assim como o Inverno. E quando der por isso já o sol nasceu quando sair de casa e já vai ser tempo de aproveitar a esplanada ao final do dia novamente.

Até lá, um dia de cada vez. Hoje choveu. Amanhã quem sabe se não faz sol novamente.

Como em tudo, um dia de cada vez.

{#286.80}

Lá fora um furacão que virou tempestade tropical. Cá dentro um pequeno turbilhão de emoções de quem desiste e que aguarda a calmaria.

Também é assim, gostar de ti.

Enfim…

{#285.81}

Aos poucos vou aceitando o que já devia ter percebido. Está, novamente, na altura de desistir. Não por ti, apenas por mim.

Tenho pena…