Cansada, como sempre. Um cansaço constante de quem dorme mal e acorda muito cedo.
O dia lá fora acordou cinzento. Mas cá dentro voltei a sentir-me aconchegada. Porque, mais uma vez, houve retorno do outro lado. E isso sabe-me tão bem.
São pequenos nadas, eu sei. Podem não querer dizer nada. Mas são pequeninas coisas que duram há tempo suficiente para acreditar que há ali qualquer coisa. 4 anos de pequenos nadas. E desde o primeiro dia que há, de facto, qualquer coisa. Que, se calhar, ainda tem que ser descoberta, entendida e aceite. Mas sim, é desde o primeiro dia. Dia que me lembro tão bem como se fosse hoje.
Lembro-me da primeira mensagem que chegou. E da resposta que dei. E cheguei a pensar que, pela mensagem, não iria valer a pena. Mas resolvi dar uma segunda oportunidade horas mais tarde. E ainda bem que dei. Hoje, quatro anos depois, continuo a não me arrepender. E tenho a certeza que foi a melhor coisa que me aconteceu em muitos anos.
Desde o primeiro dia que me sinto aconchegada. E sei, também desde o início, que não sou a única a sentir-me bem.
É o que é. Seja lá o que for. E as borboletas na barriga continuam, acompanhadas de perto por aquele gut feeling de sempre.
Sim, o dia pode começar cinzento lá fora, mas enquanto houver retorno do outro lado vai ser um bom dia.