Monthly Archives: June 2023

{#181.185.2023}

Sexta feira e sempre a sensação de ser sábado. Mas uma sexta feira ocupada: de manhã dentista, depois de almoço cabeleireiro. Dia de tratar de mim, portanto. E valeu a pena. Muito contente com o resultado final do cabeleireiro. Do dentista é só mais do mesmo…

Amanhã, sábado, prevê-se mais um dia ocupado. E, correndo tudo bem, Domingo também.

Por hoje chega. Amanhã? Logo se vê. Manhã de Yoga, tarde de feira em família. Vai ser um bom dia.

{#180.186.2023}

Um bocadinho perdida no calendário, parei agora para perceber que é quinta feira. Que começou estupidamente cedo por causa da dor de cabeça, como já se tornou hábito. De resto, nada do que tinha para fazer foi feito.

Mas, à parte isso, há palavras que me tocam, seja qual for a distância a que se encontra o seu autor. Sejam 5726, 200 ou simplesmente 10 quilómetros, de repente o que me chega é mais do que esperava. Para uma distância eu sou perfeita, nunca menos do que isso. Para outra distância é a minha paz que faz a diferença, mesmo que eu diga que sou um furacão de emoções. Para outra distância, sou genuína. Seja o que for que está a acontecer, o Universo saberá o que faz. É um pouco estranho, claro que sim. Mas não deixa, também, de me saber bem.

Levo tudo um dia de cada vez. Não tenho, como habitualmente, pressa de nada apesar de não ter tempo para perder Tempo. Por isso, se amanhã as palavras se mantiverem independentemente da distância, tudo bem. Se não, tudo bem na mesma.

Mas não deixa de ser curioso o timing… Logo se vê. Não é o que costumo dizer? E amanhã vai ser um bom dia. Só porque sim e porque eu quero que assim seja.

{#179.187.2023}

Quarta feira e muito calor. E duas viagens à vila a pé que, agora posso confirmar, deixaram-me de rastos logo na primeira viagem. A segunda teve como destino uma aula de Yoga. E como cada viagem implica ir e voltar, também voltei depois do Yoga, claro.

6675 passos, 4,890 km, dois banhos. É este o resumo do meu dia. Agora? É ir dormir antes que adormeça aqui. Amanhã? Logo se vê…

{#178.188.2023}

Terça feira e hipocondríaca devia ser o meu nome do meio… Porque a dor de cabeça repete-se todos os dias, seja a que horas for. E eu, como sempre, alerta a eventuais sintomas seja lá do que for.

Claro que estou preocupada. Assustada. Sem saber o que pensar. Ou sentir. Ou o que for. Quero muito acreditar que não é nada de especial e que é de fácil tratamento. Mas, como overthinker que sou, nunca nada é simples. E é sempre visto o lado mais negro seja de que situação for. E eu estou cansada de ser assim…

A vontade é de baixar os braços e chorar. Mais, como sempre, as lágrimas não caem…

É nestas alturas, em que me sinto particularmente sensível, que me sinto profundamente sozinha. Sei que não estou sozinha, no fundo. Há muita gente a olhar por mim. Mas, tirando a minha mãe, está toda a gente à distância de uma ligação de Internet. Aqui ao meu lado, agora que me deitei, a cama está vazia. E isso custa. Muito. Tanto…

Pode até, neste momento, ser apenas TPM. Mas o desalento é enorme. Vai melhorar, eu sei. Mas, até lá, vai continuar a ser duro. Porque o estar sozinha dói. Muito. Tanto…

Amanhã? Será melhor. E, claro, logo se vê . Por hoje já chega…

{#177.189.2023}

Dia de ressaca pós noite de hospital. Se aconteceu alguma coisa digna de nota? A mim não.

Agora é enroscar e aninhar. Amanhã logo se vê.

{#176.190.2023}

Domingo e a dor de cabeça intensa e persistente que me deixou à beira do desespero.

Uma chamada para a Linha Saúde24 e consequente encaminhamento para a urgência do Hospital. Mas hoje, ao contrário de Maio, estou a ser (bem) atendida. A noite promete ser longa. Mas, pelo menos, está a mexer.

Amanhã? Logo se vê o que diz o exame que ainda vou fazer: nova TAC Craneo Encefálica, feita aqui na urgência. Sabe-se lá quando, mas nas próximas horas…

{#175.191.2023}

Dia de muito calor a começar logo cedo com Yoga pela manhã. E a dor de cabeça. Aliviou ligeiramente durante a aula…

Umas conversa com o professor Pedro e a certeza de que irá continuar a acompanhar e vai encaminhar o meu caso. E a dor de cabeça intensa presente.

A tarde toda em casa para fugir ao calor. E aguentar melhor a dor de cabeça.

Adormecer no sofá na esperança de que a dor de cabeça intensa fosse só sono. Não era. Acordei e lá estava ela, intensa e persistente, sempre presente.

Sair de casa um bocadinho ao final da tarde, mas a grande custo porque a dor de cabeça intensa e persistente se mantinha. Como agora, quase meia noite, ainda presente, intensa e persistente. E que não passa com a única medicação que posso tomar para já: Brufen 600.

Queria muito um dia inteiro sem dores de cabeça. Mas já sei que não vai acontecer tão cedo. Se estou farta disto? Tão farta que ninguém tem noção do quanto…

Se alguém souber como fazer isto parar ou simplesmente melhorar, agradeço dicas. Já que ninguém a quer quando a ofereço, aceito dicas.

E, claro, só me apetece chorar. Mas não consigo… De certeza que ninguém quer uma dor de cabeça…? Eu não me importo de partilhar…

{#174.192.2023}

E depois há aqueles dias, como hoje, em que apetece (muito) chorar. Mas não choro. Porque não consigo…

Desde 2017 que deixei de chorar. E se, no início do processo de Burnout, já me apetecia chorar e não consegui fazê-lo, agora depois de um verdadeiro abanão de realidade continuo a não conseguir.

Falta-me um abraço, um colo, um carinho, um mimo. Provavelmente iria continuar a não conseguir chorar. Mas ia encontrar aquilo que preciso agora: força e segurança.

Não peço muito. Mas, ao mesmo tempo, parece que estou a pedir o impossível…e não estou…

Mas sim, apetece-me muito chorar. Porque estou preocupada e, até, assustada. E não posso. Não posso, mas estou. Muito…

{#173.193.2023}

Quinta feira e a consulta de especialidade para avaliar o exame já realizado. “Não, não é nada bom”, foi a primeira reacção do médico… “Estes resultados não são normais numa pessoa da sua idade…” e o chão por baixo dos meus pés estremeceu. Não perdi o chão, não perdi completamente o Norte. Mas estremeci, claro.

“Não vou fazer o diagnóstico já, só depois da Ressonância Magnética para perceber melhor o que se passa.” Mas, já sei, a dor de cabeça intensa e persistente, os desequilíbrios, até os esquecimentos de coisas simples, tudo vem dali. Seja o “dali” o que for. Que ainda não sei o que é para além da desoxigenação cerebral…

Há lesões. Há cicatrizes. Há necessidade de estudo. E é nisso que tenho que me focar agora, sem stressar nem fazer filmes. Mas, como boa overthinker, não é fácil não pensar no que é ou pode ser…

Se disser que não estou preocupada ou até assustada, estarei a mentir… Exame marcado, é esperar por dia 3 de Julho e depois pelo resultado e depois disso por nova consulta para diagnóstico e tratamento.

Um dia de cada vez. Vai ser fácil esperar? Não. Mas vai ter que ser. Até lá, é tentar esquecer e manter a filosofia de um dia de cada vez… Não vai ser nada de extraordinário. E vai ter tratamento. É só isso que desejo, mais nada.

Amanhã? Será melhor. E logo se vê… Por hoje só queria colo. E sentir-me protegida e segura. De resto, será o que tiver que ser… Logo se vê…

{#172.194.2023}

Quarta feira, dia do meio. Dia nim, nem não nem sim. Ao mesmo tempo, aquela sensação de ser quinta feira. Que não é.

Não se passou nada de especial durante o dia com a excepção do Yoga ao fim da tarde seguida do pôr do Sol na praia em dia de Solstício. E que pôr do Sol fabuloso! Por pouco não o perdia. Mas cheguei até ele a tempo.

E o Yoga…uma bela aula de relaxamento. E no final uma conversa com o professor, que é daquelas pessoas que olha para nós e vê para lá do que é visível. “Você está melhor”, disse-me ele, “já tem outro brilho”. A verdade é que já me sinto melhor. E isso é tão importante.

Amanhã é dia de consulta numa especialidade para a qual ainda não estou preparada: neurologia. Para análise de um relatório que menciona palavras que não acho piada: isquémia.

Vamos ver como corre a consulta e o que tem o médico da especialidade a dizer. Tirando isso, vai ser um dia bom. E por hoje já chega. Já é muito tarde, mas é dia de Solstício de Verão. E, sabendo que já estamos no Verão, sinto-me mais aconchegada. Agora é aproveitar cada momento que surge sem necessidade de casaco.

O cansaço, neste momento, aperta. Mal consigo manter os olhos abertos, também pôr causa do ajuste mediação, por isso encerro este dia nim. Amanhã? Vai ser bom. Seja qual qual for o ritmo e o resultado da TAC

{#171.195.2023}

Dia de tratar de mim. De manhã, comprar e iniciar o antibiótico por causa de uma otite dolorosa, organizar e iniciar a toma das vitaminas em falta juntamente com o Ácido Fólico. À tarde, raio-X ao pescoço para perceber o (mau) estado da cervical e o porquê dos desequilíbrios durante a marcha e as vertigens ao deitar.

Outra coisa que também é tratar de mim: conversa de raparigas. Um café com uma amiga daquelas com quem a conversa é fácil e sem tabus.

Chegar ao dia muito cansada. E ainda ter que esperar até à meia noite para tomar a terceira dose diária do antibiótico.

Estou cansada de um dia longo. Mas que não foi um dia mau. Amanhã? Dia de Solstício de Verão e Yoga ao final da tarde. Vai ser também dia de ir ver o pôr do Sol na praia. Depois? Logo se vê. Por hoje está feito. Estou muito cansada, quero ir dormir, mas ainda falta meia hora para o antibiótico. É esperar só mais um bocadinho.

A única certeza? É que, em primeiro lugar, estou eu. O resto é só isso mesmo: o resto. E amanhã logo se vê…

{#170.196.2023}

Segunda feira e a junta médica para verificação da incapacidade para trabalhar. O receio da falta de empatia. O receio de não ser aceite aquilo que não se vê…

Mas, felizmente, a empatia ainda existe. E só isso já me fez perceber que até um dia difícil pode ser bom. A cereja no topo do bolo e que eu dispensava? A confirmação de uma otite que dói demasiado.

De resto? Vão-se trocando palavras a 200 km de distância. Palavras com sentido. E que sabem e fazem bem. E fazem, também, sorrir. E, ao final da noite, o aconchego que, também ele, faz sentido.

Esta troca de palavras, a partilha, a descoberta, sabem muito bem. E fazem muito bem também. Mas…

…há sempre um “mas”. Seja como for, enquanto for bom, será para manter.

Amanhã? Logo se vê. Para já está a ser muito bom. E o que importa é o aqui e agora. E é no aqui e agora que estou. O que tiver que ser, será. Se não for é porque não era para ser. Não me vou preocupar demasiado nem pensar demais.

Sim, amanhã logo se vê. Mas o dia será bom. Porque eu quero que assim seja. E o mais importante sou eu. O resto logo se vê…

{#169.197.2023}

Domingo e a única história é aquela que eu já desconfiava: síndrome vertiginoso está presente. Felizmente não tão intenso como aquele episódio há 11 anos em que um carrossel nada moínha cabeça me levou à urgência do Hospital na note de São João.

Ainda me lembro que, ao chegar ao Hospital, os arraiais das redondezas eram audíveis, mas o carrossel estava comigo.

Dessa vez atribuí as vertigens a um desequilíbrio dos cristais nos ouvidos. Eu e o médico. E fazia sentido. Uns dias antes, em viagem, ao subir e descer serra senti as alterações de pressão nos ouvidos e fez sentido esse desarranjo dos cristais. Hoje? Atribuo as vertigens à rigidez do meu pescoço e a problemas na cervical. E descubri que existe o Síndrome Vertiginoso Cervical. Neste caso, provocado por má postura. E sim, a mim faz-me todo o sentido.

Tirando as vertigens, a companhia que se manteve presente. Pelo menos a companhia a 200 km. A companhia do outro lado do Mundo, até ao momento, ainda não deu sinais. E, por um lado, ainda bem. Não me estava a apetecer…

Agora é parar para descansar. Não fiz nada o dia todo, é verdade, mas é cansada que me sinto. Apesar do aumento da medicação, as noites continuam interrompidas. Seja por causa da gata ou seja porque eu própria acordo sem motivo…

Amanhã? Logo se vê. Mas quero muito acreditar que vai ser bom e correr bem. Por hoje já está feito…

{#168.198.2023}

Sábado é, por norma, o dia mais aborrecido da semana. Ultimamente todos os dias são aborrecidos, pelo que fica difícil dizer qual deles é o mais aborrecido. Mas hoje nem foi muito mau.

…tirando a parte em que, do nada, acordei às 5h30 da manhã e não consegui voltar a dormir… O despertador só iria tocar às 8h para ter a aula de Yoga às 10h. Mas, por algum motivo, foi às 5h30 que decidi que já estava na altura de sair da cama…

Yoga no parque logo de manhã para começar bem o dia. Continuo zangada comigo por não conseguir fazer o que já consegui. Mas não me posso esquecer que há muito tempo que não fazia nada. É normal que agora, no início, custe um bocadinho a conseguir alcançar o que antes conseguia. E é urgente trabalhar o equilíbrio que está muito mau…

O resto do dia passado com aquela nova companhia, a meros 200 km de distância e no mesmo fuso horário. E tem sido uma muito boa companhia. E vai-se conhecendo todos os dias mais um bocadinho. E vai-se partilhando segredos e rabiscos. Em troca, empresto a minha voz. E o riso em escadinhas imortalizado num ficheiro áudio.

Não, o dia não foi aborrecido. Tendo boa companhia nunca é. A companhia no outro lado do Mundo, a 5.726 km de distância e num fuso horário com 5 horas de diferença, vai ter que esperar. Ou desistir…

Existe um grande “mas” nesta história. Mas também não sei que rumo esta história irá tomar, por isso não vou pensar demais no assunto. Vou vivendo o momento um dia de cada vez.

Amanhã? Espero não acordar à mesma hora porque o despertador só toca às 10h para a consulta com o terapeuta fofinho às 11h. Mas vamos ver. De resto, se a companhia se mantiver por perto já sei que será bom. Agora? Ainda vou ali emprestar a minha voz mais uma vez. E amanhã logo se vê.

{#167.199.2023}

Sexta feira e dia de tratar de mim. Consulta com a médica de família e exames para fazer e suplementos para repôr os níveis do que está em falta.

Um email inesperado seguido de um telefonema que me foi pedido para apalpar terreno. Se passo à fase seguinte? Não faço ideia. Mas não foi mau ter recebido este email seguido de telefonema.

Chegar a casa às 13h30m e perceber que não há água… São 22h25m e continuo sem água…

Receber, por mensagem, dicas de como chegar a bom porto. Agora cabe a mim seguir ou não o que me indicam.

Muito cansada. Acordar às 6h da manhã quando o despertador só ia tocar às 8h resulta em mal conseguir ter os olhos abertos.

Não foi um dia mau. Mas amanhã será melhor.

{#166.200.2023}

Dia de sair de casa a horas impróprias. Como se fosse trabalhar, mas sem ir. Dia de consulta com a psiquiatra. Reforçar a medicação para conseguir dormir a noite toda, de preferência sem interrupções, especialmente agora que a gata tem o acesso vedado ao meu quarto durante a noite. Vamos ver como corre.

Rever pessoas de outros tempos, daquela altura em que andava de casa às costas a montar banca por aí. Foi bom. Quase duas horas de conversa que correu sem travões, como se a última vez tivesse sido ontem.

Voltar para casa no meio do calor medonho que esteve, sabendo que nos próximos dias a tendência é para piorar. E eu não gosto de demasiado calor…

E enquanto o dia correu andei dividida em distâncias tão díspares. Num caso ou no outro, não sei onde é que isto vai parar. Mas, seja um caso ou o outro, ou até os dois, algum dia tem que parar…antes de fugir ao meu (pouco) controlo…

Entretanto, estou muito cansada. Depois de uma noite mal dormida, interrompida sem motivo depois de adormecer muito mais tarde do que era suposto, depois do dia preenchido e corrido que tive, é perfeitamente normal estar cansada como estou.

Já não falta muito para ir descansar. E preciso muito de descansar e dormir como deve ser. Por hoje está feito. Amanhã, dia de consulta com a médica de família, logo se vê como será.

Seja como for, não me queixo do dia de hoje. E amanhã, não podendo ser melhor, será bom também. Porque eu quero que assim seja.

{#165.201.2023}

Quarta feira, dia do meio, dia nim, nem não nem sim. Embora, no estado actual, seja só mais um dia praticamente igual aos outros. Só não foi inteiramente igual porque houve Yoga ao final do dia. Por generosidade do professor, porque supostamente só deveria ir ao sábado de manhã.

E até no Yoga entro em conflito comigo mesma. Sem razão. Porque é perfeitamente normal não conseguir fazer alguns exercícios que, em 2016, conseguia… Dou por mim a discutir comigo mesma na minha cabeça. E sem razão…

Exijo demasiado de mim. Sem razão. Sem justificação. Porque não!, não sou perfeita nem tenho que ser! Mas exijo de mim mesma aquilo que não consigo dar…

Amanhã é dia de consulta com a psiquiatra. E vou ter que falar sobre o que me incomoda neste momento. Porque não estou bem. Estou longe de estar bem. E preciso de voltar a ser eu…mas bem.

Agora sinto-me muito cansada. E com razão para isso. 23h30 e amanhã o despertador volta a tocar de madrugada…mas não quero ir para a cama. Não sei porquê, sei apenas que não quero…

Vai doer amanhã? Vai…mas não quero saber. Amanhã logo se vê…só não posso continuar a exigir de mim mesma aquilo que não consigo dar.

{#164.202.2023}

Terça feira e mais um dia igual aos outros. Hoje não houve passeio até à praia, apenas uma ida à mercearia mais longe e a ida à esplanada do costume. Nada de novo, portanto…

Não, nada de novo também não é inteiramente verdade. Há uma nova descoberta desde há uns dias. Que tem sido interessante, não nego. Mas tem tudo para correr mal. Ou, no mínimo, tornar-se em algo complicado. E eu não sei se quero coisas complicadas. É verdade que 200 km se mantêm no mesmo fuso horário e são mais perto do que 5.726 km. Mas…e há um enorme mas. Por enquanto, a brincadeira não passa disso, uma brincadeira. Mas receio que possa tomar outras proporções.

Não digo que não estou a gostar. É uma espécie de massagem ao ego. E isso calha sempre bem. E claro que acho piada quando apontam a minha voz e a minha gargalhada – ou o meu riso em escadinhas – como algo bonito. Fico sem jeito, claro. Dá-me para rir por tudo e por nada. E, do outro lado, há quem goste do que ouve, mesmo que eu não diga nada de jeito.

Já estive num filme parecido. Durou o que teve que durar. Manteve-se a amizade, tantos anos depois. Neste caso, ainda não existe essa coisa de amizade. Mas, seja lá o que isto for, não deixa de existir um enorme mas

Não me vou preocupar para já. Continuo a ir a jogo enquanto for saudável e agradável. Não digo enquanto for inocente porque acho que já passou dessa fase. Mas não deixa de ser uma espécie de massagem ao ego. E eu estou a precisar disso. Faz-me bem. Sei que do outro lado do Mundo, a 5.726 km de distância e num fuso horário com 5 horas de diferença, também há massagens ao ego. Mas aí a brincadeira já começa a ficar desconfortável… E enquanto a 200 km a brincadeira for suave e sem risco de problemas, eu estarei presente.

Não vou pensar muito mais nisso por hoje. Amanhã? Logo se vê. O importante, não me posso esquecer, sou eu. O ficar bem. Recuperar disto que não sei explicar. Organizar as ideias. Acalmar a confusão que vai na minha cabeça. E viver um dia de cada vez… Sem pressa e sem pressão. Muito menos auto-imposta. O resto? O que tiver que ser, será. Mesmo que não seja nada.

{#163.203.2023}

Começo uma nova semana. Os dias continuam iguais. A única diferença? Uma nova companhia para conversar sobre tudo um pouco. 200 km no mesmo fuso horário, embora do outro lado do Mundo e num fuso horário com 5 horas de diferença também haja alguma companhia. Hoje mais ausente, provavelmente devido a trabalho. Who knows? Logo se vê.

A cabeça num turbilhão há vários dias, hoje com um ouvido a ressoar o mínimo som aumentando significativamente a confusão… Ainda assim, ainda foi possível aproveitar o bom tempo de manhã para ver e ouvir o Mar antes do ouvido começar a ressoar.

A dor de cabeça continua presente, claro. E o cansaço. E o sono. Amanhã será melhor. Ou assim espero que seja. Desde que passe o ressoar do ouvido que aumenta a confusão na minha cabeça…

É esperar para ver como será o dia amanhã. Hoje? Foi só mais um dia a juntar a tantos outros desde 27 de Abril: todos iguais e sem História ou histórias além da tentativa de recuperação disto que nem eu entendo.

Por isso, amanhã logo se vê…

{#162.204.2023}

Domingo. Manhã de consulta com o terapeuta fofinho e o pedido de ajuda. Porque preciso, de facto, de ajuda para sair disto…não aguento muito mais esta coisa que não é nada mas que, ao mesmo tempo, é tudo. Tudo de menos bom, claro. A ver vamos como será esta semana…

Dia de almoço de e em família, aquela família que adoptámos e nos adoptou. Soube bem, mas a dor de cabeça e a confusão de ideias e a actual intolerância ao ruído e agitação obrigaram-me a sair mais cedo. Não gosto de o fazer…mas não estava em condições para lá estar depois do almoço. Neste momento, só procuro a minha concha para me recolher. E assim o fiz. Claro que acabei por aninhar no sofá. E, obviamente, apaguei por completo durante um bocado…

Ainda não foi hoje que fui ver o Mar. Vai ter que esperar mais um bocadinho… Por agora, 23h30, começo a pensar em recolher. Já devia estar na cama há algum tempo. E preferencialmente a dormir. Porque o sono não me larga… Dizem que dormir faz parte do processo de recuperação. Mas não tenho dormido como preciso e tudo o que preciso.

Amanhã começa mais uma semana. Logo se vê o que a semana me irá trazer. Não espero nada. A não ser tempo. Um dia de cada vez. Sem pressa. Sem pressão. Muito menos auto-imposta. E tenho imposto essa pressão em mim mesma. Não posso continuar a fazê-lo. Amanhã irei simplesmente deixar o tempo passar e fazer o que tenho que fazer para encontrar alternativas. De resto, é o que for. Logo se vê…

Amanhã? Será melhor. Porque eu quero que assim seja. E depois logo se vê…