Dia longo, este, que começou cedo. Longo e preguiçoso. Sem pressa, sem metas, sem História e sem estórias.
Mais um dia vazio. Mas necessário, sempre. Mesmo que seja uma perda de tempo. E eu não tenho tempo para perder Tempo. Mas, por vezes, também preciso de dias assim. Longos, lentos, preguiçosos, sem metas, sem nada a registar.
Sofá e televisão. Hoje nem o computador foi ligado. Podia ter adiantado alguma coisa na busca por agulhas em palheiros, mas hoje nem isso. É sábado. E preciso de diferenciar os sábados e domingos dos outros dias.
Amanhã, provavelmente, será igual. Ou, pelo menos, muito parecido. Não faz mal. É, como disse, necessário. Talvez saia de casa um bocadinho, para apanhar um bocadinho de ar e Sol e mexer-me um pouco. Mas não garanto. E o melhor é nem fazer planos para depois não me desiludir comigo mesma.
Amanhã é domingo. Logo se vê como vai ser. Por hoje guardo comigo um bocadinho desta manhã que começou cedo. E o que guardo fica, de facto, só comigo.
Lá fora, o Sol brilhou. Cá dentro também, à sua maneira. E é a pequenas coisas que me vou agarrando para manter o ânimo. Não está a ser fácil, tudo isto que têm sido as últimas semanas. Mas ainda há coisas pequenas que me fazem sorrir e fazem o Sol brilhar cá dentro.
Amanhã voltarei a sorrir. Como ainda o faço hoje e ainda voltarei a fazer esta noite. Porque um dia sem sorrir é um dia perdido. E, mais uma vez, eu não tenho tempo para perder Tempo. Mesmo que no final continue assim: sozinha.