Segunda feira que, para variar, começou cedo. Não de madrugada como quando vou trabalhar, é verdade, mas para quem está em casa foi cedo…
Sair de casa antes das 11h, ir confirmar o Yoga mais próximo de casa, voltar pelo caminho mais longo que significa passagem no paredão e ver o Mar ali tão perto. Apanhar muito vento e um bocadinho de Sol para armazenar a Vitamina D que tanta falta me faz neste momento… Voltar a cruzar o parque urbano vazio por ser dia de escola e trabalho. E confirmar que gosto mesmo muito do parque. E que, tê-lo à porta de casa, é um privilégio.
Três quilómetros e pouco depois, regressar a casa. Cansada, muito cansada. Porque estes 3 km, não sendo uma distância por aí além, são um esforço muito grande neste momento. Implicou, claro, várias paragens pelo caminho. Mas é preciso obrigar o corpo a mexer-se. E, se hoje custou, amanhã vai custar um bocadinho menos.
Amanhã? Logo se vê. Porque, ao contrário de hoje, não tenho nada programado, nenhum sítio onde ir. Mas vou mexer o corpo e tentar apanhar um bocadinho de Sol se o céu estiver azul.
Andar. Preciso de andar todos os dias um bocadinho. E, a cada novo passo, não me esquecer que isto é um processo doloroso e solitário, assim como também é lento, demorado…
Mas, se sobrevivi ao murro no estômago que aconteceu há exactamente um ano e que me deitou muito abaixo, também vou sobreviver a isto. São duas situações muito diferentes, eu sei, mas ambas me mexem onde dói mais: no lado emocional.
Neste momento, no entanto, para além do lado emocional também está afectado, e muito!, o lado físico. E, diz quem sabe, o lado espiritual… Aquele lado que eu levantei um bocadinho do véu mas ainda não tive coragem para explorar um bocadinho mais. Porque eu não tenho problemas em fechar portas. Mas tenho, claro, medo de as abrir…
Enfim…uma coisa de cada vez. Eu em primeiro lugar. Mas não me posso esquecer que o Eu é constituído por três campos, todos eles importantes, todos eles essenciais: o físico, o emocional/mental e o espiritual…
Perco-me tanto no caminho. Acho que quero alcançar tudo de uma vez só. Mas não me posso esquecer de que tenho que dar um passo de cada vez. Baby steps. E sem medo. Porque não estou sozinha. Deste lado ou do outro, nunca estou sozinha.
Cansada, sim. Muito cansada. E sem coragem para sair do cadeirão e aterrar na cama. Já sei que, do outro lado do Mundo, há quem esteja à espera de um sinal meu para confirmar que está tudo bem…
Mas por hoje já chega. Amanhã será melhor. Haja Sol ou não, amanhã será melhor. Porque eu quero que assim seja. Um passo de cada vez. Baby steps. Sem pressa nem pressão. Muito menos auto-imposta…