Um bocadinho perdida, admito.
Posso admiti-lo a ti…?
Olha para cima, miúda. Sempre para cima.

Um bocadinho perdida, admito.
Posso admiti-lo a ti…?
Olha para cima, miúda. Sempre para cima.
A vida é mesmo um tirinho. E é só o que consigo dizer.
Sei que devia aproveitar melhor este tempo. Mas não o faço por não saber melhor como fazê-lo.
É uma merda…
Vou saboreando pequenos momentos. E juntando pequenos nadas acreditando que, sendo muitos nadas, significam alguma coisa.
Não sei o que significam. Se calhar não significam mesmo nada. Mas é o que é.
E assim vou passando os dias. Até que um dia será o último…
Sábado, dia dedicado a não fazer nada. Também mereço e também preciso.
De lá longe, terminou o Caminho que não é meu. Terá corrido bem. Chegou-se ao destino na data prevista.
Aqui não há Caminho. Mas nem por isso deixo de agradecer.
Não tinha vontade de sair de casa hoje. Não tinha vontade de me mexer muito. Mas o dia de céu azul à minha janela fez-me sair. Por pouco tempo, só mesmo para um café já ao fim da tarde. Mexi-me pouco, mas saí de casa e, mais uma vez, olhei para cima.
Não era aqui que me apetecia estar. Era lá longe. Para recepção de quem foi num Caminho. Ou mesmo aqui perto, amanhã, para essa mesma recepção e para recuperação de quem foi e está a voltar.
Nada disso vai acontecer, claro. Nem hoje nem amanhã. Nem a recuperação como eu gostaria. Mas fica a vontade. Ou o sonho, quem sabe. Porque continuo a sonhar acordada com algo que não vai acontecer nunca. Não sei até que ponto isso me faz bem ou mal, só sei que me sinto bem assim, apesar de tudo.
Seja o que for que venha daí, continuarei a olhar para cima. Porque não vale a pena ser de outra forma e porque nestes quatro anos ganhei mais do que perdi.
Amanhã será outro dia dedicado a não fazer nada. E com vontade de fazer acontecer, de fazer tanto, de fazer tudo.
Por hoje o dia termina com isto: sei que dou, todos os dias, o melhor de mim. E hoje, apesar de tudo, não foi excepção.
Olhar para cima? Sempre. E amanhã novamente.
Hoje o dia começou ainda mais cedo do que o habitual, era preciso fugir ao trânsito e chegar a horas ao destino que não o meu. Custou a começar, mas eu gosto mesmo muito do nascer do dia.
A meio da tarde, notícias de um Caminho de lá longe. É bom saber que está tudo bem, mas é melhor ainda saber que há tempo para mim. Não é preciso muito para me roubarem um sorriso e estes pequenos gestos conseguem-no.
Regresso a casa à hora de sempre. Cansada, claro, depois de mais uma semana de trabalho. Parar para beber as cores do final de dia. E ser surpreendida por uma Lua em modo crescente que, de tão pequena, quase pensei que não seria ela.
Foi um dia de pequenos sorrisos. Ou pequenas coisas que geraram sorrisos. Sim, foi isso: pequenas coisas que geraram sorrisos. E isso sabe tão bem. E sabe ainda melhor parar para sentir esses sorrisos. E saborear. Simplesmente saborear. Porque são coisas pequenas mas que todas juntas se transformam em algo maior.
Sim, sou uma sortuda por ter estas pequenas coisas. Que fazem sorrir. E fazem acreditar que não pode ser tudo mau.
Amanhã, sábado, vai ser bom novamente. E vai servir para descansar e recuperar quando a vontade é ajudar numa recuperação física de um Caminho de lá longe. Claro que se fica pela vontade. Mas que ela é real não posso negar.
Fica o sorriso. E isso é, talvez, o mais importante.
Bebo das cores do céu de manhã cedo quando o dia acorda. Bebo das cores do céu ao fim do dia quando este se despede. Registo aqui e ali a luz que me vai acompanhando. E respiro fundo. Porque são as cores do dia que me fazem querer sempre um pouco mais. De cor. De luz. De tudo um pouco.
Custa estar tão habituada a outra pessoa e incluí-la em pequenos rituais do dia-a-dia e de repente não tê-la lá. É temporário, eu sei! E ainda bem que é só temporário. Mas custa na mesma. Somos seres de hábitos. E há um “Bom dia” e um “Boa noite” que me estão a faltar… Não o digo, mas também não o nego. Fico sossegada no meu canto até que regresse a normalidade dos rituais. Ou então não, não espero mais e digo “Presente”. Sim, é isso que vai acontecer. Porque não fazê-lo não me iria fazer bem.
Dizem-me que me acham já menos expectante. Mas estarei mesmo? Nem eu sei…só sei que o que trago comigo, em mim, é puro. E bom. Tão bom. Bom demais para não ser partilhado.
É. É das cores do céu que eu bebo. E das várias luzes do dia. Mas é o que trago comigo e em mim que quero partilhar.
Quem sabe um dia?
O dia não correu mal. Voltei a sair mais tarde do trabalho, sem stress. Cheguei a casa tarde, claro, mas mais uma vez digo: sem stress.
O stress começou já em casa…não estou a gostar dos sinais que o meu corpo me está a dar. Pode ser apenas reflexo do fim de semana e do feriado com muitas horas deitada e ainda de mais uma noite muito mal dormida por ter sido interrompida demasiadas vezes.
Quero acreditar que é só isso. Mas sinto-me assustada. Claro que sim. Faço por não dizer muita coisa, por não verbalizar. Mas não escondo que estou assustada.
Amanhã se vê. E será melhor. Nem que esta noite eu tenha que me reconstruir por dentro para não ceder ao medo.
Feriado muito preguiçoso. Descansar e deixar-me levar pela preguiça. Sair de casa um bocadinho ao fim da tarde para não dar o dia todo por perdido.
Já tinha saudades de sentir os feriados como eles são.
De resto, regressou a normalidade das redes sociais. E ainda não há notícias de lá longe. Mas sei, porque acredito, que está tudo bem.
Amanhã, manhã com sabor a segunda feira, tarde com sabor a quarta. E muito trabalho pela frente.
Segunda feira com sabor a sexta. Feriado amanhã.
E um apagão geral das redes sociais. Resta saber até quando.
E, lá longe, faz-se Caminho. E, sem redes sociais, não posso acompanhar nem ceder ao ritual de todas as noites. E isso deixa-me um bocadinho desconfortável. Ou desamparada. Nem sei bem. Sei, apenas, que queria saber se está tudo bem. Claro que há-de estar tudo bem, mas queria saber mais…
Não podendo saber, resta-me acreditar que sim. E que amanhã as redes regressam e regressam as notícias.
É impressionante a dependência que temos das redes sociais… Nunca neguei, continuo a não negar. Mas a verdade é que as redes sociais me fazem bem. Porque me fazem sentir acompanhada. Sei que essa companhia, na grande maioria dos casos, não é real. Mas sei também que foram as redes que me ajudaram em momentos menos bons. E nos momentos bons também lá estiveram, claro, mas valorizo mais os momentos menos bons.
Enfim… Amanhã será melhor. Pelo menos no que diz respeito às redes. Porque os dias não têm sido maus e amanhã é feriado.
É esperar para ver quanto tempo mais isto ainda vai demorar. E acreditar que, tal como lá longe, vai correr tudo bem.
Domingo muito preguiçoso. Proveitoso no que diz respeito a descansar. Ainda estava a precisar e não tinha percebido.
Amanhã, segunda feira com sabor a sexta por causa do feriado que aí vem. Vai saber bem.
Agora, cama que está na hora e a dor de cabeça não permite muito mais.
Amanhã também é dia. E vai ser um bom dia. Porque assim o quero.
Descansar. E dormir.
Hoje não deu para mais.
Amanhã será melhor. Espero que um bocadinho diferente. Mais animado. Menos adormecido.
Fim de semana à porta. Finalmente. As semanas passam depressa, mas os dias são muito compridos.
Sair de casa ainda de noite, acompanhar o nascer do dia. É do que mais gosto neste novo modo. Mas cansa. Porque as noites são más. Mas compensa com o dia que corre tranquilo e sereno. Corre depressa, apesar de tudo.
Amanhã e depois é tempo de descansar. Se queria fazer alguma coisa de diferente no fim de semana? Claro que sim. Algo que marcasse pela positiva. E sei tão bem o que gostaria de fazer. Mas não vai acontecer.
Seja. Descansa-se.
Amanhã é um novo dia. É um cliché? É. Mas não deixa de ser verdade. E por agora dou por concluída mais uma semana de dias que começam de noite.