Domingo e uma dor de cabeça que se instalou devagarinho e que a esta hora chateia a sério.
Consegui restaurar um bocadinho de normalidade no meu dia, tendo-me apoderado do comando da televisão. É triste chegar a isto, mas só assim consegui não passar mais um dia fechada no quarto como ontem.
Amanhã, dia de regressar à rotina, desta vez sem acordar de madrugada e sem ter que enfrentar os transportes públicos. Trabalhar de casa. Devia ser assim sempre. Será assim nas próximas duas semanas, pelo menos. Mas bem que podia ser para continuar.
Agora é assumir a dor de cabeça e tentar dormir cedo. E a vontade de desejar uma boa noite de viva voz é mais que muita, mas vai ficar pela vontade. Hoje, sendo Domingo, também não haverá por escrito. Regra que impus a mim mesma já há algum tempo e que tem sido mais ou menos cumprida.
Mas tenho saudades… Da voz. Do sorriso. Do olhar. De tudo, no fundo. Mas acima de tudo da presença.
É melhor não pensar muito, para não me alongar. Basta recordar a presença que nem foi há tanto tempo assim e sinto-me um pouco mais aconchegada.
Amanhã será melhor. Dia de trabalho e consulta. A presença será quando tiver que ser.